Cidade
santa
A cidade santa das três maiores
religiões monoteístas do mundo
Jerusalém (em hebraico: ירושלים, Yerushaláyim; em árabe: القدس, al-Quds; em grego: Ιεροσόλυμα, Ierossólyma), é a
capital declarada (mas não reconhecida pela comunidade internacional) de Israel e sua
maior cidade tanto em população quanto área, com 732 100
residentes em uma área de 125,1 km² ou 49 milhas quadradas (incluindo a
área disputada de Jerusalém Oriental). Localizada nas Montanhas da Judeia, entre o mar mediterrâneo e o norte do Mar Morto, a
Jerusalém moderna tem crescido aos arredores da cidade antiga. Os habitantes de Jerusalém são denominados hierosolimitanos ou hierosolimitas.
Fátima,
Meca
A cidade tem uma
história que data do IV milênio a.C., tornando-a uma das mais antigas do mundo. Jerusalém é a cidade santa dos judeus, cristãos e muçulmanos, e o
centro espiritual desde o século X a.C. contém um número de significativos
lugares antigos cristãos, e é considerada a terceira cidade santa no Islão. Apesar
de possuir uma área de apenas 0,9 quilômetros quadrados (0,35 milhas
quadradas), a cidade antiga hospeda os principais pontos religiosos, entre
eles a Esplanada das Mesquitas, o Muro das lamentações, o Santo Sepulcro, a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa. A cidade antigamente murada, um patrimônio
mundial, tem sido tradicionalmente dividida em quatro quarteirões, ainda que os
nomes usados hoje (os bairros armênio, cristão, judeu e o muçulmano) foram introduzidos por volta do século XIX. a
Cidade Velha foi indicada para inclusão na lista do patrimônio mundial em perigo pela
Jordânia em 1982. No curso da
história, Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52
vezes, e capturada e recapturada 44 vezes.
Hoje, o estatuto de Jerusalém continua um dos maiores problemas no Conflito israelo-palestino. A capital declarada
(mas não reconhecida pela comunidade internacional) do país e sede do
governo é Jerusalém, que é também a residência do presidente da nação,
repartições do governo, suprema corte e o Knesset (parlamento).
A Lei Básica estabelece que "Jerusalém, completa e
unida, é a capital de Israel" apesar de a Autoridade Palestina ver Jerusalém Oriental como futura capital da Palestina e as Nações Unidas e a maioria dos países não aceitarem a Lei
Básica, argumentando que o estatuto final deve esperar futuras negociações
entre Israel e a Autoridade Palestina. A maioria dos países mantém sua
embaixada em Tel Aviv, principal centro financeiro do
país. Após a Resolução 478 do Conselho de
Segurança da ONU, oficializou-se a retirada das embaixadas estrangeiras
de Jerusalém.
Ainda que a origem
do nome Yerushalayim seja incerta, várias interpretações
linguísticas têm sido propostas. Alguns acreditam que é uma combinação das
palavras em hebraico "yerusha" (legado) e "Shalom"
(paz), ou seja, legado da paz. Outros salientam que "Shalom"; é um
cognato do nome hebraico "Shlomo", ou seja, o Rei Salomão, o
construtor do Primeiro Templo. Alternativamente, a segunda parte da
palavra seria Salem (Shalem literalmente
"completo" ou "em harmonia"), um nome recente de Jerusalém isto
aparece no livro de Gênesis. Outros
citam as cartas de Amarna, onde o nome acadiano da cidade aparece como Urušalim,
um cognato do Hebreu Ir Shalem. Alguns acreditam que há uma conexão
a Shalim, a deidade
beneficente conhecida dos mitos ugaríticos como
a personificação do crepúsculo.
De acordo com um midrash (Bereshit Rabá), Abraão veio
até a cidade, e a chamou de Shalem, depois de resgatar Ló. Abraão
perguntou ao rei e ao mais alto sacerdote Melquizedeque se
podiam abençoá-lo. Este encontro foi comemorado por adicionar o prefixo Yeru (derivado
de Yireh, o nome que Abraão deu ao Monte do Templo)20 produzindo Yeru-Shalem,
significando a "cidade de Shalem," ou "fundada por Shalem." Shalem significa
"completo" ou "sem defeito. Por
isso, "Yerushalayim" significa a "cidade perfeita", ou
"a cidade daquele que é perfeito". O final -im indica o plural na gramática hebraica e -ayim a
dualidade, possivelmente se referindo ao fato que a cidade se situa em duas
colinas. O pronunciamento da última sílaba como -ayim parece
ser uma modificação posterior, a qual não havia aparecido no tempo da Septuaginta.
A cidade de
ouro
Alguns acreditam
que a cidade chamada de Rušalimum ou Urušalimum que
aparece nos achados do Antigo Egito é a
primeira referência a Jerusalém. Os gregos adicionaram o prefixo hiero
("sagrada") e chamaram de Hierosolyma. Para os
árabes, Jerusalém é al-Quds ("A Sagrada"). Foi chamada
de Jebus (Yevus) pelos jebusitas. "Tzion"
inicialmente se referiu a parte da cidade, mas depois passou a significar a
cidade como um todo. Durante o reinado
de David, ficou conhecida como Yir David (a cidade de David).
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