terça-feira, 26 de agosto de 2014

GENTE DE VISÃO, GENTE DE VISEIRA

 Por Hélio Rocha


Ninguém é vencedor por acaso.
Cada vitória tem seus objetivos claros, suas estratégias específicas, suas regras exatas, seus métodos rigorosos e sua ética.
O homem vulgar ignora tudo isso, porque acredita na sorte, crê no destino, e espera pela fatalidade. Ele supõe que a inoperância, o improviso e o adiamento resolvem problemas.
Baseado nestes fatos é o que o senso comum divide as pessoas em Homens de Visão e Homens de viseira.
Esta discriminação não é em função da inteligência. É devido à compleição da mentalidade de cada um. Viseira é sinônimo de antolhos que geralmente é colocado nos animais de carga ou montaria, para só enxergarem a pista de um único caminho. Certos indivíduos possuem esta pala mental e, por empacamento, não têm visão panorâmica dos fatos nem lucidez compreensiva dos acontecimentos. São homens de viseira...

Tanto nos estudos como nas profissões, isso ocorre comumente.
Na batalha do vestibular, percebe-se bem a existência destas duas classificações, no decorrer do aprendizado. Há os que creem no poder de concentração durante as aulas, mas há, também, o polo oposto, representado pelos desatentos desligados, dispersivos e desconcentrados. São os de viseira...
Verifica-se, também, essas duas tipologias na técnica de anotação dos assuntos explicados. De um lado, aqueles que transcrevem a preleção do explicador, com máximo de clareza e ordenação, facilitando a memória visual. Já, na contramão, estão os que anotam tudo de maneira confusa e atropelada, esquecidos da impossibilidade de a memória reter apontamentos desconexos e fixar um amontoado de textos mal  elaborados. São os de viseira...

A educação, seriamente ministrada, tem o dever de tornar os homens vulgares em Homens de Visão, isto é, desalienados, criativos e conscientizados.

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