A
obra mestra do dia
Arquitetura
A Basílica estava pronta. Mas para que a
grandiosidade fosse completa, havia que cuidar da pequena praça em frente. O
que fez Bernini? Simplesmente a
transformou na maior e mais imponente praça do mundo! Visto do alto, o
conjunto da Basílica, de cujas laterais saem as colunas que se abrem em dois
semicírculos que envolvem a praça, forma
o desenho de uma chave, a Chave de São Pedro.
Há alguns pontos de mármore mais claro no
piso da praça. Se nos colocamos bem em cima de um deles, ao olhar as colunas,
vemos uma fieira apenas de imensas e lindas colunas de granito. Dê um passo
para a esquerda ou para a direita e você verá, como num passe de mágica, não
uma, mas quatro fieiras de colunas absolutamente iguais. Lembre-se que isso foi feito no século XVII...
Não há nada parecido no mundo. As colunas,
apesar de sua grandiosidade, são baixas em comparação à fachada da Basílica.
Seu conjunto dá a impressão de dois braços que se abrem para acolher os fiéis e
essa foi, evidentemente, a idéia de Bernini.
É importante lembrar que nos séculos XVI e
XVII, os arquitetos e projetistas pensavam sempre em termos de grandes
cerimônias, especialmente em procissões e cortejos. Bernini criou o mais
imponente caminho para um cortejo na História da Arte: um príncipe que viesse
pagar seus respeitos ao papa entrava com sua montaria na praça, percorria toda
sua extensão, sob o olhar pétreo das centenas de estátuas à sua volta,
desmontava, subia a escadaria de acesso e ao entrar na Basílica, via ao fundo
aquele imenso Baldaquim de bronze e lá mais ao fundo, a glória iluminada do
trono de São Pedro. Não podia deixar de se deslumbrar com o que via. Depois,
subia a Escada Régia também criada por Bernini, onde só então o grande artista
se curva e sai de cena, deixando o espaço livre para seus extraordinários
antecessores, Michelangelo e Rafael.
Basílica de São Pedro, Vaticano.
Basílica de São Pedro, Vaticano.
Fonte:
Blog do Noblat
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