terça-feira, 9 de dezembro de 2014

MOSCOU (MOSCOVO) – RÚSSIA

Cidade que você só deve visitar no verão


Moscovo  ou Moscou  (em russoМоскваtransl. Moskva, lido Maskvá — AFI: [mɐˈskva]) é a capital, cidade e subdivisão federal mais populosa da Federação Russa. A cidade é um importante centro político, econômico, cultural, científico, religioso, financeiro, educacional e de transportes da Rússia e do continente. Moscou é a megacidade mais ao norte na Terra, a segunda cidade mais populosa da Europa, atrás de Istambul, e a sexta cidade mais populosa do mundo, ficando atrás somente de Xangai, Istambul, Pequim, Mumbai e Karachi. Sua população, de acordo com os resultados de estatísticas federais, já ultrapassou os 12 milhões. Com base na lista de 2012 da Forbes, Moscou tem a segunda maior comunidade de milionários do mundo.
Moscou está situada sobre o rio Moscova, no Distrito Federal Central da Rússia europeia. No curso de sua história, a cidade serviu como capital de diversos Estados, como da Moscóvia medieval, do subsequente Czarado da Rússia e da União Soviética. Durante a Guerra Fria, Moscou foi o centro do chamado Bloco do Leste. A capital também é a sede do Kremlin, uma antiga fortaleza que é hoje a residência do presidente russo e sede do poder Executivo do governo da Rússia. O Kremlin é também um dos vários Patrimônios da Humanidade na cidade. Ambas as câmaras do Parlamento russo, a Duma e o Soviete da Federação, também estão sediadas em Moscou.



A cidade é servida por uma extensa rede de trânsito, que inclui quatro aeroportos internacionais, nove terminais ferroviários e um dos mais profundos túneis subterrâneos do mundo, o metrô de Moscou, perdendo apenas para Tóquio em termos de número de passageiros e reconhecido como um dos marcos da cidade devido à arquitetura rica e variada de suas 185 estações.



O nome da cidade vem do rio Moscova, um termo de origem incerta. A primeira referência à cidade data de 1147, quando Jorge I convidou o príncipe de Novgorod para a cidade de Moscou. O encontro ocorreu em 4 de abril de 1147. A cidade estava em festa, os príncipes das zonas vizinhas ofereciam presentes uns aos outros e concordavam num acordo de cooperação mútua. Nove anos mais tarde, Jorge I manda construir uma muralha de madeira, que passou a ser reconstruída com frequência para garantir a proteção da cidade que crescia em meio aos conflitos entre Jorge I e o príncipe de Chernigov. A cidade também era um ponto estratégico para os príncipes de Vladimir-Suzdal, na época uma importante província. O rio Volga também tinha grande influência nas trocas comerciais entre a cidade e os restantes principados, bem como outros reinos. Prova disso são as moedas árabes encontradas na cidade.
Na altura, Moscovo era mais uma cidade administrativa do que comercial, dado que a população que ali vivia era sobretudo camponesa. Nos anos seguintes, a cidade viria a ter metalúrgicos e pessoas ligadas aos artesãos. O rio Volga, o seu ponto estratégico e a crescente populações fizeram Moscou crescer nos séculos XII e XIII.



No inverno de 1278, os mongóis capturaram a cidade e assassinaram o comandante da armada, bem como praticamente toda a população. Esses saques, ligados diretamente à história da Rússia, foram um desastre à composição do território russo. Posteriormente, os moscovitas puderam regressar às suas casas expulsando os inimigos. Contudo, ao contrário do que se passava na cidade, o resto do sul do território havia sido totalmente destruído, e muitas das cidades não se recuperaram, provocando grandes ondas de imigração para o norte, onde localizava-se Moscou. Isso influenciou a cidade, que viu a sua população crescer.
Depois dos saques e das carnificinas provocados pelos tártaros, Moscou volta a se recuperar e, em 1327, a cidade torna-se a capital do principado de Vladimir-Suzdal. A sua boa localização em relação ao rio Volga permitiu um desenvolvimento estável, atraindo milhares de refugiados provenientes de todo o território russo devido às grandes invasões dos tártaros, estabelecendo o poderoso Estado da Moscóvia.



Sob o poder de Ivan I da Rússia, Moscou substitui definitivamente Tver como o centro político de Vladimir-Suzdal. A partir daí, a cidade cresce a uma velocidade ainda maior. Ao contrário dos outros principados do mundo, a Moscóvia não era dividida em zonas para serem governadas pelos filhos, mas sim herdada inteiramente pelos descendentes. A revolta de Moscou contra a dominação estrangeira aumentava cada vez mais.



Em 1380, Demétrio, príncipe de Moscovo, ganhou uma importante batalha que permitiu acabar com o poder dos tártaros, a batalha de Kulikovo. Com isso, a Rússia, através de Moscovo, torna-se livre de todo o domínio estrangeiro. A cidade torna-se um grande centro de poder, que com o passar dos anos viria a se tornar a capital de um grande Império com grande notoriedade mundial. Com isto, Kiev perde o seu estatuto de poder que antes tivera como Rússia Kievana.
Em 1571, tártaros da Crimeia atacaram e saquearam Moscou, poupando apenas o Kremlin. O século XVII seria marcado por um grande crescimento populacional e por certas revoluções, como o fim da invasão da Polônia e Lituânia em 1612 e a revolta de Moscou em 1682. Em 1712, após Pedro, o Grande fundar São Petersburgo às margens do Neva, em 1703, Moscou perde a condição de capital. As razões foram o contato com o mar que São Petersburgo propiciava, a localização estratégica para as trocas comerciais e a própria defesa da Rússia.


O incêndio de Moscou, durante a invasão francesa da Rússia em 1812.

O ano de 1812 é, sem dúvida, a data mais conhecida da história da Rússia, pois marca a invasão das tropas de Napoleão Bonaparte. Ao saber que Napoleão chegara às fronteiras da Rússia, os moscovitas elaboraram uma emboscada previamente definida. Quando os franceses chegaram à cidade, em 14 de setembro, o seu assustador exército encontrou uma cidade abandonada e completamente queimada. Sem nada para comer e com o terrível frio russo, as tropas viram-se obrigadas a bater em retirada. A imensa maioria morreu no regresso a França, fazendo com que Napoleão fosse perseguido pelos russos. Este acontecimento é dramatizado na obra Guerra e Paz, de Leão Tolstoi, e na Abertura 1812 de Tchaikovsky, que retrata todos estes acontecimentos.



Depois da vitória, Moscou continua crescendo a um ritmo bastante elevado. Em 1918, durante a Guerra Civil, Moscou serviu de quartel-general do Exército Vermelho, com um número aproximado de 178.500 soldados. Com o grande feito da Revolução de Outubro, a cidade torna-se capital da União Soviética, em 12 de Março de 1918.
Em novembro de 1941, a cidade volta a ser atacada, desta vez pela Alemanha Nazi, durante a Segunda Guerra Mundial. Moscou é evacuada e decretada como campo de batalha. Ao passo que a cidade era bombardeada, eram construídos diversos armamentos para combater os tanques. Nessa altura, e devido aos riscos, o líder soviético da época, Joseph Stálin, é aconselhado a abandonar a cidade e evacuar o resto da população que lá permanecia. A proposta, entretanto, foi recusada pelo líder. Em meio à invasão, a cidade dava continuidade à construção do metrô iniciada em 1930 que, ironicamente, foi beneficiada pelos bombardeamentos, que permitiram a expansão rápida das linhas.



Posteriormente, Moscou recebeu as Olimpíadas de 1980, que foram boicotados pelos Estados Unidos e outras nações ocidentais como protesto contra a Invasão soviética do Afeganistão.
Em 1991, a URSS é dissolvida e, com Boris Iéltsin no poder, Moscou cresce exponencialmente. A cidade passa a ser a capital da Federação Russa, onde fica o poder central, a Duma. No fim da década de 1990, a cidade cresce, aumenta suas linhas de metrô e moderniza a sua arquitetura, gerando críticas à demolição desmedida de prédios históricos para dar lugar aos grandes arranha-céus. Moscou transforma-se numa cidade cosmopolita cheia de história, cultura e vivacidade, mas também com problemas como o crime organizado e a pobreza.


Moscou em 1867


Cristianismo é a religião predominante na cidade, sendo a Igreja Ortodoxa Russa a denominação mais popular. Moscou também é a sede de um Patriarcado, entre os mais influentes da Igreja, que conduz a religião tradicional do país, considerada uma parte do patrimônio histórico da Rússia em uma lei aprovada em 1997. Além dos velhos crentes, as outras religiões praticadas em Moscou incluem o Islã, o Protestantismo, o Budismo e o Judaísmo.



Patriarcado de Moscou serve como a sede da Igreja russa, residindo no Mosteiro de Danilov. Moscou era chamada de cidade das 1600 igrejas até 1918, quando a Rússia se tornou um Estado laico e a religião perdeu sua posição na sociedade. Com a desintegração da União Soviética, em 1991, muitas das igrejas destruídas foram restauradas e as religiões tradicionais vem ganhando popularidade.
Enquanto a população muçulmana da cidade é estimada entre 1,2 e 1,5 milhões de pessoas de um total de 12 milhões, no ano de 2010 havia apenas quatro mesquitas na cidade. Apesar de uma mesquita adicional ter sido aprovada no sudeste, ativistas contrários às práticas islâmicas bloquearam a sua construção.



A cidade é repleta de diferentes tipos de clubes, restaurantes e bares. O centro da cidade e a Rublevka, zona mais rica da cidade, apresentam amplas possibilidades de entretenimento e vários estabelecimentos de luxo. A Tverskaya é uma das ruas comerciais mais frequentadas de Moscou.
A via Tretyakovski, em Kitai-Gorod, é um dos principais símbolos da chegada do capitalismo ao país, abrigando luxuosas marcas como BulgariTiffany & Co.ArmaniPrada e Bentley. A vida noturna de Moscou mudou drasticamente desde a queda da União Soviética, e os estabelecimentos de entretenimento popular e de massa deram lugar a vários dos maiores clubes noturnos do mundo.



Moscou dispõe de uma longa rede urbana de ônibus, que parte de toda estação de metrô próxima às zonas residenciais. A cidade também tem um terminal para viagens de longo alcance e intermunicipais, que transportam, diariamente, cerca de 25 mil passageiros, o que representa 40% das rotas terrestres de Moscou. Toda via de importância é servida por pelo menos uma rota de ônibus, que são reforçadas por rotas de trólebus.



Moscou também conta com um sistema de bondes, inaugurado em 1899. A linha mais recente foi construída em 1984. O uso diário de bondes pelos moscovitas já é baixo e vem caindo, pelo fato de partes das conexões terem sido retiradas. Entretanto, os bondes continuam importantes em alguns distritos, que dependem do transporte para se locomover até as estações de metrô. Os bondes também facilitam a baldeação entre linhas de metrô.
Assim como em toda a Rússia, em Moscou é difícil saber a diferença entre um táxi e uma carona. Já faz parte de uma tradição oferecer caronas a estranhos por uma determinada taxa. Independentemente do local ou do horário, é possível achar um automóvel disposto a transportar indivíduos em pouco tempo. Táxis comerciais também são disponíveis, e o sistema de táxis com roteiro é amplamente usado.


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