Teria sido o grande poeta e dramaturgo bissexual ou
homossexual?
Tal como acontece na maioria dos aspectos da vida
de Shakespeare, existem pouquíssimas provas concretas no que se refere à sua
sexualidade, com exceção da prova de seu casamento com Anne e de ele ter tido
três crianças, duas gêmeas.
Há biógrafos que falam sempre que seu casamento com
Hathaway foi muito precipitado, posto que ela já estivesse grávida. Certos
comentaristas ousam ir mais longe e alegam que a família dela foi quem a
obrigou a casar-se com Shakespeare. Ambos
foram sepultados separadamente e o testamento de Shakespeare deixa como
herança para sua esposa a "segunda melhor cama". Essa cama tão
conhecida gera centenas de especulações. Uma delas é a de que essa cama fora a
que eles dividiram e, portanto, uma cama valiosa; ou não.
Ainda que haja tradições que reforçam a ideia do
desprezo de Shakespeare por sua esposa, isto ainda não prova absolutamente nada
sobre sua sexualidade.
Em Londres, Shakespeare pode ter tido muitos
assuntos com mulheres diferentes. Uma anedota de acordo com essa hipótese foi
assegurada por John Mannigham, estudante de advocacia, que escreveu em seu
diário que Shakespeare havia tido uma breve relação com uma mulher, durante os
anos do desempenho de Richard III.
Há
estudiosos céticos quanto a isso. De fato, esse episódio ajudou na inspiração
do filme Shakespeare in love, de 1998. Ainda assim, a história
sugere que pelo menos um contemporâneo de Shakespeare (Mannigham) acreditava
que ele era heterossexual.
Possíveis elementos de um dos vinte e seis Sonetos
de Shakespeare são dirigidos a uma mulher casada, figurada como Dark
Lady.
Para os elisabetanos, o que hoje é denominado homossexualidade ou bissexualidade era
conhecido apenas como um ato sexual simples, ao invés de uma orientação sexual.
Da mesma forma de hoje, todavia, havia opiniões individuais: aqueles que se
envolviam com atos homossexuais consideravam isso como uma variação entre o
amor e a luxúria. Sodomia era crime na época, embora Phillip Drayton
descreva casos de sodomitas nos teatros.
No que se refere à sexualidade de Shakespeare, não
existe sequer uma prova que o considera bissexual ou homossexual; porém, todas
as teorias sobre esse assunto oriunda de uma analise em cima de suas peças e,
em particular, de determinados sonetos seus.
Fonte Wikipédia
Henry
Wriothesley.
Os sonetos de Shakespeare são os principais
materiais dos quais podemos observar sua sexualidade. Os poemas foram
inicialmente publicados em 1609, talvez sem sua aprovação. 126 desses sonetos
parecem ser sobre o amor e dirigidos a um belo rapaz (a obra é, inclusive,
dedicada a um certo Sr. WH). A identidade desse senhor, se ele realmente
existiu, tem sido muito discutida, e o candidato mais popular é o patrão de
Shakespeare, Henry Wriothesley.
Há diversas passagens de sonetos shakespearianos em
que são interpretadas como o manifesto de um desejo por um homem mais jovem. No
soneto 13, ele é chamado de "meu querido amor". O soneto
18 diz "como posso te comparar a um dia de verão?"
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