Cidades do mundo
A “Pequena Paris” ou a “Cidade dos Orfanatos”
Bucareste (em romeno: București)
é a capital e maior cidade da Romênia. Está localizada no sudeste do país e fica às
margens do Rio Dâmboviţa. Era originalmente conhecida como Fortaleza de
Dâmbovița.
Para os padrões europeus, Bucareste não é uma cidade antiga, já que
sua existência foi referida pela primeira vez por estudiosos em 1459. Desde então, passou por uma grande
variedade de mudanças, tornando-se a capital estatal da Romênia em 1862 e
consolidando firmemente sua posição como centro das comunicação em massa,
cultura e arte romenas. Sua arquitetura eclética é uma mistura de eras histórica,
entre-guerras, comunista
e moderna. No período entre as duas Guerras Mundiais, a arquitetura elegante e a sofisticação de
sua elite deram a Bucareste o apelido de "Paris do Leste" ou
"Pequena Paris" (Micul Paris), embora as baixas condições
de vida de sua população e por ter sido cenário de muitas guerras e conflitos
durante o período da Guerra Fria tenham
lhe acarretado também o apelido de "A Cidade dos Orfanatos", devido a
grande quantidade de órfãos e crianças de rua que a cidade já abrigou.
Embora
muitos edifícios e distritos no centro histórico tenham sido danificados ou
destruídos por guerras, terremotos e pelo programa de sistematização de Nicolae Ceauşescu, muitos deles sobreviveram. Em anos recentes, a cidade tem experimentado um crescimento econômico e
cultural, tendo a cidade experimentado uma elevada melhora dos indicadores sociais de sua
população, especialmente nas últimas duas décadas.
De acordo
com estimativas oficiais de janeiro de 2006, Bucareste
em si tinha uma população de 1 930 390 de habitantes. A área urbana se estende
além dos limites de Bucareste e tem uma população de 2,1 milhões de
habitantes. Adicionando as cidades satélites ao redor da área urbana,
a área metropolitana de Bucareste possui uma
população
de 2,6 milhões de pessoas. Bucareste
é a sexta maior cidade na União Europeia em
população dentro dos limite de cidade.
Economicamente,
a cidade é a mais próspera na Romênia e um dos principais centros
industriais e eixos de transporte da Europa Oriental. Como
cidade mais desenvolvida na Romênia, Bucareste também uma larga lista de
instalações educacionais.
A cidade é
administrativamente conhecida como Município de Bucareste (Municipiul
București), e tem o mesmo nível administrativo que os outros municípios
romenos, sendo subdividida em seis setores.
A tradição
conecta a fundação de Bucareste com o nome de Bucur, que fora ou um príncipe,
um fora-da-lei, um pescador ou pastor de acordo com lendas diferentes. O
nome Bucur (de "bucurie", que significa
"alegria") é de origem trácio-geto-daciana. Em albanês, língua
que possui ligações históricas com as línguas tracianas, "bukur"
significa 'bonito'.
O nome completo oficial da cidade é O Município de Bucareste (em
romeno, Municipiul București). Bucareste tem sido conhecida
em latim como Bucaresta,
em húngaro e alemão como Bukarest,
em francês, italiano e espanhol como Bucarest e em holandês é chamada de Boekarest.
Uma pessoa
nascida ou moradora de Bucareste é chamada bucarestiana (em
romeno, bucureștean).
A história
de Bucareste alternou períodos de desenvolvimento e decadência desde os
primeiros povoamentos, na Antiguidade, até sua consolidação como capital da Romênia no
fim do século XIX.
Mencionada pela primeira vez como a "fortaleza
de București" em 1459, tornou-se residência para o príncipe da Valáquia Vlad III o Empalador (Vlad
Țepeș), também conhecido como Vlad III, o Drácula. A Corte Antiga (Curtea Veche) foi
construída por Mircea Ciobanul, e durante o governo seguinte, Bucareste foi
estabelecida como a residência de verão da corte, competindo com Târgovişte pela
posição de capital após um crescimento na importância de Muntênia, no sul,
ocasionada pelas exigências do poder suserano, o Império Otomano.
Queimada
pelos otomanos e brevemente descartado por príncipes no início do século XVII,
Bucareste foi restaurada e continuou a crescer em tamanho e prosperidade. Seu
centro era ao redor da rua "Ulița Mare", conhecida em 1589 como
Lipscani. Antes de 1700, se tornou
o centro comercial mais importante da Valáquia e uma locação permanente para a
corte valaquiana após 1698 (começando
com o reino de Constantin Brâncoveanu).
Em parte
destruída por desastres naturais e reconstruída várias vezes durante os 200
anos seguintes, atingida pela "praga de Caragea" em 1813-1814, a cidade
foi tirada do controle otomano e ocupada em vários períodos pela Monarquia de Habsburgo (1716, 1737, 1789) e a Rússia Imperial (três
vezes entre 1768 e 1806). Foi
submetida à administração russa entre 1828 e
a Guerra da Crimeia, com uma interrupção durante a Revolução
Valaquiana de 1848, e a uma invasão militar austríaca, império que tomou possessão após a saída dos
russos (permanecendo na cidade até março de 1857). Além
disso, em 23 de
março de 1847, um
incêndio consumiu cerca de 2000 edifícios em Bucareste, destruindo um terço da
cidade. A divisão social entre ricos e pobres foi descrita na época por Ferdinand Lassalle, como fazendo da cidade "uma confusão
selvagem".
Em 1861,
quando a Valáquia e
a Moldávia foram
unidas, formando o Principado da Romênia, Bucareste se tornou a capital da nova
nação; em 1881,
transformou-se no centro político do proclamado Reino da Romênia. Durante a segunda metade do século XIX, devido a
seu novo título, a população da cidade cresceu dramaticamente, e um novo
período de desenvolvimento urbano começou. A arquitetura extravagante e a
cultura altamente cosmopolita deste período deram a Bucareste o apelido de
"A Paris do Leste" (ou "Pequena Paris", "Micul
Paris"), sendo a Calea Victoriei (Avenida da Vitória), sua Champs-Élysées ou Quinta Avenida.
A economia
de Bucareste é principalmente centrada nos setores de indústria e serviços, este
último tendo crescido em importância na última década. A cidade serve de sede
para 186.000 firmas, incluindo quase todas as grandes companhias
romenas. Os principais tipos de indústrias incluem centrais elétricas,
instalações metal-mecânicas e indústrias químicas, alimentares, mobiliárias, têxteis,
de aviação, de
máquinas de precisão, de ferramentas agrícolas, de maquinaria pesada, de
componentes eletrônicos, de sabão e de
cosméticos.
Uma
importante fonte de crescimento desde 2000 tem sido a expansão das propriedades
e construções da cidade, que tem resultado em um crescimento significante no
setor de construção. Bucareste também é
o maior centro de tecnologia de informação e comunicações da Romênia, e sedia várias
companhias de software operando centros de entrega costeiros.
Bucareste possui a maior bolsa da Romênia, a Bolsa de Bucareste, fundida
em dezembro de 2005 com a bolsa eletrônica existente em Bucareste, Rasdaq.
A cidade tem uma infinidade de redes de supermercados internacionais,
como Carrefour, Cora e METRO. No momento, a cidade está experimentando uma
expansão do varejo, com um grande número de supermercados, e hipermercados,
construídos todos os anos.
Em
Bucareste, o salário médio é de €520 (R$1330) por mês, maior que em qualquer
outro lugar da Romênia. Além
disso, como a Romênia está experimentando uma expansão real de construções, o preço médio de um apartamento de uma cama
no centro custa cerca de £650 (R$2.091), que se equipara ao aluguel em Paris.
A Romênia
está sentindo mais os benefícios das novas riquezas devido ao crescimento
econômico que o país tem visto nos anos recentes
Entre 6 de Dezembro de 1916 e
novembro de 1918, foi
ocupada por forças alemãs, sendo a capital mudada para Iaşi.
Após a Primeira Guerra Mundial, Bucareste se
tornou a capital da Romênia Maior. Como
capital de um país de eixo, Bucareste sofreu grandes perdas durante a Segunda Guerra Mundial, devido a
bombardeio aliado (ocasionado pelas Forças Aéreas britânica e americana), e,
em 23 de Agosto de 1944, vendo
o golpe real, que
trouxe a Romênia ao campo anti-alemão, sofrendo
um período curto, porém destrutivo, de bombardeios do Luftwaffe em
represália. Em 8 de Novembro de 1945, o
aniversário do rei, o governo de Petru Groza, apoiado
pela União Soviética, reprimiu as reuniões pró-monarquistas.
Durante a
liderança de Nicolae Ceauşescu (1965-1989), a maior
parcela da parte histórica da cidade foi destruída e substituída por edifícios
do estilo comunista, em particular altos blocos de apartamento. O melhor
exemplo disso é o desenvolvimento do chamado Centrul Civic (o Centro Cívico),
incluindo o Palácio do Parlamento, onde todo um quarteirão histórico foi demolido
para dar à luz os edifícios megalomaníacos de Ceaușescu. Em 1977, um forte
terremoto de 7,4 pontos na escala Richter, tirou a vida de 1.500 pessoas e
destruiu muitos edifícios antigos. No entanto, algumas vizinhanças históricas
sobreviveram a este dia.
A Revolução Romena de 1989 começou com
uma massa de protestos anti-Ceaușescu em Timişoara em
dezembro de 1989 e continuou em Bucareste, conduzindo à queda do regime comunista. Insatisfeitos com a liderança pós-revolucionária
da Frente Nacional Salvadora, ligas estudantis e grupos de oposição organizaram
protestos em grande escala, que continuaram em 1990 (a golaníade), que foram
violentamente impedidas pelos mineiros do Valea Jiului (ação
conhecida como mineríade). Várias outras mineríades seguiram esta, cujos
resultados levaram o governo a mudanças.
Após o
ano 2000, devido ao
advento do crescimento econômico da Romênia, a cidade tem sido modernizada e
está atualmente em um período de renovação urbana. Muito desenvolvimento
residencial e comercial está a caminho, particularmente nos distritos do norte,
enquanto e o centro histórico de Bucareste está atualmente sob restaurações
significantes
Nenhum comentário:
Postar um comentário