POLÍTICA
Na Bahia, sindicalista, petista histórico, quiçá o último dos moicanos,
debanda do petismo decepcionado com suas práticas.
A
saída do ex-deputado estadual J. Carlos do PT ainda continua causando espanto
entre as lideranças políticas da esquerda. Nos bastidores, ventila-se que a ida
do ex-deputado, militante histórico do PT e durante muito tempo líder dos
rodoviários na Bahia, para a base do democrata acabará, aos poucos, levando o
filho dele, J. Carlos Filho (PT), para o lado do neto de ACM.
O
petista e ex-deputado federal Geraldo Simões, ex-secretário da
Agricultura da gestão Wagner, considerou uma grande perda a saída de J. Carlos,
que durante 35 anos conservou um perfil “histórico, orgânico, liderança de
massas e articulador”.
Em
texto autoral, publicado no seu Facebook, Simões disse que “no momento em que
nosso partido comemora seus 35 anos de fundação no Brasil, nos chega a notícia
da saída de um valoroso companheiro, o ex-deputado estadual Jota Carlos.
Liderança entre os rodoviários de toda a Bahia, muito querido pelo povo da
região do Subúrbio Ferroviário em Salvador, Jota Carlos tem as qualidades de
que tanto o PT necessita nesse momento: é
histórico, orgânico, liderança de massas e articulador. Tive a honra de
dobrar com ele em duas eleições, e sempre cumpriu todos os acordos. Acredito
ser um momento delicado para o nosso partido, em que a ordem deveria ser
aglutinar e reforçar suas lideranças, porque nossos adversários estão cada vez
mais articulados. Hora de refletirmos sobre nossas responsabilidades e sobre o
nosso lugar na história desse partido que tanto contribuiu e contribui para a
transformação da vida de milhões de brasileiros e baianos”, escreveu.
Nos
corredores do Palácio Thomé de Souza, circula que o prefeito está tentando
trazer para sua base o filho do agora ex-petista e insatisfeito J. Carlos.
O vereador J. Carlos Filho, embora não tenha afirmado oficialmente, estaria
articulando sua ida para a oposição, tal qual o pai. À Tribuna da Bahia,
na última quarta-feira, ele negou.
“Respeito a decisão do meu pai. Mas continuo no
PT”, afirmou.
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