História do Brasil
O Convento da Lapa é um importante monumento histórico, religioso e arquitetônico localizado
na cidade de Salvador, Bahia, no Brasil. É o segundo mais
antigo convento feminino fundado em solo brasileiro, sendo o
mais antigo o Convento de Santa Clara do Desterro. Ambos estão localizados
na Avenida Joana Angélica, na região central da capital baiana.
Seu nome oficial é Convento de Nossa Senhora da
Conceição da Lapa. Na atualidade, em bom estado de conservação, em plena Avenida
Joana Angélica - movimentada via que une o Campo da Pólvora ao
antigo centro, ainda hoje chamado de "Comércio", nas instalações do
Convento mantém a Universidade Católica do Salvador algumas unidades
de ensino.
Joana
Angélica resiste à invasão dos soldados no Convento
Sua construção teve início nas imediações dos
importantes sítios do Mosteiro de São Bento, acima do Dique do
Tororó, no bairro da Lapa, na cidade de Salvador, por volta de 1733.
Consta que esse início foi fruto de promessa, feita
por João de Miranda Ribeiro, de construir uma capela dedicada a Nossa
Senhora da Lapa, o que deu origem à posterior construção do convento, feita com
auxílio de outros tantos.
Inaugurado em 1744, nele instalam-se as novas
internas juntamente com duas monjas clarissas do Convento de Santa Clara
do Desterro que haviam sido designadas para os cargos de abadessa e mestra
na nova fundação, conforme Frei Jaboatão:
Em 7 de setembro de
1744, saíram deste mosteiro (do Desterro) para fundadoras do de Nossa Senhora
da Lapa, nesta mesma cidade, a Madre Maria Caetana da Assumpção por abadessa, e
a Madre Jozefa Clara de Jesus, por vigária e mestra; esta ficando ali incorporada
por Breve Apostólico, e a outra voltou outra vez para o seu mosteiro em 10 de
dezembro de 1750.1
A 19 de Fevereiro de 1822 a
cidade foi palco de um dos muitos distúrbios que precederam a Guerra pela
Independência na Bahia. Os soldados portugueses, perseguindo os brasileiros,
tentam invadir o mosteiro, sob argumento de que ali se ocultavam revoltosos.
Obstando-os, e temendo pela sevícia de suas internas, posta-se a Abadessa
Joana Angélica, pagando o gesto com a vida, tornando-se, assim, a primeira
mártir da Independência do Brasil.
Tanto o convento como a igreja seguem o modelo
arquitetônico português dos séculos XVII e XVIII.
Possui, no seu interior, três altares, sendo o
da capela-mór com sua cúpula no formato de coroa,
sustentado por colunas ditas salomônicas (também usadas em outras
construções religiosas da Capital baiana, a exemplo da Igreja de Conceição
da Praia). Sua pintura é atribuída a Veríssimo de Souza Freitas.
A mártir soror Joana Angélica
O presbitério tem belos azulejos, e
está protegido por gradil de ferro.
Em 1754 vieram de Lisboa as
pedras entalhadas que ornam a portada da igreja, junto com vidros e a
imagem da santa padroeira.
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