Por JOACI GÓES
A parte ruim de fazer amigos consiste
na dor de perdê-los. Nessa perspectiva, a segunda quinzena deste agonizante mês
de julho foi excepcionalmente aziaga, quando o Brasil perdeu personalidades
excepcionais como Plínio de Arruda Sampaio, João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves,
Norberto Odebrecht e Ariano Suassuna, aqui mencionados por ordem cronológica
dos respectivos desaparecimentos, ocorridos entre os dias 18 e 23. Há quem
sustente que esta foi a mais intensa perda da história brasileira, em tão curto
espaço de tempo.
Nesse funesto contexto, a Bahia suportou a dor maior ao perder, de um dia para o outro, o maior escritor, João Ubaldo, e o maior empresário brasileiro, Norberto Odebrecht.
Norberto Odebrecht, baiano nascido em Pernambuco, não legou ao Brasil, apenas, um vigoroso império empresarial, já presente em dezenas de países, com perspectivas de crescimento ainda mais acentuado, doravante, em razão da solidez de sua estrutura operacional, bem como das promissoras perspectivas de cada um dos diferentes segmentos econômicos em que opera, sob a liderança de filhos e netos, à frente dos quais desponta como sucessor pleno o primogênito Emílio Odebrecht.
Schumpeteriano no plano da superação de modelos gerenciais arcaicos, Norberto era espartano na vida privada, um tanto na linha do comedimento existencial preconizado por Benjamin Franklin, para quem “um tostão poupado é um tostão ganhado”.
Nesse funesto contexto, a Bahia suportou a dor maior ao perder, de um dia para o outro, o maior escritor, João Ubaldo, e o maior empresário brasileiro, Norberto Odebrecht.
Norberto Odebrecht, baiano nascido em Pernambuco, não legou ao Brasil, apenas, um vigoroso império empresarial, já presente em dezenas de países, com perspectivas de crescimento ainda mais acentuado, doravante, em razão da solidez de sua estrutura operacional, bem como das promissoras perspectivas de cada um dos diferentes segmentos econômicos em que opera, sob a liderança de filhos e netos, à frente dos quais desponta como sucessor pleno o primogênito Emílio Odebrecht.
Schumpeteriano no plano da superação de modelos gerenciais arcaicos, Norberto era espartano na vida privada, um tanto na linha do comedimento existencial preconizado por Benjamin Franklin, para quem “um tostão poupado é um tostão ganhado”.
Sua
postura gerencial, porém, desenvolveu-se, confessadamente, sob a inspiração do
austríaco-americano, Peter Drucker, o grande Lutero da administração moderna.
Avesso a qualquer tipo de pompa, Norberto ensinou com o discurso e com o exemplo,
mais com o exemplo do que com o discurso. Daí nasceu a Tecnologia Empresarial
Odebrecht, adotada Brasil e mundo afora.
A
singeleza de sua conduta tornava difícil encontrar entre as centenas de
milhares dos seus colaboradores quem se colocasse mais distante do que ele da
pompa, da pretensão ou da arrogância que tão facilmente inebriam os detentores
de poder.
Tornou-se
legendária sua aversão a convescotes sociais ou a qualquer tipo de reunião
destituída de sentido utilitário, de caráter econômico, pedagógico ou
simplesmente filantrópico de que é exemplo maior sua relação de parceria com as
Obras Sociais Irmã Dulce, tão publicamente reconhecida pelo Anjo Bom da Bahia.
Companheiros de Rotary, com almoços regulares às quintas-feiras, (ele chegava,
distribuía o boletim do clube, bebia água, mas não comia) marcamos para almoçar
em conhecido restaurante, para tratar de assunto particular. Corria a década de
1980. Lá chegando, ele me confidenciou:- Você acredita que esta é a primeira
vez que saio para almoçar fora?
De outra feita, extremamente gentil que era, deu-me carona do Clube Baiano de Tênis ao meu escritório, na Av. Luis Viana Filho. Em resposta à minha observação sobre a singeleza do seu carro, por ele dirigido, observou que só os funcionários menos graduados da Odebrecht possuíam veículo semelhante.
Exemplo modelar de cidadão, líder e construtor de riquezas, Norberto Odebrecht passa a integrar o Panteão dos grandes da Pátria, objeto de estudo de biógrafos e historiadores, a inspirar as gerações de hoje e de sempre.
De outra feita, extremamente gentil que era, deu-me carona do Clube Baiano de Tênis ao meu escritório, na Av. Luis Viana Filho. Em resposta à minha observação sobre a singeleza do seu carro, por ele dirigido, observou que só os funcionários menos graduados da Odebrecht possuíam veículo semelhante.
Exemplo modelar de cidadão, líder e construtor de riquezas, Norberto Odebrecht passa a integrar o Panteão dos grandes da Pátria, objeto de estudo de biógrafos e historiadores, a inspirar as gerações de hoje e de sempre.
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