Livro
É considerado
o livro (romance) precursor do chamado gênero literário “mundo perdido”
O caminho para Kukuanaland.
As
Minas do Rei Salomão, (um livro mais tarde traduzido por Eça de
Queirós) publicado originalmente em 1885,
é um best-seller escrito por Henry Rider Haggard, escritor vitoriano de
aventuras e fabulista. O livro narra uma jornada ao coração da África feita
por um grupo de aventureiros liderados por Allan Quatermain em busca
de lendária riqueza que diz-se estar oculta nas minas que dão nome ao romance. É considerado o primeiro romance de
aventura a se passar na África e é considerado o precursor do gênero
literário "mundo perdido", em que se descobre um novo mundo, daí sua
importância.
Filme
baseado no romance homônimo (primeira versão)
Tornou-se
um imediato best-seller. No final do século XIX, exploradores
estavam descobrindo civilizações perdidas em volta do mundo, como o Vale
dos Reis no Egipto, a cidade de Troia, o Império Assírio. A
África ainda era largamente inexplorada e "As minas de Salomão" foi o
segundo romance de aventura africana publicado em inglês, capturando a
imaginação do público. O primeiro foi Cinco Semanas em Um Balão, publicado
em 1863 pelo escritor francês Júlio Verne.
O
"Salomão" do título do livro, claro, é o rei bíblico renomado tanto
por sua sabedoria quanto por sua riqueza. Um número de locais foi identificado
como sendo o lugar onde estariam localizadas as minas de Salomão, incluindo
Timna (pequena cidade no Iêmen) perto deÉilat, e muitos lugares
"fictícios".
Haggard
conhecia bem a África, pois havia penetrado no continente como um jovem de
dezenove anos envolvido com a guerra Anglo-Zulu e a Primeira
Guerra Bôer, as quais forneceram sua base e inspiração para esta e muitas
outras histórias.
Conta-se
que o livro surgiu como resultado de uma aposta de Haggard com seu irmão, a
saber, que ele não conseguiria escrever um romance com a metade da qualidade da
"A Ilha do Tesouro" (1883) de Robert Louis Stevenson.
Como
"A Ilha do Tesouro", a maior parte do livro foi escrita com a
perspectiva em primeira pessoa como em um diário de viagens, relatando a
aventura, em contraste com a maioria das ficções vitorianas que tinha adotado a
perspectiva em terceira pessoa, onisciente, favorecida por escritores influentes
como Charles Dickens, Wilkie Collins e Anthony Trollope.
"As
Minas de Salomão" foi bastante influente, originando o género "mundo
perdido", seguido depois por Edgar Rice Burroughs em "A
terra que o tempo esqueceu", "O Mundo Perdido" de Arthur
Conan Doyle, "King Kong" de Edgar Wallace e "O homem
que queria ser rei" de Rudyard Kipling.
O
livro ganhou pelo menos quatro adaptações para o cinema. O livro foi traduzido
para a língua portuguesa pelo escritor Eça de Queiroz, mais que
uma mera tradução, constitui uma obra com valor próprio.
Resumo
Allan
Quatermain, um caçador e aventureiro inglês, que mora em Durban, África
do Sul, é abordado por um barão inglês, Curtis, e seu amigo, Capitão John,
buscando a ajuda de Quatermain para encontrar o irmão perdido de Curtis, visto
pela última vez viajando pelo interior em direção ao norte, em uma busca das
lendárias minas do rei Salomão. Quatermain havia obtido, anos antes, um mapa
que o levava às minas, sem nunca tomá-lo a sério, mas concorda em liderar uma
expedição em troca de parte do tesouro,ou uma pensão para seu filho, se ele for
morto no caminho, tem poucas esperanças de retornar vivo. Eles também levam um
misterioso nativo, Umbopa, que parece ter uma maneira de falar mais educada e
ser mais majestoso e bonito que a maioria dos carregadores, mas que está muito
ansioso para juntar-se ao grupo.
Viajando
em bois e em carruagens, eles chegam aos limites de um deserto. O mapa de
Quatermain mostra um oásis a aproximadamente 96 quilômetros de distância, ou a
metade do caminho, e eles continuam a pé, quase morrendo de sede, antes de
chegar até ele. Eles completam a segunda metade do deserto sem incidentes e
chegam ao sopé de uma cordilheira. Eles sobem até o topo e entram em uma
caverna aonde encontram o corpo seco e congelado de José Silvestra, o explorador
português do século XVI que havia desenhado o mapa de Quatermain.
Eles cruzam as montanhas em direção a um vale cultivado e exuberante, habitado
por uma tribo de nativos conhecida como Kukuanas, que são militarmente bem
organizados e falam um antigo dialeto Zulu.
Eles
são levados para ver o rei Twala, que comanda seu povo com implacável
violência. Ele assumiu o poder anos antes quando assassinou seu irmão, que
seria rei, e exilou a esposa e o filho de seu irmão, supostamente mortos no
deserto. O rei Twala é apenas um rei de fachada, pois o verdadeiro cérebro por
trás dele é uma velha embusteira chamada Gagool.
Secretamente
é revelado que o majestoso servente que veio com os ingleses é, na verdade, o
filho exilado do rei assassinado. Uma rebelião tem início e em maior número, os
rebeldes obtêm sucesso em derrubar Twala e, de acordo com a tradição Kukana,
Curtis mata Twala em um duelo. Os ingleses capturam a malvada Gagool e ela
promete guiá-los para a montanha onde estão localizadas as minas de Salomão. Ao
achar o tesouro, Gagool engana os ingleses e uma pedra gigante os prende dentro
da montanha. Sem luz e com pouca água, eles preparam-se para morrer. Com sorte,
encontram uma rota de fuga, trazendo consigo, do enorme tesouro, apenas uns
poucos bolsos cheios de diamantes, mas ainda o suficiente para fazê-los ricos.
O
grupo deixa o vale e retorna ao deserto, tomando uma rota diferente, na qual
acham o irmão de Sir Henry "encalhado" em um oásis com uma perna
quebrada, incapaz de ir em frente ou de voltar. Todos voltam para Durban e, por
fim, para a Inglaterra, ricos o suficiente para viver e serem felizes paras
sempre. FIM. THE END.
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