Reciclagem: de linha de metrô a passarela de
diversão
Texto de Ricardo Feire
postado no
Blog ‘Viaje na viagem’
”... Apareci por lá pela primeira vez alguns meses depois de...Naquela
época, o High Line cobria o trecho do elevado da rua 12 até um pouco antes da rua 20. A
vegetação era baixa e os trilhos do trem ainda estavam visíveis. Era um parque
tão minimalista que o aspecto que mais sobressaía era a qualidade do mobiliário
-- bancos e espreguiçadeiras que pareciam recém-saídos da prancheta de um
designer escandinavo.
Voltei neste fim de semana, agora para gravar a série de Nova York para
o Visa Platinum. E encontrei um High Line bastante diferente daquele parque de
três anos atrás.
Desde o verão passado o parque cobre mais dez quadras, indo até a rua
30.
O prolongamento reforça a sensação de que o High Line é uma passarela,
uma pista, um parque a ser percorrido de ponta a ponta. Tipo assim o calçadão
de Manhattan.
Na ponta sul do parque -- onde tudo começou -- a vegetação está tão
viçosa que esconde a cidade.
O trecho aberto no ano passado passa por entre edifícios -- alguns
antigos, outros novinhos -- e dá chance a instalações como esta, que brinca com
o voyeurismo e o exibicionismo:
Com tanta gente curiosa passando, é normal que o parque vire uma galeria
ao ar livre.
Não sei se os criadores do parque imaginavam que a idéia faria tanto
sucesso. Hoje o High Line já é uma atração turística mainstream. E
é, sem dúvida, a melhor introdução ao charme de Downtown para quem só imaginava
que existisse a Nova York de Times Square e Central Park.
High Line Park. Há
vários pontos de acesso. Os melhores são as duas pontas: na Gansevoort (a
primeira abaixo da 13; desça na estação 14th St x 8th Ave., servida pelas
linhas A, C, E ou L) e na rua 30 com 10ª Avenida (desça na Penn Station e venha
caminhando). Esses dois acessos têm elevadores. O parque abre diariamente das
7h às 23h. A entrada é gratuita e há stands com comida e bebida numa área
coberta situada no meio do percurso.”
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