Negócios
O documentário 'Conectados' mostra o declínio destes estabelecimentos,
da febre nos anos 2000 até a persistência atual em alguns lugares da periferia.
ALICE RIFF / LUCIANO ONÇA ABR 2015
El PAÍS – O JORNAL GLOBAL
A inclusão
digital no Brasil não pode ser compreendida sem observar o fenômeno das lan
houses. Em 2008, segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br),
52% dos brasileiros utilizavam esse tipo de estabelecimento. “Em vários lugares
da periferia de São Paulo e do Rio, você tinha uma lan house nessa rua, outra
na rua de cima”, lembra o sociólogo e professor da Universidade Federal do ABC
Sergio Amadeu.
As ‘lan
houses’ ainda existentes se encontram assim: vazias
Os motivos que fizeram das lans uma
verdadeira febre foram diversos. Para os gamers, era o lugar
de encontro e socialização, onde os computadores tinham a configuração certa
para os jogos de última geração. Durante a explosão do uso de redes sociais, o
acesso contínuo era imprescindível para os adolescentes sem computador em casa.
Mas a coisa mudou. O crescimento da
renda média do trabalhador e o barateamento dos smartphones levou
ao fechamento da maioria das lan houses em São Paulo e
restante do Brasil. Hoje, adolescentes de 16 anos se lembram com nostalgia
de terem frequentado as lan houses quando tinham 12 ou 13 anos.
O mini-documentário Conectados, realizado pela Pública para
o programa “Sala de Notícias”, do Canal Futura, visitou essas lembranças e
algumas lan houses que ainda persistem, seja em
bairros longínquos como o Jardim Pantanal, na zona leste de São Paulo, ou em
pequenas lojas no centro da cidade, que acolhem os imigrantes sul-americanos e
africanos recém-chegados.
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