Bibliotecas: livros
Após onze anos de
construção (1717-1728), a biblioteca Joanina se torna “a mais espetacular do
mundo”, segundo o renomado jornal britânico “The Telegrapf”
Visão do prédio
A Biblioteca
Joanina é uma biblioteca do século XVIII situada no Palácio das Escolas da Universidade de Coimbra, no pátio
da Faculdade de Direito da Universidade
de Coimbra. Apresenta
um estilo marcadamente rococó, sendo
reconhecida com uma das mais originais e espetaculares bibliotecas barrocas
europeias. Além de local de pesquisa de muitos estudiosos, o espaço é ainda frequentemente utilizado
para concertos, exposições e outras manifestações culturais.
Em 2013 o jornal britânico The Telegraph, considerou a Biblioteca Joanina como "a mais espetacular do mundo". A
sua construção começou no ano de 1717, no
exterior do primitivo perímetro islâmico, sobre o antigo cárcere do Paço Real,
com o objetivo de albergar a biblioteca universitária de Coimbra, e foi
concluída em 1728.
Apesar de ter sido
construída no seguimento do projeto régio de reforma dos estudos universitários
(consequência da difusão das correntes iluministas em Portugal), a
Biblioteca Joanina é reconhecida como uma das mais originais e espetaculares
bibliotecas barrocas europeias.
O mestre de obras
foi João Carvalho Ferreira. A decoração pintada só foi realizada alguns anos
mais tarde, já nas vésperas da Reforma Pombalina: os frescos dos tetos e
cimalhas foram executados por António Simões Ribeiro, pintor, e Vicente Nunes,
dourador. O grande retrato do Rei é atribuído ao italiano Domenico Duprà e a
pintura e douradura das estantes foi realizada por Manuel da Silva. O
mobiliário, em madeiras exóticas, brasileiras e orientais, foi executado pelo
entalhador Francesco Gualdini.
Exteriormente
assemelha-se a um vasto paralelepípedo, onde se salienta o portal nobre, de
estilo barroco, encimado
por um grande escudo nacional do tempo do monarca que a mandou construir: D. João V.
Interiormente
compõe-se de três salas que comunicam entre si através de arcos idênticos ao
portal e integralmente revestidos de estantes, decorados a motivos chineses (na
primeira sala em contraste ouro sobre fundo verde, na segunda, ouro sobre fundo
vermelho e na última ouro sobre fundo negro).
Toda a sua
arquitetura envolve um retrato de D. João V que, colocado na parede do topo do
edifício, na última sala, funciona como "ponto de fuga" da biblioteca
da Universidade de Coimbra, também chamada, noutros tempos, Casa da Livraria. A
nave central da Joanina faz com que a sua estrutura se assemelhe à de uma
capela, em que o retrato de D. João V ocupa o lugar do altar. A dourada moldura
da tela imita uma cortina, que se abre para exibir, numa "esplendorosa
composição alegórica", o rei.
A Joanina reúne
cerca de 70 mil volumes, a maior parte dos quais no andar nobre, o único, dos
três pisos do edifício, aberto ao público. Aí se conservam os principais fundos
de Livro Antigo (documentos até 1800) da Universidade.
Os seus cerca de
1250 m² úteis atuais foram obtidos com o arranjo de dois níveis de caves, para
depósito e salas de trabalho.
Galeria de fotos
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