A lenda
Fausto é o protagonista de uma popular lenda alemã de um pacto com o
demônio, baseada no médico, mago e alquimista alemão Dr. Johannes Georg Faust
(1480-1540). O nome Fausto tem sido usado como base de diversos romances de
ficção, o mais famoso deles do autor Goethe, produzido em duas partes, tendo uma sido escrita e reescrita ao
longo de quase sessenta anos. A primeira parte - mais famosa - foi publicada em 1806 e a segunda, em 1832 - às vésperas da morte do autor.
Considerado símbolo cultural da
modernidade, Fausto é um poema de proporções épicas que relata a tragédia do Dr. Fausto, homem
das ciências que, desiludido com o conhecimento de seu tempo, faz um pacto com o demônio Mefistófeles, que o enche com a energia satânica insufladora da paixão pela
técnica e pelo progresso.
Não são muitas as fontes que se referem
a Johann Georg Faust e as de que se têm conhecimento apresentam muitas
informações incompletas ou conflitantes, além de poderem ser apócrifas.
Knittlingen, Helmstadt e Roda (atualmente Stadtroda) são indicados como os possíveis locais de nascimento de Dr.
Fausto. É em Knittlingen, entretanto, que se encontram hoje o Faust-Museum e o
Faust-Archive (Museu e Arquivo de Fausto).
Em 1507 foi nomeado mestre-escola em Kreuznach "um homem muito douto e
místico", chamado Georgius Sabellicus Faust Junior, que, conforme uma carta
achada na abadia de Sponheim, "abusou dos alunos e fugiu". Em 15 de janeiro de 1509 colou grau de bacharel em teologia, na universidade de Heidelberg, um certo Johannes Faust. Conrad Mutianus Rufus, da paróquia
de St. Marien em Gota, conta que um tal Georg Faust blasfemava soberbamente em Erfurt, em setembro de 1513. O bispo de Bamberg declarou ter pago a um Faust,
em 10 de fevereiro de 1520, dez moedas de ouro, para
que ele lhe lesse o horóscopo. Documentos rezam que um doutor Georg Faust foi banido de Ingolstadt, em 15 de junho de 1528, como charlatão. Um doutor Faust
teve negado salvo-conduto, em Nuremberg, a 10 de maio de 1532. Em Münster o doutor Faust, em 25 de
junho de 1535, predisse a capitulação da cidade pelo bispo, como depois
aconteceu.
No intuito de compilar tudo quanto se
acreditava e dizia acerca de Fausto, Johann Spiess, livreiro e escritor de Frankfurt, compôs no ano de 1587 a primeira narrativa literária dessa
personagem. Era um volume de 227 páginas, intitulado como a Historia von dr. Johann Fausten,
cujo enredo contava como ele se vendeu ao diabo a prazo estipulado, as
extraordinárias aventuras que viveu nesse ínterim, a magia que praticava, e por
fim sua morte e danação. Tudo isso publicado para servir de advertência sincera
contra os que levavam a curiosidade intelectual além do limite estabelecido
pelas igrejas. Muitos críticos e estudiosos avaliam esse primeiro romance
faustiano, ou Faustbuch,
como mera propaganda luterana para doutrinação e proselitismo.
Controvérsias à parte, outros
escritores perceberam que a personagem poderia servir a temas mais profundos e
complexos. Com efeito, Fausto tornou-se figura recorrente ao longo de cinco
séculos de literatura ocidental.
Fonte: Wikipédia
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