quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

RAINHA MARIA I DA INGLATERRA

História universal


A Sangrenta. Foi a única filha de Henrique VIII a chegar à idade adulta. Perseguiu os protestantes de maneira sanguinária e reprovável, em nome de sua religião.

 Maria I (18 de fevereiro de 1516 – 17 de novembro de 1558) foi a Rainha da Inglaterra e Irlanda de julho de 1553 até sua morte. Sua perseguição e execução dos protestantes ingleses levou seus oponentes a lhe darem o epíteto de "Maria Sangrenta".
Foi a única filha do rei Henrique VIII de Inglaterra e sua primeira esposa Catarina de Aragão a chegar à idade adulta. Seu meio-irmão mais novo, Eduardo VI, sucedeu a Henrique em 1547. Ele tentou retirar Maria da linha de sucessão por diferenças religiosas ao descobrir que estava com uma doença terminal. Após sua morte, Joana Grey, prima em segundo grau dos dois, foi inicialmente proclamada rainha. Maria reuniu uma força em Anglia do Leste e depôs Joana, que acabou sendo decapitada. Ela se casou em 1554 com Filipe de Espanha, tornando-se rainha consorte da Espanha na ascensão dele em 1556.



Como a quarta monarca da Casa de Tudor, Maria é mais lembrada por restaurar o Catolicismo Romano depois do curto reinado protestante de seu meio-irmão. Em seus cinco anos de reinado, ela fez com que mais de 280 dissidentes religiosos fossem queimados. Seu restabelecimento do catolicismo foi revertido após sua morte por sua meia-irmã e sucessora Isabel I.
Maria nasceu no dia 18 de fevereiro de 1516 no Palácio de Placentia em Londres. Foi a única filha do rei Henrique VIII de Inglaterra e sua primeira esposa Catarina de Aragão a sobreviver à infância. Sua mãe teve vários abortos; Catarina teve quatro gravidezes antes de seu nascimento que resultaram em uma filha natimorta e três filhos natimortos ou que morreram logo em seguida. Ela foi batizada na fé católica três dias depois na Igreja dos Frades Observantes em Greenwich

Maria na época de seu noivado com Carlos V. Está usando um broche quadrado com a inscrição "The Emperour". Por Lucas Horenbout.

Maria era uma criança precoce. Ela entreteu em julho de 1520 uma delegação francesa ao tocar o virginal (uma espécie de cravo) com apenas quatro anos e meio de idade. Uma grande parte de sua educação inicial veio de sua mãe, que consultou o humanista espanhol Juan Luis Vives para conselhos e encomendou o De Institutione Feminae Christianae, uma dissertação sobre a educação de meninas. Maria conseguia ler e escrever em latim aos nove anos. Ela estudou francês, espanholmúsicadança e talvez grego. Henrique adorava a filha e gabou-se com o embaixador veneziano Sebastian Giustiniani que "Esta menina nunca chora". Fisicamente, Maria tinha pele bem branca como seus pais, olhos azuis claro e um cabelo ruivo ou loiro avermelhado. Também tinha bochechas rosadas, característica que herdou do pai.
De acordo com Mario Savorgnano, observador veneziano, Maria estava desenvolvendo-se em uma jovem bonita, bem proporcional e com um bonito rosto.

Maria em 1544.

Maria permaneceu em suas próprias propriedades durante a maior parte do reinado de Eduardo, raramente comparecendo à corte. Um plano para tirá-la secretamente da Inglaterra em julho de 1550 para a segurança da Europa continental acabou em nada. As diferenças religiosas entre Eduardo e Maria continuaram. Ela compareceu a uma reunião com o rei e Isabel no natal de 1550, onde Eduardo, então com treze anos, a constrangeu na frente da corte ao publicamente reprová-la por ignorar leis relacionadas a religião, levando ela e ele mesmo às lágrimas. Maria recusou repetidas vezes as exigências de Eduardo para que abandonasse o catolicismo.

Filipe em 1551, por Ticiano.

Maria Tudor e seu marido Filipe de Espanha em 1554

Maria certamente é uma figura trágica, teve uma infância dourada, até que os atos de seu próprio pai a traumatizaram profundamente. Tem uma má fama devido à propaganda protestante, já que ela foi uma rainha católica, entretanto seus atos não foram mais cruéis do que os de seu pai Henrique VIII e irmãos Eduardo VI e Isabel I. Definitivamente há muito mais no reinado de Maria Tudor do que as perseguições aos protestantes pelas quais ela é tão julgada, ela iniciou um trabalho de expansão marítima e econômica que seria concluído brilhantemente por sua irmã depois dela.
O historiador Will Durant se refere a Maria I: "Em relação a Maria I, pode-se dizer algumas palavras complacentes. Dor, doença e muitas injustiças sofridas deformaram seu espírito. Sua clemência deu origem à crueldade só depois que conspirações tentaram retirar a sua coroa. Seguiu o conselho da igreja de confiança, que tinha sofrido perseguições e buscava vingança. Ao final, penso eu, com as performances, estava cumprindo suas obrigações para com a religião que ela amava como uma razão para sua própria vida. Ela não merece o apelido de "Maria, a sanguinária", a menos que o adjetivo seja aplicado a todos de seu tempo; adjetivo que resume o caráter de forma errada, já que havia muito amor. Embora pareça estranho, é notável que ela tem tomado a frente o trabalho do pai [Henrique VIII], para separar a Inglaterra de Roma. Ela mostrou ao país que era ainda da igreja católica a pior característica que era servida. Quando ela morreu, a Inglaterra estava mais preparada do que nunca para aceitar a nova fé que ela se esforçou para destruir."

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