História universal
A Sangrenta. Foi a
única filha de Henrique VIII a chegar à idade adulta. Perseguiu os protestantes
de maneira sanguinária e reprovável, em nome de sua religião.
Maria I (18 de fevereiro de 1516 – 17 de novembro de 1558) foi
a Rainha da Inglaterra e Irlanda de julho de 1553 até sua morte. Sua perseguição e execução dos protestantes
ingleses levou seus oponentes a lhe darem o epíteto de
"Maria Sangrenta".
Foi a única filha do rei Henrique VIII de Inglaterra e sua primeira esposa Catarina de Aragão a chegar à idade adulta. Seu
meio-irmão mais novo, Eduardo VI, sucedeu a Henrique em 1547. Ele tentou retirar
Maria da linha de sucessão por diferenças religiosas ao descobrir que estava
com uma doença terminal. Após sua morte, Joana Grey, prima em
segundo grau dos dois, foi inicialmente proclamada rainha. Maria reuniu uma
força em Anglia do Leste e depôs Joana, que acabou sendo decapitada. Ela se
casou em 1554 com Filipe de Espanha, tornando-se rainha consorte da Espanha na ascensão dele em 1556.
Como a quarta
monarca da Casa de Tudor, Maria é
mais lembrada por restaurar o Catolicismo Romano depois
do curto reinado protestante de seu
meio-irmão. Em seus
cinco anos de reinado, ela fez com que mais de 280 dissidentes religiosos
fossem queimados. Seu
restabelecimento do catolicismo foi revertido após sua morte por sua meia-irmã
e sucessora Isabel I.
Maria nasceu no
dia 18 de fevereiro de 1516 no Palácio de Placentia em Londres. Foi a
única filha do rei Henrique VIII de Inglaterra e sua
primeira esposa Catarina de Aragão a sobreviver à infância. Sua mãe teve vários
abortos; Catarina teve quatro gravidezes antes de seu nascimento que
resultaram em uma filha natimorta e três filhos natimortos ou que morreram logo
em seguida. Ela foi batizada na fé católica três dias
depois na Igreja dos Frades Observantes em Greenwich.
Maria na época
de seu noivado com Carlos V. Está usando um broche quadrado com a inscrição
"The Emperour". Por Lucas Horenbout.
Maria era uma criança precoce. Ela entreteu em julho de 1520 uma
delegação francesa ao tocar o virginal (uma
espécie de cravo) com apenas quatro anos e meio de idade. Uma
grande parte de sua educação inicial veio de sua mãe, que consultou o humanista espanhol Juan Luis Vives para
conselhos e encomendou o De Institutione Feminae Christianae, uma
dissertação sobre a educação de meninas. Maria conseguia ler e escrever
em latim aos
nove anos. Ela estudou francês, espanhol, música, dança e
talvez grego. Henrique adorava a filha e gabou-se com o
embaixador veneziano Sebastian Giustiniani que "Esta menina nunca
chora". Fisicamente, Maria tinha pele bem branca como seus pais,
olhos azuis claro e um cabelo ruivo ou loiro avermelhado. Também tinha bochechas
rosadas, característica que herdou do pai.
De acordo com Mario
Savorgnano, observador veneziano, Maria estava desenvolvendo-se em uma jovem
bonita, bem proporcional e com um bonito rosto.
Maria em
1544.
Maria permaneceu em
suas próprias propriedades durante a maior parte do reinado de Eduardo,
raramente comparecendo à corte. Um plano para tirá-la secretamente da
Inglaterra em julho de 1550 para a segurança da Europa continental acabou em
nada. As diferenças religiosas entre Eduardo e Maria continuaram. Ela
compareceu a uma reunião com o rei e Isabel no natal de 1550, onde Eduardo,
então com treze anos, a constrangeu na frente da corte ao publicamente
reprová-la por ignorar leis relacionadas a religião, levando ela e ele mesmo às
lágrimas. Maria recusou repetidas vezes as exigências de Eduardo para que
abandonasse o catolicismo.
Maria Tudor
e seu marido Filipe de Espanha em 1554
Maria certamente é
uma figura trágica, teve uma infância dourada, até que os atos de seu próprio
pai a traumatizaram profundamente. Tem uma má fama devido à propaganda
protestante, já que ela foi uma rainha católica, entretanto seus atos não foram
mais cruéis do que os de seu pai Henrique VIII e
irmãos Eduardo VI e Isabel I. Definitivamente há muito mais no reinado de Maria
Tudor do que as perseguições aos protestantes pelas quais ela é tão julgada,
ela iniciou um trabalho de expansão marítima e econômica que seria concluído
brilhantemente por sua irmã depois dela.
O historiador Will Durant se
refere a Maria I: "Em relação a Maria I, pode-se dizer algumas palavras
complacentes. Dor, doença e muitas injustiças sofridas deformaram seu espírito.
Sua clemência deu origem à crueldade só depois que conspirações tentaram
retirar a sua coroa. Seguiu o conselho da igreja de confiança, que tinha
sofrido perseguições e buscava vingança. Ao final, penso eu, com as
performances, estava cumprindo suas obrigações para com a religião que ela
amava como uma razão para sua própria vida. Ela não merece o apelido de
"Maria, a sanguinária", a menos que o adjetivo seja aplicado a todos
de seu tempo; adjetivo que resume o caráter de forma errada, já que havia muito
amor. Embora pareça estranho, é notável que ela tem tomado a frente o trabalho
do pai [Henrique VIII], para separar a Inglaterra de Roma. Ela mostrou ao país
que era ainda da igreja católica a pior característica que era servida. Quando
ela morreu, a Inglaterra estava mais preparada do que nunca para aceitar a nova
fé que ela se esforçou para destruir."
Nenhum comentário:
Postar um comentário