Anticristo (do grego αντιχριστός
i.e. "opositor a Cristo") é uma denominação comum no Novo Testamento para designar aqueles que se oponham a Jesus Cristo, e também designa um personagem escatológico, que
segundo a tradição cristã dominará
o mundo.
Será um Homem de
uma habilidade e capacidade incrível, o maior líder de toda terra.
Esse personagem é mencionado principalmente nos livros de Daniel, 2ª
Tessalonicenses e Apocalipse. A Bíblia dá vários outros adjetivos ao
anticristo:
O pastor inútil
O pequeno chifre
O príncipe que há de vir
O homem vil
O rei que fará segundo a sua vontade O homem da iniquidade O filho da
perdição,
O iníquo O anticristo
A besta
O abominável da desolação O assolador
O Anticristo será
um líder, alguém de cargo político muito
importante: ele chegará à liderança mundial formando uma nova era de Paz e Segurança Global.
Ele vencerá
pela diplomacia,
pacificamente, convencendo todos os líderes mundiais, com sutileza,
engenhosidade e sabedoria.
Ele Será um homem
“complexo”, diferente de todos os demais, alguém que abraçará, em seu caráter,
as habilidades e poderes de Nabucodonosor, Napoleão, Alexandre o Grande, e de César Augusto.
Possuirá o
admirável dom de atrair as pessoas e a irresistível fascinação de sua
personalidade, suas versáteis conquistas, sua sabedoria sobre-humana, sua
grande habilidade administrativa e executiva, aliadas ao seu poder de consumado
lisonjeador, (...) brilhante diplomata, e
soberbo estrategista, vão
torná-lo o homem mais notável e importante de todos os Tempos.
Terá uma
personalidade gentil, Inofensiva, compassiva e se dedicará à Paz e prosperidade
do mundo. Esse líder estará pronto para solucionar grandes problemas
mundiais: Guerras, crises, Pobreza, desigualdades [...]
2 Tessalonicenses
2:7 diz: – “Com efeito, o
mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que
agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo...”. Esse
mistério já está operando e preparando o caminho para a entrada do anticristo.
Com certeza, O Anticristo já está presente, camuflado, em algum lugar,
aguardando apenas o momento de manifestar-se. Alguns aspectos do seu futuro
governo, segundo a Bíblia:
Governará o mundo
inteiro
Governará com
consentimento internacional
Controlará a
economia mundial
Fará um acordo de
paz com Israel
Além disso, a
Bíblia o descreve como dono de uma grande Sabedoria:
Gênio do comércio
O Islã considera que Dajjal, o Anticristo bíblico, será uma figura maligna que
supostamente retornará antes do Dia do Juízo. De acordo com uma
descrição: "Dizem que ele
terá um olho danificado e o outro será normal."
Para alguns, o fato
do Anticristo ter um Olho danificado e o outro normal relaciona-se com a
representação do Olho da Providência, ou simplesmente, O Olho que tudo vê.
O termo anticristo ocorre
apenas quatro vezes na Bíblia, todas elas nas cartas do apóstolo João. As passagens são 1 João 2:18 , 2:22 , 4:3 e 2 João 1:7, onde o termo
anticristo é definido como um "espírito de oposição" aos ensinamentos
de Cristo. O Cristianismo crê,
no entanto, que este "espírito" seja uma personificação de um
"messias demoníaco" que
virá nos últimos dias. Por essa
razão, os cristãos creem que este anticristo é descrito em outros textos, tais
como o livro de Daniel, as cartas de Paulo (como
"o homem do pecado") e
o Apocalipse como a "Besta que domina o mundo".
Para certos grupos cristãos, incluindo a Igreja Católica, tal Besta chegou a ser personificada através do imperador romano Nero.
Segundo muitos
teólogos, o anticristo mencionado pelos cristãos do primeiro século era alguém
que já atuava naqueles dias. Não era personagem de um futuro tão distante, nem
futuro próximo, como o texto de 1 João 4:3: "... anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e
agora já está no mundo". (amilenismo) Ao longo
da história, diversas correntes cristãs acusaram-se entre si ou atribuíram aos seus
inimigos a designação de "anticristos", sendo exemplos de utilização
de tais argumentos o Cisma Papal, as cruzadas (referindo-se
a Maomé), na Reforma Protestante (referindo-se ao Papa) e
na Contrarreforma (referindo-se a Lutero), entre
outros diversos acontecimentos. Também há os que consideram que o termo
Anticristo poderá estar ligado aos modernos movimentos satânicos.
Atualmente, o termo
é bastante popular, sobretudo no meio cristão protestante, onde existe uma interpretação por parte de muitos
grupos de que o Anticristo será uma pessoa que se oporá aos mandamentos
da Bíblia e
organizará uma sociedade baseada
em valores outrora atribuídos ao paganismo, onde
todos os cidadãos poderão
ser controlados através de uma marca na mão ou na testa à semelhança da marca que
os romanos impunham
sobre seus escravos ou à
que era colocada nos prisioneiros dos campos de concentração durante
a Alemanha Nazista, e que seria o número 666. Este
Anticristo, por fim, seria derrotado por Cristo em
sua segunda vinda, quando se estabelecer seu reinado milenar (milenarismo).
São Policarpo (ver: Epístola apócrifa aos Filipenses) alertou
aos filipenses que
todos os que pregassem uma falsa doutrina seria um anticristo.
Santo Ireneu especulou
que seria “muito provável” que o anticristo poderia ser chamado Lateinos, que é
o grego de “homem latino”.
São João Crisóstomo alertou contra especulações e antigas
histórias sobre o Anticristo, dizendo:
"Não nos deixe saber sobre estas coisas".
Ele pregou que
conhecendo as descrições de Paulo do Anticristo em 2 Tessalonissences, os
cristãos evitariam a decepção.
Santo Agostinho escreveu:
"é incerto em qual templo o Anticristo deve
se estabelecer, e ainda se será na ruína do templo que foi construída por
Salomão, ou na igreja."28
Assim como Nero foi
estigmatizado como anticristo pelos cristãos que perseguia, também Napoleão foi
tachado como tal pelos seus inimigos ingleses, o que contribuiu como peça de
propaganda pró-britânica;
Adolf Hitler também
foi acusado de ser o anticristo, tanto pelos judeus que
perseguia quanto pelos seus inimigos, os Aliados. A braçadeira, a saudação da mão direita e a marca recebida pelos
presos nos campos de concentração foram identificadas
como sinais da besta;
Algumas doutrinas
protestantes acreditam que a dominação mundial pelo Anticristo acontecerá após
o arrebatamento do
povo de Deus (Mateus 24:40,41), esse período é chamado de período
pré-tribulacional, porque acontecerá antes da Grande Tribulação.
O Anticristo será um
homem que surgirá em meio às crises mundiais existentes, de forma que sua
aparição surpreenderá o mundo. Seu governo se tornará, em um curto espaço de
tempo, num forte governo mundial unificando com sucesso todos os blocos de
relações econômicas e políticas existentes no momento. Com a finalidade de
trazer a paz, será reconhecido e aceito, e combaterá as crises mundiais
implantando um largo sistema de integração financeira: o sistema 666 de compra
e venda (Apocalipse 13:16–18). Neste momento, com o auxílio de um "deus
estranho" (Daniel 11:39, Isaías 14:12), exaltará a si próprio como sendo o
"Cordeiro de Deus" que tira o pecado do mundo e exigirá ser adorado
como Deus, declarando-se então ser o Messias de Israel (Daniel 11:36). Será então
que, perseguirá todo aquele que, na Terra, não se curvar a ele para adora-lo
como Deus, manifestando-se ser o que a Bíblia chama de "O Filho da Perdição" (2ª
Tessalonicenses 2:3), o então Anticristo. Descumprirá o seu tratado mundial de
paz e estabelecera então a guerra. Se voltará contra Israel e Jerusalém no
lugar do antigo templo, para lá pôr o trono do seu governo mundial (Daniel
11:31).
De acordo com a
interpretação comum da Bíblia, o Anticristo será derrotado no retorno de Jesus
Cristo à Terra, e lançado no lago de fogo e enxofre, a que se chama
"segunda morte"; A isso se seguirão mil anos de reinado de Cristo, e,
por fim, o Julgamento
Final a chegada da Nova Jerusalém.
Na Reforma Protestante, Martinho Lutero, João Calvino, Thomas Cranmer, John Knox, Cotton Mather, e John Wesley, chamaram
o Papa de
Anticristo. Na Reforma Católica por sua vez Martinho Lutero e outros
reformadores foram chamados de Anticristo por terem ocasionado a suposta perda
da unidade cristã, e "amputado e
desmembrado o Corpo
de Cristo". Atualmente, muitas correntes cristãs retiraram estas afirmações
para reatarem relações (ver ecumenismo). Porém,
outras ainda as mantém em suas confissões de fé.
Algumas frases dos reformadores:
Lutero (por volta de 1522):
"Oh!
Quando não me custou, apesar de que me sustente a Santa Escritura, convencer-me
de que é minha obrigação encarar sozinho com o Papa e apresentá-lo como o
Anticristo!... (Martyn,
págs. 372, 373). “O Papa, quer apagar a luz do Evangelho destinada a iluminar
ao mundo. É, então, o Anticristo predito por Daniel, pelo Senhor Jesus Cristo,
Pedro, Paulo e o Apocalipse." .
"E quanto ao papa, Eu o abomino como inimigo
de Cristo, e anticristo, com todas as suas falsas doutrinas".
"O Bispo de Roma é, longe de ser a cabeça da
Igreja Universal de Cristo, o que sua doutrina e obras, de fato revelam, que
ele é aquele “homem do pecado” predito nas santas Escrituras, a quem o Senhor
há de consumir com o espírito de Sua boca, e abolir com o resplendor de sua
vinda."
"Não há outro cabeça da Igreja senão o Senhor
Jesus Cristo: (Col. 1:18; Ef. 1:22). Em sentido algum pode ser o papa de Roma o cabeça dela, senão
que ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se
exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus."
(Mat. 23:8-10; 2 Tess. 2:3,4,8,9; Apoc. 13:8).
"O Senhor Jesus Cristo é o cabeça da Igreja,
aquele que, por designação do Pai, todo poder para o chamamento, instituição,
ordem ou governo da igreja foi investido de maneira suprema e soberana; (Col.
1:18; Mat. 28: 18-20; Ef. 4:11,12) Nem pode o papa de forma alguma ser o cabeça
dela, mas ele é o anticristo, aquele homem do pecado, e filho da perdição, que
se exalta a si mesmo, na igreja, contra Cristo e a tudo que se chama Deus; a
quem o Senhor destruirá com o resplendor da sua vinda" (O leitor é
dirigido à 2 Tess. 2:2-9).
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