Série: filmes recomendados pelo Blog do Facó
Há polêmica com relação a
originalidade do script. Leia mais abaixo
Rebecca ('Rebecca, a mulher
inesquecível' (título
no Brasil) ou 'Rebecca' é um thriller psicológico
de 1940, dirigido por Alfred Hitchcock,
o chamado mestre do suspense, em seu primeiro projeto norte-americano, e seu primeiro filme produzido no âmbito do
seu contrato com David O.
Selznick, produtor de E o vento levou (1939).
O
filme é um conto gótico sobre as memórias persistentes da personagem-título,
que, mesmo depois de sua morte, ainda afeta os personagens principais.
Com
onze indicações ao Oscar,
o filme conseguiu arrebatar duas estatuetas do prêmio, incluindo a de melhor filme.
O
filme começa com uma narração de uma mulher falando as primeiras linhas do
romance: "A noite passada sonhei que voltava à Manderley novamente".
Enquanto são mostradas imagens de uma mansão em ruínas, ela continua dizendo
que nunca pode retornar à Manderley, já que não existe mais, exceto como uma
ruína.
Joan Fontaine interpreta
uma jovem (que,
no decorrer do filme, nunca tem o seu nome revelado), que trabalha como
dama-de-companhia para a ricaça Edythe Van Hopper (Florence
Bates). Em Monte Carlo,
a jovem conhece o aristocrata viúvo Maximilian "Maxim" de Winter (Laurence Olivier),
e eles se apaixonam. Dentro de semanas, eles decidem se casar.
Maxim
leva sua nova esposa para Manderley, sua casa de campo em Cornwall, Inglaterra. No entanto, a jovem começa a se sentir uma
estranha dentro da velha mansão, pois há relutância principalmente por parte da
governanta, a Sra. Danvers (Judith Anderson),
em aceitar a jovem como a nova dona da casa. A governanta ainda vive obcecada
com a beleza e sofisticação de Rebecca, e preserva o antigo quarto desta como
um santuário. O primo de Rebecca, Jack Favell (George Sanders),
que na verdade era um de seus amantes, ocasionalmente aparece na casa quando
Maxim está ausente, e parece conhecer a Sra. Danvers bem, chamando-a
intimamente, da mesma forma como Rebecca a chamava, pelo nome
"Danny".
A
nova Sra. de Winter se sente intimidada pela Sra. Danvers e pela
responsabilidade de ser a nova castelã de Manderley. Como resultado, ela começa
a duvidar de seu relacionamento com o marido. E a presença contínua de Rebecca
na casa começa a assombrá-la. Tudo isso acaba virando uma espécie de tortura
psicológica para a jovem.
Mas
o filme dá uma reviravolta, e quando a jovem começa a descobrir segredos
surpreendentes a respeito do passado de Rebecca, bem como o fato de o seu
marido nunca ter amado Rebecca, e sim odiado-a, a trama dá início a momentos de
tensão e suspense que são conduzidos neste filme com maestria.
Joan
Fontaine... Primeira esposa de
Winter
Laurence Olivier...
George Fortescu Maximilian 'Maxim' de Winter
Judith Anderson...
Sra. Danvers
George Sanders...
Jack Favell
Nigel
Bruce... Major Giles Lacy
Reginald
Denny... Frank Crawley
C. Aubrey Smith...
Coronel Julyan
Gladys
Cooper... Beatrice Lacy
Florence
Bates... Sra. Edythe Van Hopper
Melville
Cooper... Coronel
Leo G.
Carroll... Dr. Baker
Indicado
nas categorias melhor
diretor, melhor ator (Laurence
Olivier), melhor atriz (Joan Fontaine), melhor
atriz coadjuvante (Judith Anderson), melhor
roteiro, melhor
direção de arte - preto e branco, melhores
efeitos especiais, melhor edição e melhor
trilha sonora.
A história de Rebecca é muito
semelhante à história de A Sucessora, livro da brasileira Carolina
Nabuco. Segundo as memórias de
Carolina, ela teria traduzido A Sucessora para o inglês e
enviou a um editor inglês, na esperança de vêr seu livro publicado no exterior.
Quatro anos depois, Daphne du Maurier publicaria Rebecca —
pelo mesmo livreiro ao qual Carolina enviara seus originais.
Mais
de vinte atrizes fizeram testes para interpretar a esposa do sr. de Winter,
entre elas as atrizes Vivien Leigh e Anne Baxter.
Como Vivien Leigh era a namorada do ator Laurence Olivier,
ele fez pressão para que ela conseguisse o papel de segunda esposa do Sr. de
Winter. Mas Joan Fontaine - em seu primeiro filme - acabou com o papel, e
Olivier passou a tratá-la mal nos estúdios, fazendo com que a atriz se sentisse
tímida e deslocada. Como era esse exatamente o sentimento que o diretor
desejava que ela passasse para a personagem, Hitchcock ordenou que todos no set a
tratassem da mesma forma, para assim ajudá-la em sua atuação em Rebecca.
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