quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

ALBERT SPAGGIARI

 
Nasceu a 14 de Dezembro de 1932 e faleceu a 8 de Junho de 1989 foi um nacionalista francês, famoso por ter sido o mentor do "assalto do século" na França, numa ação quase romântica

O verdadeiro Albert Spaggiari


Albert Spaggiari teve desde cedo uma vida atribulada. Aos 16 anos fugiu de casa para ir ao encontro do famoso bandido siciliano Salvatore Giuliano. Nessa jornada travou conhecimento com a ralé do submundo. Aos 17 anos de idade voluntaria-se na Legião Estrangeira. Paraquedista na guerra da Indochina, combatente na Argélia, torna-se membro da OAS (Organização do exército Secreto, uma organização clandestina patriótica e anti-descolonizadora) e cuja participação lhe valeu anos na prisão.

Após a saída das masmorras gaullistas, Spaggiari abriu um estúdio fotográfico em Nice. Contudo, o seu carácter indómito e aventureiro depressa o levou a abandonar a vida cómoda e burguesa.
Em 1976, Albert Spaggiari começou a arquitetar um engenhoso plano para levar a cabo o assalto a uma dependência do banco Societè Generale, situada em Nice. Reunindo diversos homens de confiança, entre os quais Gaby Anglade, que havia tentado assassinar Charles De Gaulle, assim como outros ex-membros da OAS, Spaggiari decide que era chegado o momento de passar à ação.
 

Albert Spaggiari decide colocar em prática o seu plano. Durante nove semanas o grupo de Spaggiari foi cavando um túnel a partir dos esgotos. Sob o disfarce de trabalhadores de obras públicas, ninguém desconfiou dos verdadeiros intentos destes homens. Tomando todas as precauções, Spaggiari ordenou a equipe para se abster de beber álcool e para trabalharem por turnos, sendo que cada homem deveria dormir pelo menos 10 horas.
 
Fuga do Tribunal

No dia 14 de Julho, uma sexta-feira que coincidia com a celebração da tomada da Bastilha (14 de Julho), o túnel, com 8 metros, fica concluído. Spaggiari e os seus homens entraram na câmara, a qual tinha 30 cm de espessura e uma porta de 20 toneladas, o que levou o serviço de segurança a julgar ser impenetrável e que seria dispensável a existência de sistemas de segurança elétrica. Os ratos do esgoto, como ficaram conhecidos Spaggiari e a sua equipe, abriram 4 mil cofres com joias, dinheiro e títulos, sendo selecionadas apenas as pessoas que possuíam mais dinheiro. No total o assalto rendeu 18 milhões de dólares.
A ousadia de Spaggiari não tinha limites. Antes de abandonar o banco, este pediu a um dos seus homens para comprar comida e bebida. Durante o fim-de-semana, a equipe festejou o sucesso da operação no próprio local, colando nas paredes do banco fotografias comprometedoras de homens influentes de Marselha que haviam encontrado nos cofres.
No dia 20 de Julho, quando a polícia entrou na dependência bancária ficou desconcertada. Depararam-se com garrafas de vinho, restos de alimentos e a famosa frase na parede, “Sem armas, sem ódio e sem violência.
A polícia iniciou uma megaoperação para capturar os culpados desta afronta. Uma antiga namorada de um dos assaltantes denunciou o grupo e todos os homens foram detidos, incluindo Spaggiari, que se preparava para partir no aeroporto.
No tribunal, Spaggiari decidiu apresentar um documento no qual referia estar esquematizado todo o plano do assalto. No momento imediato à entrega do documento ao juiz, Spaggiari aproxima-se da janela do tribunal e salta. Caindo em cima de um automóvel ali estacionado, monta uma motocicleta que o aguardava e desaparece para espanto da polícia e de todos os presentes no tribunal.
Meses após esta sensacional fuga, o proprietário do veículo recebeu um postal com dinheiro para que dessa forma pudesse mandar arranjar a viatura.
Spaggiari permaneceu um fugitivo o resto da sua vida. Diz-se que terá ido viver para a Argentina, país a partir do qual manteria contato com a polícia secreta do General Augusto Pinochet. Sujeito a uma operação plástica, Spaggiari terá regressado a França inúmeras vezes para visitar a sua esposa e a sua mãe. Quanto ao dinheiro, Spaggiari escreveu no livro “O grande roubo de Nice” que teria distribuído o mesmo entre os oprimidos da IugosláviaItália e Portugal.
A 8 de Junho de 1989, Spaggiari morreu ao que parece de câncer na garganta, quando se encontrava em Itália, sem que jamais as autoridades tenham conseguido recuperar qualquer parte do roubo, pois como escreveu Spaggiari, “eles preveem o possível, não a astúcia.

Origem: Metapédia

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