Mitologia
grega
O grande herói da mitologia grega
Hércules (em latim: Hercules)
é o nome em latim dado
pelos antigos
romanos ao herói da mitologia grega Héracles, filho de Zeus e da
mortal Alcmena. As
antigas fontes romanas indicam que o herói grego "importado"
veio substituir um
antigo pastor mitológico
chamado pelos povos da Itália de Recaranus ou Garanus,
e que é famoso por sua força. Enquanto o mito de Hércules incorporou muito da iconografia e da
própria mitologia do personagem grego, ele também tinha um número de
características e lendas que eram marcadamente romanas.
O nome latino Hercules não
veio diretamente do grego Herakles,
mas antes é uma modificação do nome etrusco Hercle,
derivado por sua vez do grego viasíncope. Um juramento invocando Hércules (Hercle! ou Mehercle!)
era uma interjeição comum
no latim clássico.
Os gregos
utilizavam a expressão "Geju" para se referir à incrível força de
Hércules exaltada nos contos que até hoje são populares por todo o mundo.
Nas obras de arte romanas e na
arte renascentistas e
pós-renascentistas que adaptou a iconografia romana, Hércules
pode ser identificado por seus atributos, como a pele de leão e aclava: nos mosaicos era
mostrado com a pele bronzeada, quase negra, um aspecto considerado viril. Apesar
de ser um campeão e um grande guerreiro, Hércules também se utilizava de
trapaças e de truques sujos a seu favor. No entanto, tornou-se renomado por ter
"deixado o mundo seguro para a humanidade" ao destruir diversos
monstros perigosos. Seu auto sacrifício lhe obteve a ascensão aos reinos do Monte Olimpo, onde
recebeu as boas-vindas dos deuses.
Os doze
trabalhos de Hércules
Estatuto de associação religiosa na Grécia durante
o período romano, cujos
membros cultuavam Hércules.
Na cultura popular,
os europeus adotaram
o Hercle etrusco, uma
figura heroica que já havia sido influenciada pela cultura grega -
especialmente nas convenções acerca de sua representação - mas que havia, no
entanto, experimentado um desenvolvimento autônomo. O Hercle etrusco
aparece nos desenhos elaboradamente entalhados nos versos dos espelhos de bronze etruscos,
feitos no século IV a.C., bens sepulcrais muito
utilizados por aquele povo. As referências literárias específicas ao herói se
perderam, juntamente com toda a literatura etrusca, porém a imagem do Hércules
maduro, barbado, sendo amamentado por Uni (Juno para
os romanos), registrado num espelho de Volterra, é
distintivamente etrusca. Este Hercle/Hercules - o
Hercle da exclamação "Mehercle!" -
permaneceu uma popular figura de culto entre as legiões romanas. As
versões literárias gregas de sua vida e feitos foram apropriadas pelos romanos
a partir do século II a.C., essencialmente inalterada, porém a literatura
latina sobre Hércules adicionou certos detalhes anedóticos próprios, alguns
deles ligando o herói à geografia do Mediterrâneo Ocidental. Detalhes do culto
grego, que misturava libações ctônicas e holocaustos não-consumidos,
com os serviços olímpicos, foram adaptados para as exigências especificamente
romanas, e Hércules acabou se tornando a figura fundadora de Herculano e
outros lugares, seu culto tornando-se interligado ao culto imperial, como pode
ser visto nos afrescos que sobreviveram no collegium daquela
cidade. Seu altar foi datado
como sendo do século VI ou V a.C., e se localizava próximo ao Templo de Hércules Vencedor. Hércules
se tornou popular com mercadores, que costumavam lhe pagar um dízimo de
seus lucros.
Marco Antônio se
identificava com Hércules, e se dizia um heráclida, pois o gens Antonii descenderia
de Anton, um filho de Hércules. Em resposta, seu rival, Otaviano passou
a se dizer filho de Apolo, que havia
engravidado sua mãe Ácia na
forma de uma serpente.
Alguns imperadores assumiram
os atributos de Hércules (como Trajano, enquanto
imperadores de períodos posteriores, em especial Cômodo e Maximiano, foram
além e frequentemente se identificavam ou se comparavam com ele, patrocinando
seu culto. Maximiano se chamava de "Herculius" ("pequeno
Hércules"). O culto de Hércules se espalhou pelo mundo romano; no Egito romano descobriu-se no oásis de Bahariya o que
se acredita serem as ruínas de um templo do
deus.
Leia ainda neste Blog: Os doze trabalhos de Hércules
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