segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

ORIGEM DO CONTO-DO-VIGÁRIO


São várias as versões da origem do termo conto do vigário. O que todas guardam em comum é que tem como tema principal um golpe de esperteza e um vigário.
Uma das histórias mais conhecidas, e defendida pela pesquisadora Denise Lotufo, teria como palco, ainda no século XVIII, uma disputa entre os vigários das paróquias de Pilar e da Conceição em Ouro Preto, pela mesma imagem de Nossa Senhora. Um dos vigários teria proposto que amarrassem a santa ao burro que estava solto na rua. Pelo plano, o animal seria solto entre as duas igrejas. A paróquia para a qual o burro se encaminhasse ficaria com a imagem. O animal foi para a igreja de Pilar, que assim ganhou a disputa. Mais tarde teria sido descoberto que o burro era do vigário dessa igreja.





Outro fato interessante aconteceu no século XIX em Portugal quando alguns malandros chegavam à cidades desconhecidas e se apresentavam como emissários do vigário. Diziam que tinham uma grande quantia de dinheiro numa mala que estava bem pesada e que precisaria guardá-la para continuar viajando.
Diziam que como garantia era necessário que lhes dessem alguma quantia em dinheiro para viajarem tranquilos e assim conseguiam tirar dinheiro dos portugueses facilmente.
Já Fernando Pessoa ficcionou a vida de Manuel Peres Vigário, um lavrador ribatejano, que se terá aproveitado da ganância alheia para trapacear.

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