Alguns fatos históricos da cidade
Esse local onde se localiza a área urbana da cidade hoje, não passava de uma área, coberta pela floresta atlântica, matas e brejos, só possível de alcançar através de trilhas por dentre as matas ou pelos trechos navegáveis do rio Itanhém, também conhecido pela alcunha Alcobaça.
Navegar era a primeira opção dos moradores das pequenas comunidades rurais, em sua maioria negra, que habitavam a região. Na década de 1940, a fazenda Cascata ocupava uma posição central, porque ofertava meios para escoamento e abastecimento das fazendas vizinhas como a Nova América, Conceição, Água limpa, Cascata e a Japira.
Mesmo tendo a população rural se fixado primeiramente às margens do Itanhém, foi nos arredores da Praça dos Leões que a cidade desabrochou. Sabemos pelos antigos moradores que anterior à década da urbanização do espaço, 1950, já existia movimento de moradores pela região, como por exemplo, na fazenda Nova América.
Na década de 1950, começa a exploração da madeira pela empresa Euleuzibio Cunha, que financiou a abertura da estrada de ligação entre Barcelona, distrito pertencente ao município de Caravelas, e Santa Luzia, localidade do município de Nova Viçosa-BA.
Com o aumento do trânsito dos madeireiros, mudaram – se para o lugar, chamado na época de Mandiocal, os negros Francisco Silva e Manoel de Etelvina – este abriria um boteco, tornando – se o comerciante pioneiro. Assim, iniciava – se o “comércio”, mais tarde denominado de “Comércio dos Pretos”.
Em 1957, antes que o povoado que surgia no entroncamento das rodovias, recebesse um nome “ainda pior”, foi batizado pelo prefeito de Alcobaça, Manoel Euclides Medeiros, com o nome de Teixeira de Freitas, em homenagem ao pai da estatística brasileira.
Teixeira de Freitas, o povoado, surgiu então dividido entre dois municípios, Alcobaça ao norte e Caravelas ao leste. Os anos 1960 trouxeram grandes transformações para o povoado.
Nesta década as chegada das indústrias madeireiras, agropecuária e de moradores de outros estados, fizeram a pequena comunidade formada por negros e madeireiros, explodir em um fenomenal crescimento.
Na Bahia, sob o regime militar em 1971, o povoado de Teixeira de Freitas, recebeu a visita do governador do estado da Bahia, Antônio Carlos Magalhães. A visita do governador fazia parte da política de expansão de sua influência política, e do território.
Em 1974 foi realizada a primeira exposição agropecuária de Teixeira de Freitas. Um grande evento montado para mostrar o potencial da futura cidade. Neste ano Teixeira contou com a visita Alysson Paolinelli – ministro da Agricultura do governo Geisel (1974 á 1979).
Também em 1974, o governador Antônio Carlos Magalhães volta ao povoado de Teixeira de Freitas. Foi recepcionado pelo prefeito de Alcobaça, Wilson Brito, que morava no povoado e naturalmente o favorecia. Neste dia, a cidade se tornou capital da Bahia durante dois dias.
Em 15 de novembro de 1984, foi realizado o plebiscito onde os moradores dos dois lados, Alcobaça e Caravelas, expressaram o desejo de emancipação e não depender mais das sedes.
Em 1985, a população em festa escolheu o primeiro prefeito, Temóteo Alves de Brito, em Janeiro de 1986, foi empossado prefeito na primeira seção da câmara realizado no clube Jacarandá.
Depois dele administrou a cidade: Francistônio Pinto – in memória (1989 à 1992), novamente Temóteo Alves Brito (1993 à 1996), Wagner Mendonça, (1997 à 2000 / 2001 à 2004) Aparecido Staut (2005 à 2008 / 2009 à 2012) o atual prefeito é o médico João Bosco Bittencourt.
Daniel Rocha.
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