sábado, 13 de dezembro de 2014

O GUARANÁ E A LÍNGUA DO PIRARUCU

A grande descoberta indígena

O bastão do guaraná é transformado em pó através da língua do pirarucu

Língua do pirarucu dissecada e o bastão do guaraná

Inventores da Cultura do Guaraná, a tribo indígena SATERE-MAWÉ domesticou a trepadeira silvestre e criou o processo de beneficiamento da planta. Denominados de Çapó, eles produzem  esses bastões que hoje são assim comercializados.
Para obter o pó, basta ralar o bastão na língua seca do pirarucu.


A raspagem do guaraná

Técnica de origem  indígena praticada até os dias de hoje.
A primeira descrição do guaraná e sua importância para os Sateré-Mawé data de 1669, ano que coincide com o primeiro contato do grupo com os brancos. O padre João Felipe Betendorf descrevia, em 1669, que "tem os Andirazes em seus matos uma frutinha que chamam guaraná, a qual secam e depois pisam, fazendo dela umas bolas, que estimam como os brancos o seu ouro, e desfeitas com uma pedrinha, com que as vão roçando, e em uma cuia de água bebida, dá tão grandes forças, que indo os índios à caça, um dia até o outro não têm fome, além do que faz urinar, tira febres e dores de cabeça e cãibras".


A bocarra do pirarucu

O comércio do guaraná sempre foi intenso na região de Maués, não só o realizado pelos Sateré-Mawé, mas também pelos civilizados. A procura deste produto deve-se às propriedades de estimulante, regulador intestinal, antiblenorrágico, tônico cardiovascular e afrodisíaco. No entanto, é como estimulante que o guaraná, depois de beneficiado, é mais procurando, pois contém alto teor de cafeína (de 4 a 5%), superior ao chá (2%) e ao café (1%).


O pirarucu

Fruto do guaraná

Matéria extraída do blog http://pontosolidario.org.br/

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