As Ilhas
Baleares (em catalão e oficialmente Illes Balears) são
um arquipélago, uma província e uma comunidade autônoma pertencente à Espanha,
localizando-se no Mar Mediterrâneo.
As principais ilhas são cinco, divididas em dois grupos: as ilhas Gimnésias e as ilhas Pitiusas. As ilhas Gimnésias são Maiorca, Menorca, Cabrera e
algumas ilhotas vizinhas (como Dragonera, Ilha do Ar-Illa de l'Aire- e outras). As ilhas Pitiusas são Ibiza (Eivissa em catalão), Formentera e as
distintas ilhotas que as rodeiam (como Conejera, oficialmente Conillera em Catalão).
As ilhas têm estado povoadas desde tempos remotos. As
primeiras aparições de pessoas remontam ao século V. As
colonizações (gregas, fenícias, cartagineses, romanas) foram
tardias e débeis.
De acordo com Diodoro Sículo,
possivelmente citando Timeu, Maiorca era a oitava ilha em tamanho do Mediterrâneo, após Sicília, Sardenha, Creta, Eubeia, Cyrnus (Córsega) e Lesbos; Pelas
medições modernas, Maiorca é maior do que Lesbos.
Os gregos chamavam
às Ilhas Baleares Gymnesiae, porque os seus habitantes andavam nus
no Verão. O nome Baleares vem do latim Baliarides,
porque os seus habitantes eram hábeis em
atirar pedras com fundas. Na época de Diodoro Sículo, as ilhas tinham
mais de 30.000 habitantes.
Os baleares valorizavam muito as suas mulheres e, quando elas eram
raptadas por piratas, o preço do resgate era equivalente ao de três ou quatro
homens. Eles não usavam ouro nem prata, alegando como motivo a expedição
que Héracles tinha feito contra Gerião, filho de Crisaor, que tinha muito ouro e prata; por isso não
queriam ter nada que outros cobiçassem: quando eles serviram aos cartagineses,
gastaram todo o ouro e a prata em mulheres e vinho.
Os seus costumes de
casamento surpreenderam Diodoro Sículo: a
noiva, durante a festa do casamento, deitava-se com os parentes e amigos,
começando pelo mais velho, e indo em ordem, sendo o último a deitar-se com ela
o noivo. Os seus usos
funerários também era estranho, pois eles desmembravam o morto e colocavam-no
num vaso, enterrando sobre pedras. O seu equipamento militar consistia
de três fundas, sendo muito hábeis, nunca errando o alvo. Eles
treinavam com a funda desde pequenos: prendiam um pão a uma estaca e só
deixavam cada menino comê-lo depois de lhe ter acertado com uma pedra.
A primeira civilização que criou uma verdadeira sociedade nestas ilhas
foi a muçulmana, que a habitou durante séculos.
As Baleares são
atualmente bilingues em catalão (já que foram repovoadas maioritariamente
por pessoas de Rosellón, Gerona e Barcelona durante
a Reconquista) e castelhano (falado
em todo o território nacional). Nas zonas turísticas, fala-se inglês e alemão.
As Ilhas Baleares são uma comunidade autônoma de Espanha, regidas pelo Estatuto de Autonomia das Ilhas Baleares. A capital das Ilhas
Baleares e da ilha de Maiorca é a
cidade de Palma de Maiorca, também
chamada Ciutat em Maiorca, ou simplesmente Palma no
resto de Espanha. Aí está a sede do Governo Balear e do Conselho Insular de Maiorca.
As ilhas conservam alguns monumentos do Megalítico entre os que destacam
os talayots,
as navetes e as taules,
todos eles do período compreendido entre 1800 e 1500 a. C. Ficaram poucos
restos da época muçulmana. A Catedral de Palma, a Lota e o Castelo de Bellver são claras mostras da arte gótica. Em Cidadela e Palma existem alguns exemplos da arquitetura do século XVIII, período no que
destacou como pintor P. Calvo.
A população total
das ilhas é de 983.131 pessoas em 2005, das quais
um 15,75% é de nacionalidade estrangeira, sendo a primeira Comunidade Autônoma
e a segunda província (depois de Alicante, na Comunidade Valenciana) de Espanha com maior número de residentes
forasteiros.









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