História, ciência
Uso: era usado para determinar a posição dos astros no céu e foi por muito tempo utilizado como
instrumento para a navegação marítima com base na determinação da
posição das estrelas no céu
O astrolábio é um instrumento naval antigo, usado para medir a altura dos astros acima do horizonte.
Convenciona-se dizer que o surgimento do astrolábio é o resultado prático de várias teorias matemáticas, desenvolvidas por célebres estudiosos
antigos: Euclides, Ptolomeu, Hiparco
de Nicéia e Hipátia
de Alexandria.
Era usado para determinar a posição dos astros no céu e foi por muito tempo utilizado como instrumento para a navegação marítima com base na determinação da posição das estrelas no céu. Mais tarde foi
simplificado e substituído pelo sextante (instrumento astronômico usado para
determinar a latitude).
Também era utilizado para resolver
problemas geométricos, como calcular a altura de um edifício ou a profundidade de um poço. Era formado por um disco de latão graduado na sua borda, num anel de suspensão e numa mediclina (espécie de ponteiro). O astrolábio
náutico era uma versão simplificada do tradicional e tinha a possibilidade
apenas de medir a altura dos astros para ajudar na localização em alto mar.
Não existem vantagens nem desvantagens
entre os instrumentos antigos de navegação; de certa forma são instrumentos
perfeitos que atendem suas funções para onde foram projetados, nesse sentido a
função do astrolábio é uma e o quadrante é outra. A única diferença (interpretada como vantagem) é o fato de ser
um instrumento terrestre, portanto fixo ao solo, para se usar numa ilha ou num
continente e mirar uma determinada estrela próxima ao polo Estrela
Polar e o outro um instrumento de bordo, portátil, mais pesado e próprio
para medir a passagem meridiana com a sombra do sol. Sob a precisão, ambos
funcionavam bem tanto no hemisfério
sul como no hemisfério
norte, mas principalmente o astrolábio pelo
seu peso era capaz de permanecer na vertical apesar do balanço do navio portanto, indicado para funcionar embarcado.
O desenvolvimento do astrolábio se dá
com o passar dos séculos. Os indivíduos mais influentes da teoria
na qual o instrumento se baseia foram Hiparco de Niceia, que definiu a teoria
das projeções e a aplicou a problemas astronômicos, e Cláudio Ptolomeu que, em
seu trabalho Planisferium escreve passagens que sugerem que ele
possuía um invento semelhante ao astrolábio. Teão de Alexandria em cerca de 390 DC escreveu um tratado dedicado ao Astrolábio, o
qual foi a base de muitos escritos sobre o assunto na idade média. Sua filha, (Hipátia de Alexandria),
chegou a criar um astrolábio. Um
de seus discípulos, Synesius de Cirene, também possuía um invento de
características semelhantes. O
astrolábio moderno de metal foi inventado por Abraão Zacuto em Lisboa, a partir de versões árabes pouco precisas.
O disco inicial foi parcialmente aberto para diminuir a
resistência ao vento. O manejo do astrolábio exigia a participação de duas
pessoas; consistia em grande círculo, por cujo interior corria uma régua; um
homem suspendia o astrolábio na altura dos olhos, alinhando a régua com o sol enquanto outro lia os graus marcados no círculo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário