sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

OS SÍGNOS ZODIACAIS

 Um dia, há muitos anos (quase cinquenta), depois de ler a previsão num horóscopo de um dia pressuroso para mim, fiz uma viagem de avião, que se constituiu no mais dramático da minha vida. Deixei de consultá-lo. Hoje, só me apego à providência divina. Embora saiba que sou Escorpião.



Há cerca de dois mil anos, quando o grego Cláudio Ptolomeu sistematizou todo o conhecimento recolhido à tradição astrológica dos povos com quem os gregos mantiveram contato, o equinócio vernal – marca do início da primavera no hemisfério norte – era assinalado pelo “ingresso” do Sol na constelação de Áries. Na verdade, tratava-se do fato de que, da Terra, o Sol era visto tendo a constelação de Áries “ao fundo”.
Como este fato marcava o retorno da vegetação e do calor após os meses de inverno, o momento em que a vida irrompia do solo e o início de um novo ciclo. Áries foi considerado o primeiro signo zodiacal e as constelações seguintes passaram a nomear os signos em sequência.


Aqui faz-se necessário um esclarecimento. Por uma questão prática e estética, adotou-se a ideia do círculo (360º) para a representação do céu. Este círculo também representava o caminho do Sol através das constelações/signos. A cada signo corresponderiam trinta graus em doze parcelas correspondentes. Esta representação veio a ser considerada um ‘zodíaco intelectual’, já que simplificava propositalmente a representação elíptica da órbita dos planetas. Importa saber que, nestes tempos, ainda se acreditava que a Terra era o centro do universo. A Astrologia e a Astronomia, até então consideradas ciências complementares, baseavam-se na visão geocêntrica.


Com o passar do tempo, notou-se que um fenômeno “celeste” fazia com que o ponto equinocial de primavera retrocedesse à constelação anterior, neste caso, Peixes. Este fenômeno veio a ser chamado de Precessão Equinocial. A partir desta constatação, a Astrologia, que se mantinha fiel à forma geocêntrica de representar as posições signo/planeta e à representação destas posições dentro dos 360º graus do círculo, passou a ser violentamente desacreditada e combatida. Entretanto, objeto de estudo e prática de inúmeros cientistas de todas as épocas, a Astrologia seguiu atraindo adeptos e solidificando os seus princípios e técnicas.


Este artigo foi escrito da perspectiva da Astrologia Tropical, uma vez que se estuda a influência dos signos e das posições planetárias recebidas por tudo e todos que se encontram na Terra.
Pessoas acreditam que os signos representam formas de comportamento primordiais e simples, características que poderiam ser percebidas com facilidade, se nos déssemos ao trabalho de verificá-las. O signo de Áries, por exemplo, pode ser percebido em indivíduos muito enérgicos, irrequietos, cheios de iniciativa e destemor. Podem ser impacientes e tendem a dizer o que pensam sem medir as consequências. As situações e/ou atividades onde estas características sejam necessárias certamente estão sobre a influência deste signo.
Outro fator importante na percepção da influência dos signos zodiacais que adeptos da astrologia têm é o efeito que neles produz a passagem (trânsito) dos planetas do nosso sistema. Os estudiosos atribuíram um planeta a cada signo, cuja influência guardava forte analogia com o assunto de cada signo. Estes planetas vieram a ser chamados “planetas regentes”.
Como, na Antiguidade, o método mais utilizado para a observação da movimentação planetária era olhar para o céu, apenas cinco planetas eram visíveis. Eram eles: Mercúrio, Marte, Vênus, Júpiter e Saturno. O Sol e a Lua eram chamados luminares, e contavam entre os planetas, quanto à distribuição de regentes por signo. Desta forma, o Sol e a Lua foram atribuídos aos signos de Leão e de Câncer, respectivamente. Aos


cinco planetas foi atribuída uma regência dupla. Vênus, por exemplo, rege a Touro e a Libra. No primeiro, estimularia a sensualidade e a exploração dos sentidos, o desejo pela matéria de boa qualidade, pela opulência das formas, a doçura, quando em ambientes calmos. No segundo, o desejo pela harmonia, pelo equilíbrio estético, a cortesia, a beleza e o charme, o desejo de seduzir pela graça.
Note-se que o termo ‘planeta’ desde o princípio correspondia a um corpo luminoso, que era visto no céu a “cruzar” uma determinada constelação/signo. Este nome tem origem grega e vem do adjetivo ‘planétes’ ‘errante, vagabundo’, significando qualquer corpo celeste que, em relação à eclíptica, apresentava órbita irregular, dada a sofrer alterações de direção e ritmo. O movimento do Sol e o da Lua jamais se alteram.


O signo solar é aquele no qual o Sol é visto por ocasião do nascimento ou do início de uma pessoa ou atividade. Quem afirma “Sou de Capricórnio!”, p. ex., nos informa que nasceu em algum momento do período em que o Sol cruza este signo.
O signo solar nos informa das qualidades e defeitos que precisaremos desenvolver ou minimizar durante a vida. Refere-se a potenciais dos quais devemos nos conscientizar, uma vez que o Sol simboliza o princípio vital, doador de vida, assim como a consciência em estado primordial. Entretanto, para uma orientação mais aprofundada e útil, deve-se procurar estudar o mapa natal onde, da interação do conjunto dos doze signos, dos planetas e luminares, um astrólogo competente levantará significados que poderão inspirar a nossa inteligência, sugerir caminhos e escolhas adequadas para o momento.

Os signos dos zodíacos em nu artístico

Sol: Leão;
Lua: Caranguejo (Câncer).
Mercúrio: Gémeos e Virgem
Vénus: Touro e Libra
Terra: Touro
Marte: Carneiro (Áries); Corregente: Escorpião
Júpiter: Sagitário; Corregente: Peixes
Saturno: Capricórnio; Corregente: Aquário
Urano: Aquário;
Netuno: Peixes;
Plutão: Escorpião; Corregente: Áries

Nenhum comentário:

Postar um comentário