segunda-feira, 17 de novembro de 2014

MUNICÍPIO DE JOINVILLE – SANTA CATARINA, BRASIL

Série: Municípios brasileiros

A cidade dos príncipes


Joinville é um município localizado na região nordeste do estado de Santa Catarina. Com uma área de 1125,70 quilômetros quadrados, possui uma população de 554 601 habitantes em 2014 (IBGE, estimativas), o que configura como o município mais populoso do estado, à frente da capital, Florianópolis, o terceiro da Região Sul e o 36º do Brasil. Pertence à Microrregião de Joinville e à Mesorregião do Norte Catarinense e é sede Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense, a qual contava, no último censo, aproximadamente 1,1 milhões de habitantes.

 Prefeitura Municipal de Joinville



A cidade possui um dos mais altos índices de desenvolvimento humano (0,809) entre os municípios brasileiros, ocupando a 21ª posição nacional e a quarta entre os municípios catarinenses. Joinville ostenta os títulos de "Manchester Catarinense", "Cidade das Flores", "Cidade dos Príncipes", "Cidade das Bicicletas" e "Cidade da Dança". É ainda, conhecida por sediar Festival de Dança de Joinville, a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e o Joinville Esporte Clube.
Os registros dos primeiros habitantes da região de Joinville datam de 4800 a.C. Os indícios de sua presença encontram-se nos mais de 40 sambaquis e sítios arqueológicos do município. O homem-do-sambaqui praticava a agricultura, mas tinha na pesca e coleta de moluscos as atividades básicas para sua subsistência.
Índios tupis-guaranis (especificamente, carijós) ainda habitavam as cercanias quando chegaram os primeiros imigrantes europeus. No século XVIII, estabeleceram-se, na região, famílias de origem portuguesa, com seus escravos negros, vindos provavelmente da capitania de São Vicente (hoje estado de São Paulo) e da vizinha cidade de São Francisco do Sul. Adquiriram lotes de terra (sesmarias) nas regiões do Cubatão, Bucarein, Boa Vista, Itaum, Morro do Amaral e aí passaram a cultivar mandiocacana-de-açúcararroz e milho, entre outros produtos.

Casa Enxaimel - Exemplo da herança germânica de Joinville

No dia 1 de maio de 1843, a princesa Dona Francisca Carolina, filha de Dom Pedro I, casou-se com o príncipe de Joinville François Ferdinand, filho do rei dos franceses Luís Felipe, e recebeu como dote de casamento um pedaço de terra próximo à colônia de São Francisco, hoje a cidade de São Francisco do Sul. Em 1846, o engenheiro Jerônimo Coelho viajou ao local para fazer a demarcação das terras.
Em 1848, o rei dos franceses Luís Felipe foi destronado e seu filho François se refugiou na Inglaterra. Ao começar a sofrer dificuldades financeiras, vendeu o território ao então dono da Sociedade Colonizadora Hamburguesa, o senador alemão Christian Mathias Schroeder, oito das 25 léguas recebidas como dote. O senador lançou, então, um projeto de povoação de parte desse território.


De acordo com o historiador Apolinário Ternes, o projeto iniciou‐se um ano antes da chegada da Barca Colon, que partiu de Hamburgo em 1851. Em 1850, veio o vice-cônsul Léonce Aubé, acompanhado de duas famílias de trabalhadores braçais, mais o engenheiro responsável das primeiras benfeitorias e demarcações do que viria a ser a nova colônia, e também do cozinheiro franco-suíço Louis Duvoisin. Louis Duvoisin veio ao Brasil anos antes com a expedição do 1842, o Benoît Jules Mure, na instalação fracassada do Falanstério do Saí. A barca Colon partiu de Hamburgo levando os primeiros imigrantes. No dia 9 de março do mesmo ano, a barca chegou ao local e foi fundada a Colônia Dona Francisca. A população foi reforçada com a chegada da barca Emma & Louise, com 114 pessoas. Em 1852, foi decidido que, em homenagem ao príncipe François, a cidade passaria a se chamar Joinville.


Uma residência de verão foi construída para abrigar o príncipe e a princesa de Joinville, com um caminho de palmeiras em frente à casa. Entretanto, nenhum dos dois chegou a conhecer a cidade. A casa que foi construída para os príncipes atualmente é o "Museu Nacional de Imigração e Colonização – Palácio dos Príncipes de Joinville", e a via à sua frente tornou-se a Rua das Palmeiras, hoje ponto turístico da cidade.
Entre as décadas de 1950 e 1980, a cidade tornou-se essencialmente industrial, ficando conhecida como "Manchester Catarinense".


Jonville possui tanto turismo natural quanto cultural, representado principalmente pelos museus. Destacam-se:
Parque Zoobotânico: localizado no Morro do Boa Vista, o parque é repleto de fauna e flora típicas da região, além de contar com um lago, um parquinho para as crianças e quiosques para piquenique;
Parque Caieira: localiza-se na zona sul da cidade. É um pedaço da Mata Atlântica, com trilhas para caminhada e um mirante para admirar a Baía da Babitonga, que banha o ponto turístico.


Parque Ecológico Morro do Finder: localizado no bairro Bom Retiro, o Parque Morro do Finder oferece diversas trilhas para caminhada e uma principal voltada para a prática do "mountain bike". No final dessa trilha, há um mirante, de onde é possível ver a cidade de São Francisco do Sul;
Mirante: localizado no topo do Morro do Boa Vista, poucos quilômetros depois do Zoobotânico, o mirante, com 250m de altura, é uma das principais atrações da cidade. Ao subi-lo, é possível desfrutar a visão magnífica de toda a cidade, inclusive da Baía da Babitonga. Atualmente encontra-se em reforma, sem previsão para ficar pronto;


Praia do Vigorelli;
Estrada do Rio Bonito: localiza-se no km 22 da BR-101 na Zona Rural. Uma estrada belíssima cheia de elementos naturais com arquitetura e quitutes germânicos. No percurso há ruas que levam a restaurantes, residências e pesque-pague. No final da estrada há um restaurante tipicamente alemão, que oferece pratos como o marreco recheado, com estacionamento pago; o Rio Bonito, bom para banhos; trilhas; espaço aberto sob as árvores para descanso; campinho de futebol. Depois dessa estrada há outra que termina num hotel com piscinas (natural e artificial) e campo de bocha;
Museu Arqueológico de Sambaqui: localizado na Avenida Beira-Rio, no Centro, possui fósseis e conta a história dos sambaquianos que habitavam à região;


Rua das Palmeiras: localiza-se no centro da cidade. As mudas foram trazidas do Rio de Janeiro em 1873 e plantadas em frente ao atual Museu Nacional da Imigração. É um cartão-postal da cidade devido à altura das árvores, que impressionam moradores e turistas. Além das palmeiras, a rua tem flores e bancos para descanso. Não possui tráfego de veículos, apenas uma calçada central inaugurada em 2012;


Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville: era o chamado Maison de Joinville, construído em 1870 para abrigar a administração da Colônia Dona Francisca e que virou museu em 1957. Nele o visitante pode conhecer os objetos que eram utilizados pelos imigrantes, além de desfrutar a beleza do jardim e ver, em frente, a bela Rua das Palmeiras;
Casas em Enxaimel: casas tipicamente alemãs, encontradas no centro e também na zona rural, que mostram como os imigrantes europeus viviam no período da colônia.

Joinville – flores pelo mundo

Estação da Memória: localizado no bairro Anita Garibaldi, ao lado do Shopping Joinville (antigo Americanas). De 1906 a 1996 funcionava como estação ferroviária que ligava Joinville às cidades vizinhas (Guaramirim, Araquari e São Franscisco do Sul). Em 2008 foi reinaugurada, após um longo período de restauração, como museu ferroviário. O lugar possui um parquinho para as crianças, uma ciclovia e espaço para práticas esportivas. É um dos cartões-postais da cidade;
Expoville: um local bom para o lazer, localizado na principal entrada da cidade, próximo ao Pórtico da XV de Novembro e ao Moinho. Possui lago; centro comercial

Cidade de Joinville

onde se pode adquirir lembranças típicas da cidade; um expocentro para eventos; parquinho; pista de automodelismo e um amplo estacionamento.

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