História da Bahia
Por Luiz Henrique Dias
Tavares
Em História da Bahia
(Salvador)
É professor de história e imortal pela
Academia de Letras da Bahia.
No seu traço
mais antigo a cidade (Salvador) possuía uma praça quadrada, a praça em que
estava a Casa dos Governadores e a Casa da Vereança. Daí partiam as ruas
longitudinais Direita dos Mercadores e da Ajuda; as ruas transversais do Tira
Chapéus e das Vassouras, e dois caminhos para a praia, um ao sul outro ao
norte; caminhos para a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia e para o
Forte do Pereira. Da porta sul abria-se o caminho por terra para a Vila Velha e
para a Graça; da porta norte, atingia-se o terreiro do Colégio dos Padres
Jesuítas e a Ladeira do Monte Calvário ou dos Frades Carmelitas.
Descrevendo
a cidade do Salvador no seu Roteiro Geral, Gabriel Soares de Souza pintou-a
como era em 1583/1584, ainda muito pobre, reduzida a duas praças, a da Casa dos
Governadores e a do Terreiro; e a três
ruas compridas, a que ligava a Praça dos Governadores à Igreja da Sé e daí continuava
até a do Terreiro; a que se estendia à direita até onde se construía o Mosteiro
de São Bento; e a que levava à Igreja de Nossa
Senhora da
Ajuda. Nesse conjunto estreito, ficava a cidade, mas já se destacavam nela os
prédios da Vereança, do Governo, da Alfândega e do Colégio dos Padres Jesuítas;
e as Igrejas da Ajuda e da Sé.
Já não
existiam os muros (que cercavam a cidade) e a população crescera para
“oitocentos vizinhos”. Havia número quase igual de escravos. Alguns oradores
eram “ricos de fazenda de raiz, peças de prata e ouro”, calculando Gabriel
Soares de Souza (historiador), que mais de 100 possuíam renda anual de um a
cinco mil cruzados, suas propriedades valendo de vinte a sessenta mil cruzados.
Na ponta de
Itapagipe, localizavam-se duas olarias e currais de gado pertencentes a Garcia
de Ávilla. Na Ribeira chamada Água de
Meninos, ficava o engenho de moer cana e fabricar açúcar de Cristóvão de Aguiar
Daltro. Existiam nos arredores da cidade, muitas plantações de algodão e cana.
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