HISTÓRIA
Biblos foi a capital comercial e religiosa da costa fenícia e foi aqui que os escribas da cidade inventaram um novo sistema de escrita por meio de símbolos
Uma das cidades mais
antigas do mundo.
Biblos (βύβλος) é o nome Grego da
cidade Fenícia Gebal (outrora Gubla); era conhecida pelos Antigos Egípcios por Kypt (versão
mais utilizada pelos Egípcios), Keben,
ou Kepen Essa diferença se deve ao fato de que a pronúncia do
idioma Egípcio se diferenciava sutilmente entre as regiões do Delta, do Vale,
ou da temporária capital construída pelo Faraó Aquenáton na
parte central do país.
Aparentemente, os Gregos chamaram-lhe Biblos porque
era através de Gebal que o byblos (βύβλος "o papiro Egípcio") era
importado para a Grécia. Embora
continue a ser referido como Biblos pelos escolásticos, a cidade é agora conhecida pelo nome árabe Jubayl (جبيل), de raiz Cananéia.
Biblos situa-se na costa mediterrânica do atual Líbano, a 42
quilómetros de Beirute. É um foco
de atração para arqueólogos devido
às camadas sucessivas de destroços resultantes de séculos de habitação humana.
Em 1860, o escritor francês Ernest Renan iniciou
uma escavação no
local, mas não ocorreu qualquer investigação arqueológica sistemática
até 1920.
Segundo o filósofo e historiador Fílon de Alexandria, Biblos era famosa por ser a mais antiga cidade do
mundo. O local foi povoado primeiramente durante o período Neolítico, por volta
de 5000 a.C.. As
primeiras características de cidade datam do terceiro milénio antes de Cristo, como
indicam os restos de casas edificadas com um tamanho uniforme. Nesse período a
civilização Fenícia começou
a desenvolver-se, e arqueólogos descobriram artefatos de fabrico egípcio datados
da Quarta Dinastia Egípcia. A cidade em desenvolvimento,
indubitavelmente, prosperava.
Por volta de 1200 a.C., uma prova
arqueológica de Biblos mostra aquilo que seria um alfabeto de
vinte e dois caracteres; um exemplo importante destas inscrições é o sarcófago do
rei Ahiram. Um dos
monumentos mais importantes deste período é o templo de Resheph, um deus cananeu da
guerra, mas este ruiu na época do governo heleno e da chegada de Alexandre, o Grande em 332 a.C.. A moeda já
era utilizada, e há vestígios evidentes de comércio com outras cidades
mediterrânicas.
Durante o período Romano, o templo
de Resheph foi afincadamente reconstruído, e a cidade, embora menor do que
vizinhas suas como Tiro e Sídon, era um centro do culto a Adónis. No Século III, foi
edificado um teatro pequeno
mas impressionante. A chegada do Império Bizantino fez com que se estabelecesse um lugar
episcopal em Biblos e a cidade cresceu rapidamente. Embora se saiba que uma
colónia Persase tenha
estabelecido na região a seguir à conquista Muçulmana (636), as provas
arqueológicas são escassas. O comércio com o resto da Europa esmoreceu
por completo, e a prosperidade não se faria mais notar em Biblos até que as Cruzadas regressassem
em 1098.
Biblos, sob o nome de Gibelet ou Giblet, foi uma base militar importante
durante o século XI, e os
imponentes restos do seu castelo das Cruzadas está entre as mais espetaculares estruturas
atualmente visíveis no seu centro. A cidade foi tomada por Saladino em 1187, retomada
pelos Cruzados e
eventualmente conquistada por Baibars em 1266. As suas
fortificações foram subsequentemente restauradas. Desde 1516, a cidade e toda a região caíram sob o domínio turco e fizeram parte do Império Otomano.
Fontes:
Dimitri Baranki, Phoenicia
and Phoenicians, Beyrouth University, 1962
Gerhard Herm, The
Phoenicians (A civilização dos Fenícios), Editions Ferni, Berlin, 1976
Nina Jidéjian, Byblos
à travers les âges, Dar al-Machreq, Beyrouth, 1977
Jean-Pierre Thiollet, Je m'appelle Byblos, H & D,
Paris, 2005
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