Associação Atlética da
Bahia vai de vento em popa
Em tempos atuais no qual a
funcionalidade é elemento chave para ter sucesso de vendas dentro do mercado
imobiliário, os condomínios residenciais que possuem áreas de lazer – como
piscinas, quadras poliesportivas, salas de ginástica, e espaço de festas – tem
se proliferado pelas metrópoles, contribuindo para que seu residente opte por
sair menos de casa para um momento de recreação. Dessa forma, os clubes
recreativos pensam novos meios de atrair este sócio, com propostas
diferenciadas para atrair os membros que já dispõem de uma área de lazer mais
próxima.
E, neste sentido, muitos
espaços exclusivos de Salvador já têm se adaptado, buscando ser mais do que uma
área de lazer, trabalhando também com aulas das modalidades esportivas, cursos,
oficinas, e eventos culturais, tendo o objetivo de trazer o sócio ao clube fora
dos fins de semana. A estratégia visa atingir não apenas o usuário que já
possui as comodidades recreativas em casa, mas a todos que buscam o local para
um passatempo maior do que um espaço para nadar e aproveitar o calor, ou
praticar algum esporte com amigos.
No caso do clube Sesc
Piatã – tem registrado um média de oito mil pessoas em suas dependências,
durante os fins de semana, desde o início do verão – essa não é uma estratégia
tão recente, como explicou o gerente Vagner de Jesus. “Buscamos fazer uma
programação que possa atrair aos sócios – neste caso, os comerciários – através
de atividades que possam contribuir com seu conhecimento, e até mesmo com seus
negócios, além dos eventos que tem o objetivo de promover a confraternização
entre os associados. Uma proposta que dá muito certo, já que, nas datas
comemorativas sempre temos uma presença muito grande do público”.
O gerente refere-se aos
feriados, e às datas comemorativas do calendário como o Dia das Mães, dos Pais,
além de uma celebração no Dia do Comerciário que costuma ocorrer durante o dia
inteiro praticamente. Nestas datas, o clube chega a receber uma média de 15 mil
pessoas. Fora as celebrações, o clube conta com atividades esportivas no
decorrer da semana, como as aulas de hidroginástica, ginástica e alongamento,
yoga, natação e ritmos baianos. Para ter acesso, o sócio precisa pagar um valor
simbólico, de R$ 20 mensalmente, para aulas duas vezes na semana.
Eventualmente, as oficinas também fazem parte dos passatempos oferecidos pela
entidade, com minicursos de pintura, materiais recicláveis, cupcakes, madeira e
papel.
Já o Costa Verde Tênis
Clube, também localizado em Piatã, possui uma estrutura menor, e enfrentou
problemas durante sua administração, há 14 anos. Fator que levou à gestão
daquele período a repensar toda a estrutura do parque, de modo que, além de
sair da salvar o clube – que estava mergulhado numa crise financeira, com a
perda de sócios e aumento dos gastos –, o objetivo era atrair os associados, e
conquistar novos parceiros para a área de lazer.
Um grupo de sócios,
liderado pelo Sr. Teobaldo Luis da Costa, atual presidente da diretoria,
iniciou uma campanha para recuperação do Clube que levou a vencerem as eleições
para o Conselho Deliberativo, e assumindo assim a direção do espaço recreativo.
Foi então iniciado um trabalho de recuperação financeira com medidas voltadas
para aumento de receitas e redução de despesas.
As medidas para ter um
orçamento balanceado foram através de parcerias. Conveniar empresas para os
seus funcionários, locar espaços ociosos para instalação de clínicas,
escritórios, etc., e terceirizar serviços como academia e bares, foram as
principais medidas, assim como a locação de espaços para eventos como
formatura, aniversários, casamentos e confraternizações.
De acordo com o gerente
Ubirajara Dantas, conquistar novos sócios ainda envolve dificuldades, mas, a
direção tem obtido pequenos triunfos. “A opção de venda de títulos ficou
difícil nos últimos anos com os condomínios completos ao redor. Por isso,
optamos pelo sócio contribuinte que se associa por um período mínimo de seis
meses, o que levou a um pequeno, mas significativo sucesso”.
Com estas medidas o local
tornou-se um clube superavitário o que permitiu continuar com as atividades e
liquidar todas as dívidas, tirando Costa Verde da crise financeira. “Agora
contamos com um quadro Social de 320 sócios titulares ativos, cem sócios
contribuintes, e aproximadamente 1000 sócios conveniados através de empresas.
Em um domingo ensolarado, frequentam nossas dependências algo em torno de 2000
pessoas”, relatou.
Estes sócios somados aos
seus familiares, segundo explica Dantas, gera um público de 4 mil pessoas que
pode frequentar as dependências do local. Além destes, há frequentadores de
serviços terceirizados como as academias de musculação, judô, krav-maga, dança
e balé que, juntos, somam aproximadamente 2 mil pessoas não-associadas.
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