História
O pau-de-sebo é mastro untado de sebo (gordura animal)
que se presta a uma atividade recreativa típica
das Festas Juninas e de aniversários de crianças. A brincadeira
consiste em subir num alto mastro de madeira alta com o objetivo de alcançar um
prêmio colocado no topo. Também é denominado cocanha ou mastro
de cocanha .
Oriundo dos
costumes do antigo Egito, o pau-de-sebo remonta a tradição de edificar
postes de pedra, madeira, chamados obeliscos ao
deus pagão Baal. Trata-se
mais especificamente da representação de um Falo (órgão
genital masculino), pois Baal é adorado majoritariamente como o deus da
fertilidade. Os postes eram erguidos
para agradecê-lo por sua proteção e por boas colheitas, bem como para pedir
favores.
Esse monumento acabou sendo cristianizado pela igreja católica na Idade Média juntamente
com "Festa de São João", Festas juninas ou festas
dos santos populares, celebrações relacionadas com a festa pagã do solstício de verão. Os mais antigos obeliscos eram feitos a partir de
apenas uma peça de pedra (monólitos). Um dos obeliscos mais famosos atualmente
está localizado na Cidade do Vaticano no centro da Praça de São Pedro, foi trazido
diretamente de Heliópolis (cidade
egípcia) por Calígula.
Os adoradores de baal acreditam que o espírito do deus sol Rá, habita no
obelisco. Nas Bíblia, o
obelisco é apresentado como colunas ou postes ídolos, como neste fragmento:
"Os filhos de Israel fizeram o que era mau perante YHWH e se
esqueceram do Senhor, seu Deus; e renderam culto aos baalins e ao poste-ídolo."
(Juízes 3.7).
A brincadeira consiste em tentar subir em um tronco reto e liso
previamente banhado de sebo ou graxa, ou
qualquer outra substância gordurosa, para tentar apanhar um prêmio que se
encontra em seu topo. A altura pode chegar a mais de oito metros e são
permitidos truques, tal como trabalho em equipe onde um sobe no ombro do outro
tentando ganhar altura. O fato é que na maioria das vezes não se consegue o
prêmio, mas sim muita sujeira e melação.
É uma diversão para todos que desejem participar, ao contrario de
antigamente quando apenas homens poderiam. Ao final da tarde, após consumada a
derrota , o prêmio, que geralmente é em importância viva, é distribuído entre
os festeiros em forma de "comes e bebes".
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