quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A BIBIOTECA JOANINA – COIMBRA, PORTUGAL

Bibliotecas: livros

Após onze anos de construção (1717-1728), a biblioteca Joanina se torna “a mais espetacular do mundo”, segundo o renomado jornal britânico “The Telegrapf”

Visão do prédio

Biblioteca Joanina é uma biblioteca do século XVIII situada no Palácio das Escolas da Universidade de Coimbra, no pátio da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Apresenta um estilo marcadamente rococó, sendo reconhecida com uma das mais originais e espetaculares bibliotecas barrocas europeias. Além de local de pesquisa de muitos estudiosos, o espaço é ainda frequentemente utilizado para concertos, exposições e outras manifestações culturais.



Em 2013 o jornal britânico The Telegraph, considerou a Biblioteca Joanina como "a mais espetacular do mundo". A sua construção começou no ano de 1717, no exterior do primitivo perímetro islâmico, sobre o antigo cárcere do Paço Real, com o objetivo de albergar a biblioteca universitária de Coimbra, e foi concluída em 1728.


Apesar de ter sido construída no seguimento do projeto régio de reforma dos estudos universitários (consequência da difusão das correntes iluministas em Portugal), a Biblioteca Joanina é reconhecida como uma das mais originais e espetaculares bibliotecas barrocas europeias.


O mestre de obras foi João Carvalho Ferreira. A decoração pintada só foi realizada alguns anos mais tarde, já nas vésperas da Reforma Pombalina: os frescos dos tetos e cimalhas foram executados por António Simões Ribeiro, pintor, e Vicente Nunes, dourador. O grande retrato do Rei é atribuído ao italiano Domenico Duprà e a pintura e douradura das estantes foi realizada por Manuel da Silva. O mobiliário, em madeiras exóticas, brasileiras e orientais, foi executado pelo entalhador Francesco Gualdini.


Exteriormente assemelha-se a um vasto paralelepípedo, onde se salienta o portal nobre, de estilo barroco, encimado por um grande escudo nacional do tempo do monarca que a mandou construir: D. João V.


Interiormente compõe-se de três salas que comunicam entre si através de arcos idênticos ao portal e integralmente revestidos de estantes, decorados a motivos chineses (na primeira sala em contraste ouro sobre fundo verde, na segunda, ouro sobre fundo vermelho e na última ouro sobre fundo negro).


Toda a sua arquitetura envolve um retrato de D. João V que, colocado na parede do topo do edifício, na última sala, funciona como "ponto de fuga" da biblioteca da Universidade de Coimbra, também chamada, noutros tempos, Casa da Livraria. A nave central da Joanina faz com que a sua estrutura se assemelhe à de uma capela, em que o retrato de D. João V ocupa o lugar do altar. A dourada moldura da tela imita uma cortina, que se abre para exibir, numa "esplendorosa composição alegórica", o rei.


A Joanina reúne cerca de 70 mil volumes, a maior parte dos quais no andar nobre, o único, dos três pisos do edifício, aberto ao público. Aí se conservam os principais fundos de Livro Antigo (documentos até 1800) da Universidade.
Os seus cerca de 1250 m² úteis atuais foram obtidos com o arranjo de dois níveis de caves, para depósito e salas de trabalho.
Galeria de fotos













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