História da religião
Fonte: Wikipédia, a
enciclopédia livre.
Observações e formatação nossas.
Colaboração de Hélbio Palmeira
T O R Á A LEI DE MOISÉS
A BÍBLIA
Qual a dimensão oculta da Torá?
DIVISÃO DA TORÁ
As cinco
partes que constituem
a TORÁ são
nomeadas de acordo
com a primeira palavra
de seu texto,
e são assim
chamadas :
בראשית, Bereshit - No princípio conhecido pelo não-judeu como GÊNESIS
שמות, Shemot -
Os nomes ou ÊXODO
ויקרא, Vaicrá - E chamou ou LEVÍTICO
במדבר, Bamidbar - No deserto (ermo)
ou NÚMEROS
דברים, Devarim - Palavras
ou DEUTERONÔMIO
Geralmente, suas
cópias são feitas à mão, em rolos, e
dentro de certas
regras de composição,
usadas para fins
litúrgicos, são conhecidas
como SEFER TORÁ, enquanto
suas versões impressas,
em livros,
são conhecidas como CHUMASH.
A VISÃO JUDAICA
A tradição judaica,
mais antiga, defende que
a TORÁ existe
desde antes da
criação do mundo
e foi usada
como um plano
mestre do Criador
para com o
mundo, humanidade e
principalmente com o
povo judeu.
No entanto, a TORÁ, como
conhecemos, teria sido entregue
por DEUS a MOISÉS, quando
o povo de
Israel, após sair
do cativeiro no Egito, peregrinou em
direção à terra
de Canaã.
As histórias
dos patriarcas, aliados
ao conjunto de
leis culturais, sociais,
políticas e religiosas
serviram para imprimir
sobre o povo
um sentido de
nação e de
separação de outras
nações do mundo.
De acordo com a tradição judaica, MOISÉS é o
autor da TORÁ,
e até mesmo
a parte que
discorre sobre sua
morte (Devarim - DEUTERONÔMIO
32:50-52) teria sido fruto
de uma visão
antecipada dada por
DEUS.
OUTRAS VISÕES
Hoje, a maior
parte dos estudiosos do Criticismo SUPERIOR concordam que MOISÉS
NÃO É O
AUTOR DO TEXTO
QUE POSSUÍMOS, mas
sim, que se trata
de uma compilação
posterior, enquanto os
estudiosos do Criticismo
Inferior acreditam
que o texto
foi escrito pelo
próprio MOISÉS, incluindo as
partes que falam
sobre sua morte.
O CRISTIANISMO, baseado na tradução grega Septuaginta, também conhece a TORÁ como PENTATEUCO, que constitui os cinco primeiros livros da BÍBLIA CRISTÃ.
Outros estudiosos,
de fora do
judaísmo tradicional, defendem
que, ainda que
a essência da TORÁ
tenha sido trazida
por MOISÉS, a
compilação do texto
final foi executada
por outras pessoas.
Este problema
surge devido ao
fato de existirem
leis e fatos
repetidos, narração de
fatos que não
poderiam ter sido
escritos na época
em que foram
escritos e incoerência
entre os eventos,
que mostra
a TORÁ como
sendo fruto de
fusões e adaptações
de diversas fontes
de tradição.
A TORÁ
seria o resultado
de uma evolução
gradual da religião
israelita.
A primeira tentativa
de sistematizar o
estudo do desenvolvimento da TORÁ
surgiu com o
teólogo e médico
francês Jean Astruc.
Ele é o pioneiro no desenvolvimento da teoria que a TORÁ
é
constituída por três
fontes básicas, denominadas
jeovista, eloísta e código
sacerdotal, e mais
outras fontes além
destas três.
Deve-se
enfatizar que, quando
se fala destas
fontes, não se
refere a autores
isolados, mas sim
a escolas literárias.
Um estudo sobre
a história do
antigo povo de Israel mostra
que, apesar de
tudo, não havia
uma unidade de
doutrina e desconhecia-se uma
lei escrita até os
dias de Josias.
As fontes
jeovista e eloísta
teriam sua forma
plenamente desenvolvida no
período dos reinos
divididos entre Judá
e Israel (onde
surgiria também a versão conhecida como Pentateuco
Samaritano).
O livro
de DEUTERONÔMIO só
viria a surgir
no reinado de
Josias (621 a.C.). A TORÁ,
como conhecemos, viria a
ser terminada nos
tempos de Esdras,
onde as diversas
versões seriam finalmente
fundidas.
Vemos, então, o
início de práticas
que eram desconhecidas
da maioria dos
antigos israelitas, e que só
seriam aceitas como
mandamentos na época
do Segundo Templo
como a Britmilá,
Pessach e Sucót por exemplo.
C O N T E Ú D O
Em BERESHIT é narrada a criação do mundo
e do homem sob o ponto de vista judaico, e
segue linearmente até
o pacto de DEUS
com Abraão.
São apresentados os
motivos dos sofrimentos
do mundo, a
constante corrupção do
gênero humano e
a aliança que DEUS
faz com Abraão
e seus filhos,
justificados pela
sua fé monoteísta, em
um mundo que
se torna mais
idólatra e violento.
Nos é apresentada
a genealogia dos
povos do Oriente
Médio, e as
histórias dos descendentes
de Abraão, até o
exílio de Jacó
e de seus
doze filhos no Egito.
Em SHEMOT mostram-se os fatos
ocorridos neste exílio, quando os israelitas tornam-se escravos na terra
do Egito, e DEUS se manifesta a um israelita-egípcio, MOISÉS, e
o utiliza como
líder para libertação
dos israelitas, que
pretendem tomar CANAÃ, como a
terra prometida aos
seus ancestrais.
Após eventos miraculosos,
os israelitas
fogem para o
deserto, e recebem
a TORÁ dada
por DEUS. Aqui são
narrados os primeiros
mandamentos para Israel
enquanto povo (antes a Bíblia menciona
que eram seguidos
mandamentos tribais), e mostra
as primeiras revoltas
do povo israelita
contra a liderança
de MOISÉS e
as condições da
peregrinação.
Em VAICRÁ são apresentados os
aspectos mais básicos
do oferecimento das korbanot, das
regras de cashrut
e a sistematização do
ministério sacerdotal.
Em BAMIDBAR continuam-se as
narrações da saga
dos israelitas, no
deserto, as revoltas
do povo, no
deserto, e a
condenação de DEUS à
peregrinação de quarenta
anos no deserto.
Em DEVARIM, estão compilados os
últimos discursos de MOISÉS,
antes de sua
morte e da
entrada na Terra de
Israel.
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