Política: em busca do
socorro salvador
(Comentário deste Blog: Se
tudo der errado a culpa não foi dela, tampouco do PT, mas do Vice-presidente,
até então figura de somenos importância em seu governo)
Temer
assume funções da Secretaria de Relações Institucionais, que era ocupada pelo
PT.
Temer e Dilma em evento no Palácio do Planalto. / UESLEI MARCELINO (REUTERS)
A
presidenta Dilma Rousseff foi buscar dentro do próprio Palácio do Planalto uma
solução para seus problemas de articulação política com o Congresso Nacional.
Após falhar a tentativa de transferir o ministro Eliseu Padilha (PMDB), da
Secretaria da Aviação Civil, para a Secretaria de Relações Institucionais,
Dilma optou por entregar a interlocução com a base de seu Governo a outro
peemedebista: o vice-presidente da República, Michel Temer, que ocupa
agora o lugar que foi do criticado Pepe Vargas (PT).
A missão de Temer é basicamente pacificar o
Congresso Nacional, onde seus companheiros de partido, os presidentes Renan
Calheiros (PMDB), do Senado, e Eduardo Cunha (PMDB), da Câmara, têm conduzido
pautas à revelia da presidenta. A esperança de
Dilma é poder cobrar mais de seu vice a tarefa de unir as várias alas da sigla,
que vem reivindicando publicamente participação programática no Governo ao
mesmo tempo em que defende bandeiras incômodas para o Planalto.
Enquanto Cunha desengavetou projetos como
os que propõem a redução da maioridade penal e a regulamentação da
terceirização, Calheiros tem defendido a autonomia do Banco Centra e a
limitação do número de ministérios para 20 — com a mudança desta
terça, a quantidade de pastas cai de 39 para 38. Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tenta convencer os
congressistas a aprovar os ajustes fiscais encampados pelo Governo.
Segundo o
ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio
Mercadante, a nova função de Temer foi “fortemente apoiada por todos os
partidos” da base e “essa solução
política, neste momento com tantos desafios, ajuda a melhorar as relações com o
Congresso, entre os Poderes e entre base aliada”. A jornalistas, Mercadante
destacou a experiência de Temer como um “homem público de larga experiência”,
lembrando que o vice foi constituinte, atuou como presidente da Câmara por mais
de uma vez até assumir a vice-presidência era um mero presidente do PMDB.
“É a liderança que
melhor reúne condições de fazer esse trabalho”, assegurou o ministro-chefe da
Casa Civil, para quem Temer tem o perfil de conduzir a articulação política e
“agregar a base aliada”.
Com a troca, Dilma
chega à quarta mudança em seu ministério após assumir o segundo mandato. Nesta
semana, o professor de Ética Renato Janine Ribeiro assumiu o Ministério da
Educação no lugar de Cid Gomes, que deixou a pasta após bate-boca no
Congresso Nacional. Antes, o ex-deputado estadual Edinho Silva já havia
assumido a Secretaria de Comunicação Social no lugar de Thomas
Traumann e Mangabeira Unger tinha retornado ao comando da Secretaria de
Assuntos Estratégicos no lugar de Marcelo Néri.
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