Espetáculos
A trupe do Cirque
du Soleil já passou pelo Brasil cinco vezes, apresentando os espetáculos: Saltimbanco, Alegria, Quidam, Varekai e Corteo. Sendo o
último apresentado durante os anos de 2013 e 2014 em seis cidades. Em 2015 virá
ao Brasil com o espetáculo Kooza.
Foi fundado em Baie-Saint-Paul, no Quebec em 1984 por dois artistas de rua, Guy Laliberté e Daniel
Gauthier, em resposta a um apelo feito pelo Commissariat
général aux célébrations 1534-1984 do governo de Quebec, sobre a
comemoração do 450º aniversário da descoberta do Canadá pelo explorador francês Jacques Cartier (1491-1557). Em 2000, Guy Laliberté comprou a parte do
circo referente à Gauthier, que deixou a companhia e agora é dono da área
de ski Le
Massif, no rio São Lourenço em
Quebec. Atualmente o Cirque du Soleil é dirigido por Guy
Laliberté, proprietário de 95% do patrimônio do Cirque e
presente na lista de bilionários da
revista Forbes. Le
Grand Tour du Cirque du Soleil fez grande sucesso em 1984, e após dois
anos de fundação, Laliberté contou com a
ajuda de Guy Caron, do National
Circus School, para
recriar a arte circense de modo particular.
Cada espetáculo do Cirque du Soleil é a síntese da
inovação do circo, contando com enredo, cenário
e vestuário próprios,
bem como música ao vivo durante as apresentações.
De 1990 a 2000,
o Cirque expandiu rapidamente, passando de um show com 73
artistas em 1984, para mais de 3.500 empregados, em mais de 40 países, com 15
espetáculos apresentados simultaneamente e lucro anual estimado em US$ 600 milhões.
As criações
do Cirque du Soleil já ganharam diversas premiações, tais
como Bambi, Rose d'Or, Gemini e
o Emmy. Em 2004,
a Interbrand consultoria
classificou o nome Cirque du Soleil como o 22º nome de maior
impacto global. E não foi à toa, já que cada ato do espetáculo emociona e
contagia toda a plateia.
Banner do
Espetáculo Alegria - Cirque du Soleil.
Objetivando a carreira de artista performático, o fundador do Cirque du Soleil, Guy Laliberté, iniciou uma turnê pela Europa como músico e artista de rua. Quando retornou ao Canadá, em 1979, aprendeu a arte de cuspir fogo. Ficou empregado por apenas três dias em um projeto de construção de uma hidroelétrica, e manteve-se com seu seguro desemprego. Ajudou a organizar, então, um bazar de verão, juntamente com seus amigos Daniel Gauthier e Gilles Ste-Croix. Gauthier e Ste-Croix estavam, na ocasião, coordenando um albergue de artistas: performáticos, denominado Le Balcon Vert. Em 1979, Ste-Croix decidiu realizar uma turnê com seu grupo. Apesar do talento dos artistas, a trupe não tinha fundos para tornar o projeto uma realidade. O grupo decidiu convencer o governo de Quebec a financiar o projeto. Os três criaram então o Les Échassiers de Baie-Saint-Paul. Empregando diversos artistas, o Les Échassiers fez uma excursão por Quebec durante o verão de 1980.
Objetivando a carreira de artista performático, o fundador do Cirque du Soleil, Guy Laliberté, iniciou uma turnê pela Europa como músico e artista de rua. Quando retornou ao Canadá, em 1979, aprendeu a arte de cuspir fogo. Ficou empregado por apenas três dias em um projeto de construção de uma hidroelétrica, e manteve-se com seu seguro desemprego. Ajudou a organizar, então, um bazar de verão, juntamente com seus amigos Daniel Gauthier e Gilles Ste-Croix. Gauthier e Ste-Croix estavam, na ocasião, coordenando um albergue de artistas: performáticos, denominado Le Balcon Vert. Em 1979, Ste-Croix decidiu realizar uma turnê com seu grupo. Apesar do talento dos artistas, a trupe não tinha fundos para tornar o projeto uma realidade. O grupo decidiu convencer o governo de Quebec a financiar o projeto. Os três criaram então o Les Échassiers de Baie-Saint-Paul. Empregando diversos artistas, o Les Échassiers fez uma excursão por Quebec durante o verão de 1980.
Apesar de bem recebido pelo público em geral, Les Échassiers foi
um fracasso. No outono de 1981, os fundadores da trupe
conseguiram melhores resultados, o que inspirou Laliberté e Ste-Croix a
organizarem uma feira em Baie-Saint-Paul. Esse festival, denominado La
Fête Foraine, ofereceu oficinas para ensinar a Arte circense ao
público. De modo curioso, os próprios habitantes barraram o festival. Em 1983,
o
governo de Quebec
fez uma doação de US$ 1,5 milhão para que o grupo organizasse uma produção no
ano seguinte como parte das comemorações do 450º aniversário de Quebec.
Laliberté denominou a sua criação de Le Grand Tour du Cirque du Soleil.
O grupo apresentou
em onze cidades de Quebec, durante treze semanas. A primeira apresentação
ocorreu mediante inúmeras dificuldades. Utilizando uma tenda emprestada,
Laliberté teve que lidar com a insatisfação dos artistas europeus pela
inexperiência do circo de Quebec. No entanto, os problemas foram resolvidos e
o Le Grand Tour du Cirque du Soleil foi um sucesso. Com apenas
US$ 60.000 no banco, Laliberté pediu ajuda ao governo canadense para fornecer fundos para um segundo ano de
apresentação. Porém, o governo da província de Quebec estava resistente. Com a
intervenção do premier de
Quebec, René Lévesque, o governo de Quebec cedeu ao pedido.
A magia continua
Após conseguir
fundos com o governo canadense para um segundo ano de apresentação,
Laliberté deu passos para renovar o Cirque. Para tanto, ele contou
com
a ajuda de Guy Caron, do National Circus School, como
diretor artístico do Cirque du Soleil. Ambos queriam uma música
forte e emocionante do início ao fim do espetáculo, além de contar com o método
do Circo de Moscou de contar uma história durante as
apresentações. A ausência do picadeiro e do
uso dos animais nas apresentações, tem como objetivo, na concepção dos
criadores, trazer o espectador mais próximo da performance.
Para auxiliá-los na
criação do próximo espetáculo, Laliberté e Caron contrataram Franco Dragone, outro
instrutor do National Circus School, que estava trabalhando na
Bélgica. Quando entrou na trupe, no ano de 1985, Dragone
trouxe um pouco da sua experiência com a comédia Dell'arte.
Daí em diante, Dragone dirigiu todos os espetáculos do Cirque,
exceto o Dralion, dirigido
por Guy Caron.
Em 1986, a companhia
passou por sérios problemas financeiros. Em Toronto, o grupo
apresentou para apenas 25% da capacidade total de espectadores depois de já não
possuírem verbas para manter adequadamente os shows. Gilles
Ste-Croix, vestido em uma fantasia de macaco, caminhou pelas ruas de Toronto
como forma de divulgar os trabalhos do circo. Uma parada na cidade de Niagara Falls, em Ontário, tornou-se
igualmente problemática, deixando o Cirque com US$ 750.000 de
débito.
Diversos fatores
impediram a falência do
circo nesse ano. O grupo Desjardins,
instituição financeira sem fins lucrativos, ou espécie de Cooperativa de
Crédito financiou o Cirque du Soleil na ocasião, cobriu US$
200.000 em cheques. O financista Daniel Lamarre, que
trabalhou para uma das maiores firmas de relação pública de Quebec,
representou a firma gratuitamente. Além disso, o governo de Quebec garantiu à
Laliberté a quantia suficiente para se manter no ano seguinte.
O circo reinventado
Em 1987, Laliberté
foi convidado a apresentar no Festival de Artes de Los Angeles, porém
ainda encontrava-se com problemas financeiros. Se o show não fosse bem recebido
pelo público, eles não
teriam dinheiro para retornar à Montreal. No entanto,
o festival foi um sucesso, e atraiu a atenção de empresas de entretenimento, como
a Columbia Pictures, que teve interesse de gravar um vídeo sobre
o Cirque du Soleil. Laliberté, insatisfeito com a proposta,
recusou-a. Tal produção daria à Columbia Pictures muitos direitos autorais. Esse é um
dos motivos que fazem com que o Cirque du Soleil seja
independente e privado até
hoje.
Diferenças
artísticas fizeram com que Guy Caron deixasse a companhia em 1988, além de
discussões a respeito da aplicação do dinheiro oriundo da primeira turnê de
sucesso do Cirque. Laliberté queria usá-lo na expansão do Cirque e
iniciar a produção de um segundo espetáculo, enquanto Guy objetivava
economizar, e destinar parte da verba para
o National Circus School.
Laliberté solicitou
que Gilles Ste-Croix tornasse diretor artístico substituto. Ste-Croix, que
encontrava-se afastado do Cirque desde 1985, aceitou o
convite. A companhia encontrou
novos problemas internos, incluindo uma tentativa frustrada de acrescentar um
terceiro sócio, Normand Latourelle, que
permaneceu apenas seis meses na companhia. Nos fins de 1989, o Cirque
du Soleil encontrava-se novamente endividado.
Nova
experiência
No mesmo ano,
o Cirque decidiu restabelecer o espetáculo Le Cirque Réinventé, porém a
ideia foi logo abandonada. Laliberté e Ste-Croix decidiram então produzir um
novo show com base nas ideias propostas por Caron antes da sua saída.
Originalmente com o nome de Eclipse, eles renomearam o show
para Nouvelle Experiénce.
Franco Dragone retornou,
apesar de relutante. Ele tinha a intenção de retornar somente se tivesse total
controle da criação dos espetáculos. Sua primeira medida foi a retirada da
cortina que separava atores e plateia, fazendo com que ambos sentissem fazer
parte de um grande show. Dragone criou um ambiente em que o artista mantivesse
em seu personagem durante toda a apresentação. Apesar de Dragone possuir total
controle sobre a criação, Laliberté supervisionou toda a produção. Inspirado na
obra "La Chasse au Météore", de Júlio Verne, foi
criado o conceito de que cada artista representava parte das joias espalhadas
ao redor da Terra.
Nouvelle Expérience tornou-se
o espetáculo mais popular do Cirque du Soleil até aquele
momento e foi apresentado até o ano de 1993. A produção permaneceu por alguns
anos no The Mirage Resort and Hotel em Las Vegas. No fim
de 1990, o Cirque tornou-se
novamente lucrativo e encontrava-se preparado para iniciar uma nova produção.
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