Histórias
em quadrinhos
O maior detetive das histórias em quadrinhos, e o mais longevo de todos
eles
Dick Tracy é um detetive das tiras de
quadrinhos e um personagem popular na cultura pop norte-americana. A
personagem é um detetive policial difícil de ser baleado, que atira rápido, e
muitíssimo inteligente que enfrentou uma grande variedade de, às vezes, vilões
grotescamente feios. Dick Tracy foi
criado pelo cartunista Chester Gould em 1931 para uma tira
de quadrinhos do jornal que também se chamava Dick Tracy. A tira, que estreou em 4 de outubro de 1931,
foi distribuída pelo Chicago Tribune Syndicate. Gould escreveu e desenhou
a tira até 1977.
Chester Gould apresenta inicialmente em suas tiras
a violência urbana refletida em seu tempo e lugar, a cidade de Chicago nos anos
de 1930. Gould procurava se manter
atualizado, mostrando as mais recentes técnicas de
combate ao crime, usava a ciência forense e uma aparelhagem eletrônica mesmo
com os casos do detetive geralmente acabando em tiroteio. Nos anos 50 ele abordou temas como a corrupção, delinquência juvenil e
a televisão. Nessa época Gould sofreu algumas críticas ao mostrar elementos
familiares de Tracy, mostrando-o vivendo de forma ostentatória numa grande casa
e sendo proprietário até de um Cadillac. Ele chegou a criar uma história em que
Tracy foi acusado de corrupção e explicou suas posses, o que não diminuiu as
críticas. Na década de 60, a tira passou por um período "espacial",
com Tracy participando de aventuras na Lua e usando naves espaciais de
propulsão magnética. Em 1969 foi oferecido à Tracy o posto de chefe de polícia
do Vale Lunar, uma comunidade humana da Lua, talvez indicando uma tendência de
mudança do personagem para um tipo de "herói espacial". Mas depois
que as missões lunares daquele ano revelaram a Lua como um satélite estéril, as
tiras retornaram ao ambiente terrestre. Nos
anos 1970 Tracy ganhou um bigode (logo descartado) e deixou o cabelo crescer.
Tracy encarava cada episódio como um
"Caso", com as tiras mostrando os criminosos cometendo o crime e a
posterior perseguição implacável de Tracy. Os vilões eram indiscutivelmente o
maior apelo das tiras.
Em outros temas usados, próprios de "filmes
noir", Gould reflete sobre como pequenos delitos levam a outros maiores.
Os eventos se desenrolam sem controle e mostram como a vida pode ser
imprevisível e cruel. As traições se sucedem nas histórias: capangas são mortos
pelos empregadores, estes são traídos pelas namoradas e pessoas boas são mortas
por estarem no lugar e hora errados.
Nas tiras dominicais do final dos anos de 1940,
Gould incluiu um texto de guia para combatentes do crime amadores ("Dick
Tracy's Crimestoppers"), apresentada por Junior Tracy. Esse adendo durou
até 1977. Depois foi substituido pela seção da "Galeria dos Vilões"
("Dick Tracy's Rogues Gallery") até ser novamente reintegrado nas tiras
atuais por Max Allan Collins.
O par romântico do último filme de Dick Tracy
(1990) – Warren Beatty e Madonna
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