Mulher que entrou para a história por
méritos próprios
Durante seu reinado trouxe
paz e prosperidade à região
Hatchepsut ou Hatshepsut foi uma grande esposa real, regente e faraó do Antigo Egito. Viveu no
começo do século XV a.C, pertencendo à XVIII Dinastia do Império Novo. O seu reinado, de cerca de vinte e dois anos,
corresponde a uma era de prosperidade econômica e relativo clima de paz.
Quando o seu pai
morreu Hatshepsut teria cerca de quatorze anos (para alguns egiptólogos teria
dezenove anos). Casou com seu meio-irmão, Tutmés II, seguindo
um costume que existia no Antigo Egito que
consistia em membros da família real de casar entre si. Após a morte de Tutmés II, cujo reinado é pouco conhecido, o enteado de
Hatshepsut, Tutmés III, era ainda
uma criança que não estava apta a governar. Por esta razão Hatchepsut, na
qualidade de grande esposa real do rei Tutmés II, assumiu o poder como regente
na menoridade de Tutmés III. Mais tarde, Hatshepsut decidiu assumir a
dignidade de faraó e governar em seu direito. No Egito era muito raro ter uma faraó mulher.
Conforme vê-se em
Maruéjol (2007), Hatshepsut tomava as decisões por Tutmés III, mas o pequeno
faraó era responsável pela realização dos cultos as divindades. No sétimo ano
do reinado de seu meio-irmão, Hatshepsut adota o nome Maatkare e considera-se
soberana do Egito, adotando os atributos e faraônicos como títulos, nomes, cetros,
barba postiça, tanga curta e cauda de touro, além de unificar as duas coroas.
Segundo Mokhtar (2010:57), Hatshepsut “declarou publicamente ser filha do deus
nacional Amon-Rá, que se apresentara à sua mãe como Tutmés I.” Nos templos de
Deir el-Bahari e de Amon-Rá ela consolidou seu poder real através de sua
paternidade espiritual diante das pessoas mais importantes do Egito, pois
Amon-Rá lhe teria confiado o Egito pelo consentimento dos deuses, assim como
seu pai carnal lhe teria escolhido herdeira do trono. Hatshepsut passa a
governar o Egito, deixando de ser regente para transformar-se em faraó.
Contudo, ela não substituiu Tutmés III, havendo na época algo inédito: o poder
nas mãos de dois reis. Muitos escritores atuais a chamam de usurpadora por causa
da tomada do poder. Porém, ao contrário do que se pensa, Hatshepsut não excluiu
o rei da história, e em quase todas as imagens produzidas em monumentos o mesmo
aparece junto com ela. O calendário egípcio, não obstante, atualizado desde a
ascensão de Tutmés III (no antigo Egito iniciava-se a contagem do calendário a
partir do zero a cada novo reinado), não foi anulado, prosseguindo a contagem
com o reinado dos dois faraós conjuntamente. Maruéjol (2007) acredita que ela
estivesse preparando o futuro rei para assumir o trono sozinho no futuro. Não se pode descartar, no entanto, o fato
de que após sua morte, Tutmés III procurou apagar seu nome da história,
possivelmente por vingança.
“A Tutmósis II
(1492-1497), cujo reinado deixou poucos vestígios, sucedeu o seu jovem filho,
de uma das esposas secundárias, Tutmósis III (1479-1425), tendo Hatshepsut,
viúva de Tutmósis II, tido, a princípio, o cargo de regente. Durante os
primeiros 20 anos do reinado de Tutmósis III a atividade militar foi mínima e o
Egito parece ter perdido bastante terreno na Ásia. No sétimo ano de reinado de
Tutmósis III, Hatshepsut proclamou-se <<rei>> feminino (na
ideologia egípcia não havia lugar para uma rainha reinante) e governou como
parceiro e personalidade dominante até sua morte, por volta do ano 22, numa
co-regência com o sobrinho. É evidente que Tutmósis III concordou, de certo
modo, com tal situação, já que durante a maior parte do tempo tinha idade para organizar
uma resistência contra a sua tia, se assim o desejasse.” (BAINES E MÁLEK,
1996:43)
É interessante
observar a última afirmação de Baines e Málek (1996), pois Tutmés III poderia
realizar uma revolta contra sua tia, mas não o fez. E fica claro o poder da
interferência da religião no poder político pela ascensão de Hatshepsut. Ela
teve o apoio dos sacerdotes de Amon, divindade mais importante da época, e
proclamou-se faraó conforme a vontade do mesmo para governar num processo
chamado teogamia, ou seja, processo em que o deus Amon tem uma relação com
outra rainha (portanto, humana) para gerar um novo faraó. No caso, ele
encontrou-se, na forma de Thutmés I, com Ahmés, que teria acordado com seu
aroma e concebido Hatshepsut. Amon teria consultado doze divindades para
decidir sobre a geração desse novo faraó. Cenas de tal criação podem ser vistas
em seu templo funerário em Deir el-Bahari. O clero de Amon é o autor desse
mito, e ela foi a primeira a utilizar- da teogamia para legitimar seu poder
como faraó. Não era comum no Egito um faraó virar divindade antes de sua morte,
pois quando o mesmo falecia entreva para o mundo dos mortos, governado pelo
deus Osíris para, então, entrar para o conjunto de deuses egípcios a ser
cultuado.
A princípio, os
sacerdotes não estavam de acordo com a proclamação de Hatshepsut como faraó,
mas logo aceitaram a ideia. Provavelmente, o teriam feito pelo temor ao deus
Amon e devido às riquezas que recebiam da coroa. A rainha realizava muitas
doações ao clero, o que alimentava suas mordomias. Além disso, eles acreditavam
que as decisões de dela satisfaziam ao deus venerado e, caso não fossem
cumpridas, ele jogaria pragas no Egito e acabaria com as colheitas. O período
de prosperidade e tranquilidade da época fortaleceu o pensamento de que a
rainha decidia corretamente.
É interessante
observar que, diferentemente como ocorria em outras civilizações, as mulheres
no Egito tinham direitos e autonomia na sociedade, podendo ter posses e
participar de tribunais . De acordo com Amodio (2006), nas sociedades
ocidentais, as mulheres eram imputadas em um âmbito privado, ao contrário dos
homens, que incumbiam-se da vida pública. A casa e os filhos era o mundo
fechado delas, enquanto que seus maridos trabalhavam para levar o sustento à
família, o que incita a considerar que os homens detinham uma condição de
poder. Durante a história, a mulher carregava a maldição do mito de Eva,
considerada socialmente inferior social e intelectualmente, dependendo a
proteção masculina.
Para Lopes (2009),
em determinados períodos a mulher podia ser equiparada com os homens, podendo
ser, juridicamente, considerada detentora de iguais direitos, prerrogativas e
responsabilidade dos homens. Poderiam possuir terras, serem herdeiras, redigir
testamentos, participar de transações comerciais; não perdiam seus direitos
após o casamento e nem mesmo em casos de divórcio; cumpriam seu papel em
tribunais como acusadoras, defensoras ou testemunhas, e poderiam ser
penalizadas.
Lopes (2009) também
lembra que elas normalmente apareciam na história desfrutando-se de prestígio
social pelo título de mulher casada. Muito casais com seus filhos eram
representados testemunhando a importância da mulher e da estrutura familiar.
Não obstante possuírem uma vida política e religiosa (como sacerdotisas), cada
uma poderia ter a sua profissão, registradas até em escritos antigos.
Neferica-Rá, da 5ª dinastia durante o reinado de Sahurá, e Peseshet, durante o
reinado de Amenhotep III, da 18ª dinastia, são dois exemplos do espaço
conquistado pela mulher na sociedade egípcia. Podiam exercer também cargos de
chefia, e as que viviam na realeza desfrutavam de maior prestígio social. Eram
conhecidas como adoradoras ou cantoras de Amon, esposas reais, mães do
faraó-deus.
“No Egito, as inscrições e monumentos em
geral levam a crer que as mulheres gozavam de grande consideração. As esposas
[sic] dos faraós partilhavam, ao que tudo indica, da autoridade, e esses [sic]
soberanos, a fim de manter todo o prestígio dentro da família, desposavam frequentemente
as próprias irmãs. Esse [sic] costume perpetuou-se na grega dos Ptolomeus,
sendo geralmente conhecido que a famosa Cleópatra teve por marido um irmão.
Várias inscrições, por outro lado, recomendavam aos maridos que tratassem bem as
esposas” [sic]. (LOBO, 1979:61)
Sabe-se por
González (2010) que durante a 2ª dinastia, no 15º ano de reinado de Nineter,
foi decidido que as mulheres poderiam reinar no trono do Egito. Merneit, que
viveu na dinastia anterior a Nineter, também havia determinado essa liberdade
anteriormente.
O período de paz e
riquezas no Egito enquanto Hatshepsut reina é atestado pelas obras do templo de
Amon em Carnac e pelo templo funerário em Tebas. Segundo González (2010) e
Costa (2011) , ela dedicou-se à administração interna do país e nas construções
de grandes obras. Baines e Málek (1996) trabalham com a hipótese de que sua
filha estivesse sendo preparada para a co-regência no futuro juntamente com
Tutmés III. Senenmut, um plebeu camareiro e professor de sua filha, torna-se
uma das pessoas mais importantes da plebe. Segundo Baines e Málek (1996:43),
“foram recuperadas, em escavações na zona de Tebas, cerca de 20 estátuas de
Senenmut, tendo este o privilégio único de ser retratado nos relevos do templo
de Deir el-Bahari.” (grifo nosso) A menina, no entanto, falece pouco tempo após
a posse do futuro faraó.
A arte teve grande repercussão e, para a glória de Âmon-Rá, foram
erguidos dois obeliscos no templo de Karnak, além de ter realizado uma
expedição para Punt. González (2010) acredita que antes dela nenhum outro rei
tenha utilizado tanto a escultura quanto Hatshepsut usou em templo. A expedição
ordenada por ela, retratada em Deir el-Bahari durante o nono ano de reinado,
teve uma duração de aproximadamente três anos. A expedição tinha por finalidade
comercializar através do Mar Vermelho com o país Punt, conhecido desde o
Império Antigo como terra de ouro .
Hatshepsut é
considerada uma das pessoas mais importantes que governou o antigo Egito, tendo
uma influência que ultrapassou os limites nacionais, mesmo que, posteriormente,
seu sucessor tenha desprendido ações para apagar seu nome da lista de faraós.
Faleceu em 1473 a.C., e foi a quinta governanta egípcia de sua dinastia. Seu
corpo está sepultado no Vale das Rainhas e seus monumentos foram derrubados
após sua morte . Segundo Vasques (2005), após o Império Novo, Háthor continuou
a ser cultuado, assim como outras divindades relacionadas à cura, como Imhotep
e Amenhotep.
Tutmés III, quando
sobe ao trono como sucessor, procura retirar Hatshepsut da história do Egito
como vingança do acontecimento em sua infância. Mokhtar (2010) relata a
história contada pelo próprio faraó quando, aos trinta anos de idade, descobriu
sua vocação para o reinado. O faraó diz que durante uma participação como
sacerdote em uma cerimônia em Karnak juntamente com seu pai, o oficiante, a
estátua de Amon lhe escolheu como rei do Egito através de um oráculo.
Tutmés III é
considerado um dos faraós guerreiro mais importante do antigo Egito. Vale lembrar
que ele descende de uma linhagem de guerreiros, visto que há um século e meio
aproximadamente os mesmos haviam expulsado ancestrais do próprio príncipe de
Kadesh, desencadeando a luta entre Egito e Síria . Uma de suas primeiras
campanhas foi contra Megido. Conforme Mokhtar (2010) várias cidades-Estado das
regiões da Síria, Palestina e Líbia haviam feito uma forma de aliança e
reuniram-se em Megido para tomar o Egito. O príncipe de Kadesh, apoiado por
outros 150 príncipes começa a planejar uma invasão ao Egito.
O rei, no entanto, após destruir a memória de sua meio-irmã, reuniu seus
soldados juntamente com muitos recrutados do norte e com núbios do sul e
surpreendeu os inimigos antes que os mesmos atacassem. André (2011) especifica
que Megido e Kadesh, duas cidades cananéias, não aceitaram o levante de Tutmés
III, havendo possibilidade de esta segunda nação ter recebido influência do
governo de Mittani, também rival do faraó. Mokhtar (2010) especifica que Megido
foi vencido, os opositores obrigados a refugiarem-se nos muros da cidade e a
região meridional da Líbia foi dominada pelo Egito. Na verdade o Egito não
aproveitou a oportunidade de invadir a cidade com os inimigos já vencidos, mas
contentou-se em saquear tão somente os soldados inimigos caídos. Após sete
meses ao redor de Megido, a cidade rende-se aos egípcios (calcula-se que tenha
sido em, aproximadamente, dezembro de 1458).
Além dessas, Baines
e Málek (1996) apontam que Tutmés III realizou várias outras campanhas pelo
Próximo Oriente para tomar novamente terras palestinas que o Egito perdeu.
Durante 20 anos o rei procura conquistar a Síria, sem sucesso pela resistência
dos mitanni. No Eufrates, Tutmés III desiste dessa luta. Nos fim de seu
reinado, o faraó também realizou campanhas na Núbia, estabelecendo a sua
capital em Napata, perto da 4ª Catarata.
No Antigo Egito os
anos eram contados a partir da ascensão de uma novo soberano ao poder.
Hatchepsut não seguiu esta tradição, tendo preferido inserir-se nos anos de
Tutmés III.
No ano 7,
Hatchepsut deixa de ser rainha, assumido os cinco nomes que estavam reservados aos faraós. Para
legitimar a sua posição, Hatchepsut, junto com os membros do clero de Amon, recorreu
a um relato que fazia de si filha do deus Amon-Rá (teogamia). Nas paredes do templo funerário de Hatchepsut,
em Deir el-Bahari, está representado o episódio que relata a
concepção e nascimento da rainha-faraó.
A mãe de Hatchepsut, Ahmose, encontra-se no palácio real. O deus Amon-Ra
observa-a e, depois de consultar um conselho composto por doze divindades,
decide que chegou a altura de gerar um novo faraó. O deus toma a aparência do
rei Tutmés I, encontrando-a no quarto adormecida. A rainha acorda ao sentir o
perfume que emana do corpo do esposo e o Deus Amon-Rá se mostra em toda sua
plenitude, Ahmose, cai aos prantos em emoção pela grandiosidade do Deus. O
casal une-se sexualmente e depois Amon-Rá informa que a filha que nascerá da
união dos dois, governará o Egito em todas as esferas de poder do palácio.
Apesar de não
concordarem, os sacerdotes foram obrigados a legitimar a história, pois viviam
bem e com muitas mordomias, principalmente por causa das doações que a rainha
fazia a eles. Acreditaram que se o Deus Amon não ficasse satisfeito com as
decisões da rainha, o Egito sofreria com pragas e colheitas ruins, e então eles
poderiam agir. Mas parece que Amon-Rá estava de acordo com as ideias de
Hatshepsut, pois ela governou em um período de muita prosperidade e
tranquilidade.
Após sua morte, aos
37 anos e com 22 anos de reinado, Tutmés III subiu
ao trono do Egito. Hatchepsut foi enterrada na tumba KV20.
O governo de Hatchepsut é habitualmente apresentado como correspondendo
a uma era de paz, mas esta imagem tem sido relativizada por alguns
investigadores. Pelo menos duas campanhas militares foram conduzidas durante o
seu reinado, uma das quais à Núbia, a qual talvez tenha sido liderada pela própria
Hatchepsut.
Hatchepsut
conservou alguns servidores do tempo do seu pai Tutmés I. Dois homens ficaram
conhecidos como os ministros mais importantes da rainha: Hapuseneb e Senemut. O
primeiro era o sumo sacerdote de Amon, tendo dirigido os vários trabalhos de
construção ordenados por Hatchepsut, em particular os que tiveram lugar na
cidade de Tebas.
Senemut, um oficial
do exército de origem modesta, é por vezes visto como companheiro de
Hatchepsut, que não casou enquanto foi faraó. Foi chefe do conselho da rainha e
preceptor da filha de Hatchepsut, a princesa Neferuré, com a qual surge
representado em várias "estátuas-cubo" (estátuas nas
quais apenas a cabeça emerge de um bloco de pedra).
Nos baixos-relevos
do templo de Deir e-Bahari ficou representada a expedição à região do Punt.
Esta terra, que se julga corresponder à algures na costa da Somália, era
conhecida pelas suas riquezas, como a mirra, o incenso, o ébano, o marfim e os
animais exóticos. A expedição parece ter sido pacífica, tendo os egípcios
trocado os bens que desejavam por armas e joias.
Nas paredes do
templo é possível ver as cenas que mostram cinco barcos a partir para o Punt
seguindo a rota do Mar Vermelho. São
calorosamente recebidos pelo rei local, Pa-Rahu, e a sua esposa, Ity,
representada como uma senhora obesa. Depois de um banquete, os barcos foram
carregados com os produtos. As representações mostram árvores de incenso, que
teriam sido plantadas no recinto do templo de Deir e-Bahari.
No Templo de Hatchepsut (Deir-el-Bahari),
existem retratos do seu dia-a-dia mostrando a rainha como uma figura obesa,
algo não convencional para a arte egípcia. Alguns
estudiosos acreditam que a rainha foi realmente obesa, outros acreditam que
seja uma figuração de "matriarcal". Ainda existem representações de
Hatchepsut como uma mulher sem seios e barbada. Alguns historiadores acreditam
que estas representações de Hatchepsut são representações feitas por ordem da
rainha para ausentar sua figura de fragilidade (ausência dos seios) e a barba
para representar o poder. Tinha hábito de misturar peças masculinas ao seu
vestuário para demonstrar autoridade. Hatchepsut
foi substituída por Tutmés III, que durante seu reinado apagou diversos traços
de sua co-regente como bustos, afrescos e interrompeu algumas de suas obras quando
assumiu o poder.
Tendo em conta que o nome de Hatchepsut foi suprimido das principais
listas de reis do Antigo Egito, desconheceu-se durante muito tempo a existência
de Hatchepsut. Em meados
do século XIX, quando a Egiptologia se estruturou como campo do
saber, iniciou-se a redescoberta da rainha-faraó. Em
1922-1923 o egiptólogo Herbert Winlock, que
realizava escavações em Deir el-Bahari na área pertencente ao rei Mentuhotep
II, encontraria uma série de estátuas de Hatchepsut. Uma parte destas estátuas está hoje no Museu Egípcio do
Cairo e no Metropolitan Museum of Art. Recentemente a múmia de Hatchepsut foi
localizada através de uma pesquisa que contava com testes de DNA, tomografia computadorizada, entre outras 2 múmias, e um grande mistério que
envolvia sua morte. Através de
um dente molar, encontrado em uma caixa mortuária de madeira e com seu nome
entalhado, que também continha seu fígado mumificado, foi possível afirmar que
uma das múmias em questão era a de Hatchepsut. Cientistas descobriram
também que sua morte foi devido a uma infecção na gengiva...
Templo de
Hatshepsut, Deir-el-Bahari,
Ao oitavo ano do
reinado de Hatchepsut, a grande obra do templo de
Milhões de Anos é iniciada na margem ocidental de Tebas. O lugar
escolhido: - a encosta de uma falésia, onde hoje
encontramos os Vale dos Reis e das Rainhas. O templo foi
criado para prestar homenagem ao seu Ka, associado ao seu
pai Tutmósis I,
sendo residência também de Amon e Hathor.
Também foram
construídos, por ordem da Faraó, obeliscos que
foram transportados de Assuã até Karnak. Os monumentos com
mais de 300 toneladas foram trabalhados nas pedreiras de granito de
Assuã. Ao que consta, foram utilizados 7 meses para construir, transportar e
erguer os obeliscos, e a
presença desses monumentos dissipavam as forças negativas e protegiam o templo,
atraindo assim a luz criadora.
Depois de sua morte Tutmés III subiu ao trono, apagando seu nome do seu
templo e substituindo por seu nome, de seu pai ou de seu avô.
Existem teorias que dizem que Tutmés III matou ou ordenou matar
Hatchepsut, porem essa teoria não é muito bem aceita.
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