POLÍTICA BAIANA
Por
Victor
Pinto
Foto: Carla
Ornelas/GOVBA
Parece
que o governador Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) enfim
desceram do palanque, deixaram as preferências partidárias de lado e, juntos,
começam selar acordos de obras e ações que serão desenvolvidas na capital do
Estado.
O início da parceria foi sacramentado em uma
reunião de mais de quatro horas de duração na Governadoria, no Centro
Administrativo da Bahia, em Salvador.
De
muitos sorrisos e amenidades, inclusive, com trocas de apelidos como o de Rui
“correria” e ACM “rapidez”, o clima era leve e os dois apareceram, em coletiva,
com discurso afinado em resolver problemas pontuais do cotidiano dos
soteropolitanos, de preferência a mobilidade, onde o metrô e a integração das
passagens dos trens com as dos ônibus são momentos que mais chamam atenção e
dos mais emperrados.
Rui,
primeiro a falar com a imprensa, confirmou que além da mobilidade, outras áreas
começaram a ser destrinchadas. “Conversamos sobre os vários assuntos em comum
do prefeito e do governador que é o interesse da população de Salvador na
Mobilidade Urbana, sobre o metrô, o VLT, as obras viárias, conversamos sobre a
saúde e a educação”, disse.
O
chefe do Palácio Thomé de Souza classificou a reunião como “muito produtiva”.
“Diversos pontos de interesse comum estiveram na mesa de debates com o governo,
especialmente a mobilidade, educação e saúde. Existe uma compreensão de que
neste momento, mais do que nunca, é a hora de darmos as mãos por Salvador e no
que depende da prefeitura vamos afinar e entrosar as duas equipes para que tudo
possa acontecer o mais rápido possível”, afirmou.
Ambos
não entraram em detalhe sobre o tópico que foi mais assediado: o metrô. O
governador anunciou um calendário de reuniões para tratar sobre o assunto,
porém definiram o prazo para o debate e a conclusão da integração para junho,
mês previsto para inauguração da Estação de Pirajá. “Fizemos juras das coisas
andarem a mil maravilhas e com muito profissionalismo das duas equipes”,
garantiu o petista.
Ainda
nessa questão, o democrata ressaltou que o desejo maior é fornecer um único
sistema de transporte público. “É preciso que haja complementariedade, diálogo
entre os sistemas, e quem ganha é o cidadão. Teremos a capacidade de chegar aos
termos finais e necessários para garantir a viabilidade do metrô e vamos ter
uma alternativa de transporte público muito mais eficiente e de qualidade para
os usuários de Salvador”, contou.
Neto
também ressaltou que os parâmetros iniciais já são conhecidos e ambos possuem
conhecimento necessário para gerar o amadurecimento do trabalho. “O governador,
antes de ser governador, já acompanhava o processo do metrô como chefe da Casa
Civil. Já temos a base de partida, de informações, já temos os conceitos e
agora é hora de ajustar os detalhes. É claro que tem coisas para serem
resolvidas, mas destaco a decisão de ambos de garantir a operação comercial e a
integração”, pontuou. Sobre a divisão de custos, o prefeito desconversou: “Não,
a prefeitura é primo pobre”, brincou.
Em
suas falas, Rui também sinalizou a parceria em construções no centro da cidade.
“Verificamos até de uma obra a ser feita em conjunto, inclusive, teremos até
uma placa de obra em parceria, com um projeto de requalificação e
pavimentação”.
Além
dos dois mandatários políticos, participaram do encontro o secretário estadual
de Desenvolvimento Urbano, Carlos Martins, e o chefe da Casa Civil, Bruno
Dauster.
Na
comitiva do prefeito estavam o secretário de Urbanismo, Silvio Pinheiro; de
mobilidade Urbana, Fábio Mota; da Casa Civil, Luiz Carreira; o chefe da
Transalvador, Fabrízio Miller, e representantes da Secretária de Ordem Pública
(Semop) e da Fundação Mário Leal Ferreira.
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