É coisa nossa...
A maior ilha fluvial do
mundo, santuário ecológico.
A Ilha do Bananal é a maior ilha fluvial do
mundo, com cerca de vinte mil quilômetros quadrados de extensão (1.916.225
hectares), cercada pelos rios Araguaia e Javaés. É
considerada como uma Reserva da Biosfera pela UNESCO desde 1993, sendo
também uma das Zonas Húmidas de Importância Internacional, classificadas
pela Convenção de Ramsar. A
Ilha do Bananal fica localizada no estado brasileiro do Tocantins, estando
subdividida entre os municípios de Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Pium. A ilha
faz parte da divisa do Tocantins com
os estados do Mato
Grosso (no Rio Araguaia) e de Goiás (na
porção sul do Rio Javaés). Na foz
do Rio Javaés,
localizada no extremo norte da ilha, está localizada a tríplice divisa entre os
estados do Tocantins, do Mato Grosso e
do Pará.
A Ilha do Bananal é
composta pela Terra Indígena Parque do Araguaia, que
abrange toda a porção sul e boa parte da porção oeste da ilha até a latitude da
cidade de Santa Terezinha (MT);
pelo Parque Nacional do Araguaia, que abrange as
porções norte e nordeste da ilha; pela Terra Indígena Inãwébohona, que se sobrepõe
ao Parque Nacional do Araguaia, estando
localizada na porção nordeste da ilha; e pela Terra Indígena Utaria
Wyhyna/Iròdu Iràna, que também se sobrepõe ao Parque Nacional do
Araguaia e está localizada na porção norte da ilha. Deste modo, toda a Ilha do
Bananal é considerada pela constituição federal como
terra da união, sendo o maior complexo de reservas existente
no estado do Tocantins. Os povos indígenas que vivem na Ilha do Bananal, são: os Carajás, os Javaés, os Tapirapés, os Tuxás e
os Avá-Canoeiros (mais conhecidos na região pelo apelido
de Cara-Preta). As estradas que
dão acesso ao interior da Ilha do Bananal são a rodovia BR-242 (mais
conhecida neste trecho como Transbananal), a Transaraguaia
(extensão não-oficial da TO-255), além de uma estrada sem nome que liga a Aldeia Santa Isabel do Morro ao
extremo sul da ilha, margeando o Rio Araguaia e
o Rio Caracol.
Descoberta em 26 de julho de 1773 pelo
sertanista José Pinto Fonseca, recebe o
nome de Santana. Posteriormente, passa a se chamar Bananal, em razão da
existência de extensos bananais silvestres.
A Ilha do Bananal
abriga cerca de quinze aldeias indígenas, sendo que a maior delas é a Aldeia Santa Isabel do Morro, que fica
localizada bem próximo à cidade de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso.
A Ilha do Bananal é
considerada um dos santuários ecológicos mais importantes do país. Por estar na
faixa de transição entre a Floresta Amazônica e o cerrado,
possui fauna e flora bastante
diversificadas. A fauna tem espécies comuns ao Pantanal Mato-Grossense, como aonça-pintada, boto, uirapuru, garça-azul e tartaruga-da-amazônia.
Na flora
destacam-se vários gêneros de orquídeas terrestres,
a maçaranduba, piaçava e canjerana. Na vegetação predominam
os campos,
conhecidos na região pelo nome de varjões. Aparecem ainda o cerrado, a mata
seca de transição, as matas ciliares de igapó, vegetação
das encostas secas e vegetação dos bancos de areia.
A Ilha do Bananal é de grande
importância para o Brasil, pois sua fauna e flora tem muita diversidade, sua
conservação é fundamental para o equilíbrio ecológico.
Desde tempos imemoriais, a Ilha do
Bananal é habitada por índios. No presente, existem alguns grupos indígenas
presentes nas aldeias da Ilha do Bananal, especialmente das etnias
Karajá-Javaé, Avá-Canoeiro e Tapirapé, que ocupam a Terra Indígena Parque do Araguaia e a Terra Indígena Inãwébohona.
No interior da gigantesca Mata do Mamão, localizada no
centro-norte da ilha, existe um pequeno grupo de índios da tribo Avá-Canoeiro que rejeita qualquer tipo de contato com a civilização, inclusive
com os indígenas das aldeias mais próximas. Este é o único grupo de índios que até hoje permanece isolado da
civilização no Tocantins.
Preciso encotra meus parentes
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