sexta-feira, 17 de abril de 2015

FEIRA DE SÃO JOAQUIM – SALVADOR, BAHIA

 

Após o incêndio que dizimou a tradicional feira de Água de Meninos, na década de 50 do século anterior, os comerciantes ali estabelecidos foram relocados para um terreno mais adiante daquele acidentado, aonde viria nascer à feira de São Joaquim, que, com o passar do tempo, transformou-se na maior feira livre da cidade do Salvador, Bahia, tornando-se a mais tradicional e voltada ao atendimento da população de baixa renda, não só dos soteropolitanos como do também das pessoas moradoras em  cidades do recôncavo baiano.




Localizada na Cidade Baixa entre o Comércio e a Avenida Oscar Pontes, possuindo uma área de 35 mil m², sua importância é vital para o comércio, cultura e favorecimento dos menos abastados, devido aos bons preços nela praticados.


Criada na década de 1960, São Joaquim abriga inúmeros trabalhadores informais que descendem dos africanos escravizados, sendo o principal distribuidor dos artesanatos de barro, caxixis, alguidares, cuscuzeiros, potes produzidos no recôncavo baiano e a venda de produtos para rituais de candomblé, como ervas para banhos de descarrego, patuás, colares, com as respectivas cores dos Orixás, e uma
 variedade de produtos alimentícios importados das ilhas e municípios do recôncavo baiano.


Hoje, São Joaquim, passa por um reforma estrutural. Suas ruas, alas, becos, estão sendo realinhados e ordenados. Mesmo assim, ela continua produzindo encanto e beleza graças ao seu cenário matizado de cores fortes e odores deliciosos.


Andar entre seus esconsos é se surpreender a cada passo.  Ora por uma erva desconhecida que lhe é oferecida, pela imensa variedade dos produtos lá expostos, quer pela maneira malemolente usada pelos feirantes para cativar seus fregueses. É lá, sem dúvida, que reside o espírito da baianidade. O modo de ser baiano, com seu baianês (linguajar característico do baiano) correndo solto, o jogo da capoeira e a roda de samba que aqui e ali surgem numa espontaneidade inesperada, para espanto e prazer dos que lá estão. O que dizer dos seus botecos e de seus pequeninos restaurantes? Só experimentando suas delícias. 


Imagine o que você quiser, pode ter certeza, que em algum lugar da feira você o encontrará.
  



Compreender esse mundão só se pode convivendo com ele. Contudo, pode-se afirmar, desde já, que ali estão o sangue e a droga baiana: o azeite de dendê e a pimenta malagueta.



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