História/pirataria
Khair ed-Din,
representação do século XVI.
Khizr (ou Khair ed-Din) (1470-1546), foi o
famoso capitão Barba Ruiva. Ele nasceu numa ilha de Lesbos, Grécia e comandava o navio com seu irmão mais velho, Arúj e seu outro irmão, Ishaq. Quando navegavam juntos eram conhecidos como "Os Irmãos
Barbossa". Khizr se tornou o pirata mais temido do Mar Mediterrâneo, pois ele e seus
companheiros cercavam e saqueavam os navios do Sultão Selim. Contrariado, Selim decidiu dar-lhe o poder sobre Argel. Alguns dizem que o que Khizr mais queria era conquistar cidades africanas. Porém, houve um ataque
ao navio deles, que resultou na morte de Ishaq
e Arúj feito prisioneiro pelos invasores. O capitão Arúj escapou e conseguiu
reencontrar Khizr. Algum tempo depois,
após a morte de Arúj, sem ninguém para ajudá-lo a comandar o navio, ele não teve outra escolha, senão
abandonar a pirataria. Desta forma, ele se uniu aos turcos, que lhe cederam reconhecimento
como governador da Argélia e cadeiras no Conselho Nacional(Divã). Nos anos
seguintes, durante o governo de Solimão,
o Magnífico, durante o esforço de integração das nações islâmicas, o califa o entrega o cargo de capitão dentro da
Armada Otomana.
Neste período, o capitão genovês
Andrea Doria, a mando do imperador Carlos V, executou diversos cercos à costa
Otomana; no comando de diversos e sucessivos contra-ataques, Khizr conseguiu grande prestígio dentro das esferas militares
otomanas. Em 1532 praticamente toda
a costa ocidental do Mediterrâneo sofreu ataques coordenados por Khizr; a
marinha da Sacra Liga estava acuada, enquanto Andrea
Doria buscava uma reação.
Em 1534, Khizr é promovido ao cargo de comandante da armada
otomana (Kaptan-i-Deria), tendo sido recebido por Solimão no Topkapi,
além de ser nomeado Beyerbey do Norte da África e Sancak (governador) de Rodes e Eubeia.
Tendo o comando da Armada Otomana, Khizr
promoveu diversas ações militares, que culminaram na esmagadora derrota da
armada da Sacra Liga na Batalha
de Preveza (1538), sob o
comando de Andrea Doria, e que trouxe, como consequência, a hegemonia otomana
sobre o Mediterrâneo pelos 33 anos que se seguiram.
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