domingo, 3 de maio de 2015

CAPITÃO MARVEL, O POLÊMICO HEROI

Histórias em quadrinhos

Shazam era sua invocação para tornar-se protegido dos deuses da guerra e justiça

“Shazam” ou Capitão Marvel (Captain Marvel no original em inglês), é um super-heroi fictício de histórias em quadrinhos, inicialmente publicado pela editora Fawcett Comics e posteriormente adquirido pela DC Comics. Criado em 1939 pelo roteirista Bill Parker e pelo desenhista C. C. Beck, o personagem apareceu pela primeira vez na revista Whiz Comics #2, lançado em fevereiro de 1940, durante a era de ouro dos quadrinhos. Com uma história que envolve uma fantasia adolescente, Capitão Marvel é o alter ego de Billy Batson, um jovem que trabalha como repórter de rádio e foi escolhido, devido a sua bondade interior, para receber os poderes do Mago Shazam, a fim de preservar a justiça e a paz no Universo.
Sempre que Billy fala o nome "Shazam", ele é instantaneamente atingido por um raio mágico que transforma-o em um super-herói adulto com poderes sobre-humanos (e vice-versa, uma vez que o personagem pode voltar a forma infantil da mesma forma). Os poderes do Capitão Marvel são oriundos de seis heróis lendários que lhe concedem tais características — sendo eles, Salomão (sabedoria), Hércules(vasta força física), Atlas (resistência, invulnerabilidade), Zeus (poderes mágicos), Aquiles (coragem) e Mércurio (velocidade, capacidade de voo).



Vários amigos e membros da família, como Mary Marvel e Capitão Marvel Jr podem compartilhar com Billy seus poderes e tornar-se "Marvels" eles próprios.
O Capitão Marvel é designado, pelos próprios deuses que lhes concedem os poderes, como o Campeão da Humanidade. Desde 2011, quando a editora DC Comics reformulou todos seus personagens, o Capitão Marvel passou a se chamar (no âmbito oficial, de forma definitiva) simplesmente de "Shazam".
O personagem Capitão Marvel foi criado em 1939 pelo roteirista Bill Parker e pelo desenhista C. C. Beck, sendo lançado no segundo número da revista Whiz Comics, publicada pela editora Fawcett Comics em fevereiro de 1940. O personagem foi criado como uma resposta da Fawcett Publications (proprietária da então recém fundada Fawcett Comics) ao enorme sucesso que a DC Comics (na época chamada de National Comics) estava fazendo com seus super-heróis e suas respectivas revistas, principalmente com o então também recém criado Superman — que, com o sucesso esmagador que havia alcançado naquela mesma época, havia se tornado líder absoluto de vendas da National nos Estados Unidos.
Capitão Marvel usava uma roupa totalmente vermelha, com uma capa amarela curta e um relâmpago dourado desenhado no peito do uniforme, tendo sua imagem física moldada a semelhança do ator cinematográfico Fred MacMurray. O nome do heroi seria inicialmente "Capitão Trovão" (Captain Thunder, em inglês), mas foi modificado para Marvel (que em inglês quer dizer algo como maravilhoso, incrível), pouco antes do lançamento da revista, pois já havia um personagem com esse nome na editora Fiction House. Com a eminência do sucesso rapidamente alcançado pelo personagem (chegando a ofuscar o Homem de Aço), a National iniciou um processo judicial contra a Fawcett Publications, por sua subsidiária Fawceet Comics, argumentando que o Capitão Marvel representava "um plágio descarado" de seu principal personagem, Superman.

A família Marvel

A batalha judicial prolongou-se por doze anos, encerrando-se em 1953 com um acordo proposto pela Fawcett, que havia decidido, devido às baixas vendas de sua revista, abandonar a publicação de histórias em quadrinhos e dedicar-se a outros ramos editoriais. Devido a esse acordo, o Capitão Marvel mergulhou no esquecimento durante o restante dos anos 1950 e todos os anos 1960 no mercado norte-americano, retornando a ser veiculado somente durante a década de 1970. No Brasil, no entanto, ele foi republicado normalmente durante os anos 1960, pela RGE, do Rio de Janeiro. E, no Reino Unido, teve até um substituto, o Marvelman, atualmente conhecido como Miracleman(também publicado pela RGE com o nome de Jack Marvel)4 .
Em 1973, a DC Comics, a editora responsável pelo processo judicial, adquiriu os direitos da personagem e retomou sua publicação nos Estados Unidos. No entanto, a nova revista teve de se chamar Shazam, porque a agora Marvel Comics era a detentora da marca Captain Marvel (Ela lançou o seu Capitão Marvel em 1967). O Suspendium foi a explicação que a DC Comics encontrou para explicar porque o elenco de Capitão Marvel não havia envelhecido desde que parou de ser publicado pela Fawcett Comics em 1953. Tal substância inventada pelo vilão Dr. Silvana pôs em animação suspensa


toda a Família Marvel, bem como o resto do elenco e o próprio Silvana, por 20 anos. Quando retornou, o personagem era ainda desenhado por seu maior ilustrador, C. C. Beck, que se manteve, à frente do título durante apenas nove números sendo logo substituído. Originalmente, admitia-se que Capitão Marvel e todos os personagens relacionados viviam na Terra S, uma dimensão a parte da Terra Paralela principal da DC, a Terra 1, onde estava a Liga da Justiça. A revista Shazam! foi bimestral (nos EUA), durou 35 números, de 1973 a 1978. Passou por várias fases; a partir do número 25, a série de TV de Shazam começou a influenciar o título, quando começou a ser impresso "A DC TV Comic" (um quadrinho DC da TV) nas capas de Shazam!. No número 25, Ísis, que surgiu como um seriado gêmeo a Shazam fez sua primeira aparição num quadrinho, e logo ganhou sua própria série, que durou 8 números. No número 26, tentou-se adaptar-se para comportar a realidade apresentada em sua popular série de TV, onde o Mago Shazam deu a Billy Batson o Eterni-phone, aparelho que permitia comunicar-se com os Elders, as figuras mitológicas que compunham o nome de Shazam. O Sr. Morris, da rádio WHIZ, deu a Billy um novo emprego, onde ele poderia ser um repórter móvel, guiando um furgão da rádio por todo o país. Além disso, Dudley, o Tio Marvel, deixou seu uniforme de lado e cultivou um bigode. Ele ofereceu-se para acompanhar Billy como seu "Mentor". O Mago Shazam permaneceria na Pedra da Eternidade, e Capitão Marvel Jr. e Mary Marvel ficariam em Fawcett City para defender a cidade. A partir do número 34, a arte de Shazam se libertou do traço inspirado por C.C. Beck e adotou um visual mais realista, que estava em voga nos quadrinhos da época. Infelizmente a série foi cancelada no número seguinte, 35.

Depois do cancelamento da revista Shazam, apesar de tudo, Capitão continuou aparecendo em outras revistas; sua "casa" se tornou World Finest Comics do número 253 de Outubro-Novembro de 1978, até o 282, Agosto 1982, e Adventure Comics do número 491, Setembro 1982, até o 498, Abril 1983. Após passar cerca de 2 anos no limbo, tanto o Capitão Marvel como sua família retornaram para a saga Crise nas Infinitas Terras (tendo aparecido também na mini-série DC Challenge).


O Personagem foi então incorporado ao chamado Universo DC depois da saga Crise nas Infinitas Terras. Foi lançado uma minissérie de 4 partes chamada Shazam! The New Beginning, escrita por Roy Thomas e ilustrada por Tom Mandrake, que estabelecia que não havia mais uma Família Marvel, apenas Capitão Marvel. O Capitão chegou a integrar a Liga da Justiçapouco antes dela se tornar Liga da Justiça Internacional, mas saiu depois de alguns números, afirmando que ele tinha pouca experiência. Nesse tempo, o Capitão praticamente não fez aparições, fora uma aventura solo contra Capitão Nazista em Action Comics, uma participação em Guerra dos deuses, e no mini-evento Pânico nos Céus.
Em anos recentes, foram lançados alguns títulos próprios como Power of Shazam, escrito e desenhado por Jerry Ordway. Lá, foi reativada a existência da Família Marvel. Também houve a mini-série Kingdom Come (Reino do Amanhã), de 1996 e a graphic novel sobre o herói: Shazam! The Power of Hope(Shazam! O Poder da Esperança), ambas desenhadas por Alex Ross, com textos de Paul Dini. No entanto, as histórias do herói não tiveram continuidade no período DC, sendo rapidamente encerradas devido a baixa vendagem.
Capitão Marvel é detentor do poder de Shazam, que extrai os dons de Salomão (sabedoria); de Hércules (força); de Atlas (vigor); de Zeus (poder); de Aquiles (coragem); e de Mercúrio(velocidade).

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