Música/teatro
É o casamento perfeito entre a música
e o teatro
Ópera (em italiano significa trabalho, em latim, plural de "opus", obra) é um gênero artístico teatral que consiste em um drama encenado acompanhada de música, ou seja, composição dramática em que se combinam música instrumental e canto, com presença ou não de diálogo falado. Os cantores são acompanhados por um grupo musical, que em algumas óperas pode ser uma orquestra sinfônica completa.
O drama é
apresentado utilizando os elementos típicos do teatro, tais como
cenografia, vestuários e atuação. No entanto, a letra da ópera (conhecida como
libreto) é normalmente cantada em lugar de ser falada. A ópera é também o casamento perfeito entre a música e o teatro.
Uma ópera segue, basicamente, um roteiro padrão. Primeira parte, a
Abertura, onde é tocada uma música pela orquestra. Seguida por, Recitativo,
onde os atores ficam dialogando. Os personagens secundários participam do coro,
enquanto os principais interpretam as árias (composições para voz solista).
O termo ópera provém do latim opera, plural de opus ("obra",
na mesma língua), sugerindo que esta combina as artes de canto coral e solo, recitativo e balé, em um
espetáculo encenado.
A ópera surgiu no início do séc. XVII, na Itália para
definir as peças de teatro musical, às quais se referia, com formulações
universais como dramma per música (drama musical) ou favola
in música (fábula musical), espécie de diálogo falado ou declamado
acompanhado por uma orquestra.
Devido seu local de
origem, a maior parte das óperas é encenada em latim ou italiano. Suas origens
remontam as tragédias gregas e cantos carnavalescos italianos do séc. XIV.
A primeira obra considerada uma ópera, data aproximadamente do ano 1594 em Florença no
final do Renascimento. Chamada Dafne (está
atualmente desaparecida) escrita por Jacopo Peri e Rinuccini, para um círculo
elitista de humanistas florentinos,
conhecido como a Camerata. Dafne foi
uma tentativa de reviver uma tragédia grega clássica, como parte de uma ampla
reaparição da antiguidade que caracterizou o Renascimento. Um trabalho posterior de Peri, Eurídice - escrita para as bodas de Henrique IV e
Maria de Médicis, em 1600 - é a primeira ópera que sobreviveu até a atualidade.
Enrico
Caruso e Rosa Ponselle, dois ícones do início do século XX, em cena de "La
Forza del Destino"
Em Nápoles surgiu: Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736)
que escreveu uma obra notável, La serva Padrona; Niccolò Jommelli (1714-1785) chamado o Glück italiano; Baldassare Galuppi (1706-1785), considerado o pai da ópera bufa;
E o maior expoente na ópera séria foi Giovanni Bononcini (1660-1750).
Christoph Willibald Glück (1714-1787),
foi o primeiro reformulador do drama lírico. Depois de obter considerável fama
na produção de óperas italianas convencionais, foi para a Inglaterra. Mas não
satisfeito com as condições existentes para a ópera e afim de estudar mais, foi
para Paris, onde se sentiu muito atraído pelas obras de Jean-Philippe Rameau (1683-1764). Retornando a Viena dedicou-se
novamente aos estudos, tentando sempre estabelecer uma relação mais íntima
entre a música e o drama. Em 1762 estreia a ópera Orfeu, afim de
aplicar muitas de suas teorias. Mas somente com Alceste, em 1767,
que se consagrou um dos principais compositores de drama lírico do mundo.
O bel canto é um estilo do início do séc. XIX, presente
na ópera italiana que se caracterizava pelo virtuosismo e os adornos vocais que
demonstrava o solista em sua representação. Ademais, baseava-se numa expressão
vocal distinta, em que o drama deveria ser expresso através do canto,
valorizando-se, sobretudo a melodia e mantendo-se sempre uma linha de legado
firme e impecável.
O estilo bel canto contem alguns dos personagens mais complexos e
dramáticos do repertório operístico, como a Norma, de
Bellini, e a Lucia di Lammermoor, de Donizetti. Era, contudo, uma
forma de expressão particular, alinhada aos ideais do Romantismo.
Na primeira metade do séc. XIX o bel
canto alcançou seu nível mais alto, através das óperas de Gioacchino Rossini, Vincenzo Bellini e Gaetano Donizetti, dentre
outros. Esta técnica continuou a ser utilizada muito tempo depois, embora
novas correntes musicais tenham o sobrepujado.
Muitas óperas desse estilo ficaram abandonadas durante décadas ou até mais
de um século, só foram resgatadas entre os anos 1950 e 80, período
que ficou conhecido
pelo salvamento de
diversas óperas capitaneados por cantoras famosas como Maria Callas, Joan Sutherland, Leyla Gencer e Montserrat Caballé.
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