segunda-feira, 18 de agosto de 2014

APOLOGIA DO DIÁLOGO. ELEGIA DO MONÓLOGO

 Exercício de conscientização

Professor Hélio Rocha


O diálogo é a ponte dos solidários.
O monólogo é o muro preferido dos solitários.

O diálogo é seminal: laboratório de esperanças.
O monólogo é estéril: óbito das expectativas.

O diálogo é a voz das afinidades.
O monólogo é o eco das solidões

O diálogo são corações que se buscam.
O monólogo são almas que se recusam.


O diálogo é a interferência.
O monólogo é a petrificação da indiferença.

Diálogo é libertação, abertura, sociabilidade.
Monólogo é obstrução, impedimento, incomunicabilidade.

Diálogo é convergência e convivência.
Monólogo é antagonismo e intolerância.

O diálogo socializa os homens.
O monólogo animaliza as nações.

O diálogo á a linguagem do acordo.
O monólogo é o mutismo da discrepância.

O diálogo é o prólogo dos esperançados.
O monólogo é o epílogo dos irredutíveis.

Foi o diálogo que construiu a Torre de Babel.
Foi o monólogo que a destruiu.

Em suma, o monólogo só é válido na prece.
Mesmo assim, que é a prece senão um diálogo com Deus?

Nenhum comentário:

Postar um comentário