HISTÓRIA
Durante a 2ª Grande
Guerra Mundial, DE Gaulle dirigia um governo no exílio - a França
Livre
Veterano da Primeira
Guerra Mundial, nos anos 1920 e 1930 de
Gaulle destacou-se como um proponente da guerra de blindados e defensor da aviação
militar, que ele considerava um meio para romper o impasse da guerra
de trincheira. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi promovido ao posto
temporário de brigadeiro, liderando um dos poucos contra-ataques de cargos
bem sucedidos, antes da queda da França, em 1940. Em seguida, serviu por
pouco tempo ao governo francês, antes do início da hierarquia, e logo
refugiou-se na Inglaterra, de onde proferiu um famoso discurso, transmitido
pelo rádio, em junho de 1940, no qual exortava o povo francês a resistir à
Alemanha Nazista e organizando as forças francesas livres com oficiais
franceses exilados no Reino Unido.
Durante a Segunda Guerra Mundial rivalizou com o general Henri
Giraud na liderança das forças militares e da Resistência francesa. Ao passo que o general Giraud tinha o apoio
de Franklin Delano Roosevelt e dos Estados Unidos, De Gaulle foi
preferido pelos setores de esquerda da Resistência, que preferiam a postura
mais antiamericana de De Gaulle, mesmo durante a guerra.
Gradualmente, obteve o controle de todas as colônias francesas
- a maioria das quais tinham sido inicialmente controlada pelo regime
pró-alemão de Vichy. À época da libertação
da França, em 1944, de Gaulle dirigia um governo no exílio - a França
Livre - insistindo que a França deveria ser tratada como uma potência
independente pelos outros aliados. Após a libertação, tornou-se primeiro-ministro do
Governo Provisório Francês, renunciando em 1946 devido a conflitos
políticos.
Após a guerra,
fundou seu próprio partido político, o RPF. Embora se tivesse retirado da
política em 1950, após a derrota do RPF, foi escolhido pela Assembleia
Nacional Francesa para voltar ao poder como primeiro-ministro,
durante a crise de maio de 1958. De Gaulle liderou a redação de uma nova Constituição,
fundando a Quinta República e foi eleito Presidente da França, um cargo
que agora detinha um poder muito maior do que na Terceira e Quarta
Repúblicas.
Como presidente,
Charles de Gaulle pôs fim ao caos político que precedeu o seu regresso ao
poder. Durante seu governo, promoveu o controle da inflação e
instituiu uma nova moeda em janeiro de 1960. Também fomentou o
crescimento industrial. Apesar de ter apoiado inicialmente o domínio francês
sobre a Argélia, decidiu mais tarde conceder a independência àquele país,
encerrando uma guerra cara e impopular. A decisão dividiu a opinião
pública francesa, e de Gaulle teve que enfrentar a oposição dos colonos pieds-noirs e
dos militares franceses que tinham inicialmente apoiado seu retorno ao poder.
De Gaulle
empreendeu o desenvolvimento de armas nucleares francesas e promoveu
uma política externa pan-europeia, buscando livrar-se das influências norte-americana e britânica.
Retirou a França do comando militar da OTAN - apesar de continuar a
ser membro da aliança ocidental - e por duas vezes vetou a entrada da Grã-Bretanha na Comunidade
Europeia.
Líderes da França
Livre, Henri Giraud e Charles de Gaulle, com Franklin
Roosevelt e Winston Churchill, durante a Conferência de Casablanca,
em 14 de janeiro de 1943.
Viajou
frequentemente pela Europa Oriental e por outras partes do mundo e
reconheceu a China comunista. Em 1967, durante uma visita oficial ao Canadá,
incentivou publicamente o Movimento pela independência de Quebec, o que causou
a mais grave crise diplomática entre a França e o Canadá. Seu discurso
pronunciado em Montreal, no dia 24 de julho, foi concluído exatamente com
o slogan dos separatistas: "Viva o Quebec livre!",
o que foi interpretado pelas autoridades canadenses como apoio do presidente
francês ao movimento autonomista.
Durante seu mandato, de Gaulle também enfrentou a oposição política dos comunistas e
dos socialistas. Apesar de
ter sido reeleito presidente em 1965, desta vez por voto popular
direto, em maio de 1968 parecia provável que perdesse o poder, em
meio a protestos generalizados de estudantes e trabalhadores. No entanto,
sobreviveu à crise com uma ampliação da maioria na Assembleia. Pouco
depois, em 1969, depois de perder um referendo sobre a reforma do
Senado e a regionalização, renunciou. Faleceu no ano seguinte em Colombey-les-Deux-Églises em 9
de novembro de 1970. Encontra-se sepultado em Colombey-les-Deux-Eglises
Parish Churchyard, Colombey-les-Deux-Églises, Champanha-Ardenas na França.
De Gaulle é considerado como o líder mais influente da história da
França moderna. Sua ideologia e seu estilo político - o gaullismo -
ainda tem grande influência na vida política francesa atual.
De Gaulle nasceu na
região industrial de Lille, no Flandres francês, sendo o segundo dos
cinco filhos de Henri de Gaulle, um professor de filosofia e literatura em uma
faculdade jesuíta que mais tarde criou sua própria escola. Foi
criado em uma família de devotos católicos, nacionalistas e
tradicionalistas, mas também bastante progressistas.
O pai de De Gaulle,
Henri, descendia de uma longa linhagem de aristocratas da Normandia e
da Borgonha, enquanto sua mãe, Jeanne Maillot, pertencia a uma família de
ricos empresários de Lille.
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