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mostra ilha deserta próxima à costa da Tanzânia, no sudeste da África
BBC BRASIL
Um sonho comum à
maioria dos exploradores e desbravadores ao longo da História tem sido
encontrar territórios desconhecidos, mas na Austrália, uma equipe de cientistas
fez exatamente o contrário: eles identificaram uma ilha que não existe.
Conhecida como Sandy Island, a massa de terra é listada por cartógrafos
em atlas, mapas e até no Google Maps e no Google Earth, onde está localizada
entre a Austrália e a Nova Caledônia (governada pela França), no sul do
Pacífico.
Mas, quando o grupo de cientistas decidiu navegar para chegar até ela,
simplesmente não a encontraram.
Para o Serviço Hidrográfico da Marinha da Austrália, responsável pelas
cartas náuticas do país, uma das possibilidades é que tenha ocorrido falha
humana e que esse tipo de dado deveria ser tratado "com cautela" ao
redor do mundo, já que alguns detalhes são antigos ou simplesmente errados.
De acordo com Maria Seton, uma das cientistas que integra a equipe, a
ilha aparece como Sable Island no Times Atlas of the World e o
Southern Surveyor, um navio de pesquisa marítima australiano, também afirma que
ela existe.
Mas, quando decidiu navegar rumo ao local, a embarcação também não
avistou nada.
"Nós queríamos checar, porque as cartas de navegação à bordo do
navio mostravam uma profundidade de 1.400 metros naquela área, algo muito
profundo", diz Seton, da Universidade de Sidney, após a viagem de 25 dias.
"Ela está no Google Earth e em outros mapas e por isso fomos
checar, mas não havia ilha alguma. Estamos realmente intrigados. É bem bizarro.
Como ela apareceu nos mapas? Nós simplesmente não sabemos, mas estamos
planejando ir a fundo e descobrir", acrescentou.
Teorias da conspiração
O tema também ganhou as redes sociais.
No Twitter, o usuário Charlie Loyd disse que no Yahoo Maps e no Bing
Maps a ilha também consta como Sandy Island, mas que ao fechar o zoom, o
território desaparece.
Teorias conspiratórias entre os internautas apontam para um possível
"truque" de cartógrafos, que incluiriam territórios falsos em seus
mapas para saber quando alguém está tentando roubar seus dados.
Outros dizem que o serviço de hidrografia da França já havia
identificado que a ilha não existia e tinha solicitado que ela fosse apagada de
mapas e cartas náuticas ainda em 1979.
Em resposta à polêmica, o Google disse que recebia com bons olhos o
feedback dos cientistas a respeito do mapa.
"Nós trabalhamos com uma ampla gama de fontes de dados comerciais e
de pessoas respeitadas para levar aos nossos usuários os mapas mais atualizados
e ricos em detalhes. Uma das coisas mais empolgantes sobre mapas e geografia é
que o mundo é um lugar em constante transformação, e manter-se por dentro
dessas mudanças é um esforço sem fim", disse um porta-voz da empresa.
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