O cachimbo, também chamado pito, é um
instrumento utilizado para se fumar, geralmente, tabaco (embora
versões mais improvisadas de cachimbos feitos com tubos de policloreto de vinila, latas, canos e embalagens também
costumem ser utilizadas para se fumar pedras de crack).
É composto de um recipiente (o chamado fornilho) onde
se queima o fumo, e de um tubo (a chamada piteira) por onde se aspira a fumaça
produzida pelo fumo. O cachimbo pode ser
usado como peça religiosa (no
caso dos povos indígenas americanos), como símbolo de status ou como
uma simples fonte de prazer.
O cachimbo, geralmente, é feito de madeira, mas outras matérias-primas podem ser usadas na
sua confecção, como o Meerschaum, espigas de milho, porcelana, acrílico, vidro, barro etc.
O mais famoso do mundo: o cachimbo de Sherlock
Holmes
Meerschaum, palavra alemã que
significa "espuma do mar", é um mineral: mais
especificamente, um silicato hidratado
de magnésio, também
chamado sepiolita, encontrado nas costas do Mar Negro e na Turquia.
Existem vários formatos de cachimbo, tais
como: billiard, o formato
clássico da maioria dos cachimbos; apple; bent apple; calabash; bulldog; straight; churchwarden; volcano, etc.
O 4-Square Billiard é um cachimbo com as laterais do fornilho
quadradas e com a haste da piteira também quadrada. Já no formato Square-Panel,
as laterais do fornilho são quadradas mas a piteira é redonda.
Há uma infinidade de misturas de tabacos, também
chamadas blends, disponíveis para os fumantes de cachimbos. São,
geralmente, feitas com diversos variedades de tabaco: Virgínia, Burley,
Cavendish, Latakia, Perique etc.
O tipo Cavendish, por exemplo, caracteriza tabaco
de variedade Virgínia, que foi tratado com açúcar ou mel e uma bebida alcoólica, para lhe conferir suavidade. Recebe este nome
porque teria sido inventado pelo navegador e corsário Inglês almirante sir Thomas Cavendish. O tabaco
tipo Latakia é um fumo Virgínia fermentado, seco e defumado com
fumaça de folhas de pinheiro ou cipreste. Recebe
esse nome porque é originário de e produzido na região de Lataquia, na Síria.
Símbolo de elegância no século XIX
O uso do cachimbo teve início nas Américas, no
período pré-colombiano. Fazia parte de rituais sagrados dos povos
ameríndios significando, para algumas culturas, a união do mundo terrestre
(representado pelas folhas) com o celeste (representado pela fumaça). Uma das
lendas ameríndias que contam essa relação é a Lenda do Búfalo Branco,
pertencente à cultura sioux, que
atribui uma origem divina ao cachimbo.
Nas artes, é famosa
uma pintura de René Magritte que é
intitulada Ceci n'est pas une pipe, que significa "isto não é
um cachimbo". Johann Sebastian Bach dedicou, a seu cachimbo, a ária So oft
ich meine Tobackspfeife, um poema musicado em que o compositor atribui, ao
fumar o cachimbo, uma antevisão da imortalidade.
As
expressões "fumar cachimbo com o inimigo" e "fumar o cachimbo da
paz" têm o sentido de oferecer uma trégua ou fazer uma tentativa de
reconciliação com um adversário.
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