Rede Social
SÃO PAULO É A CIDADE MAIS
INFIEL DO MUNDO, SEGUNDO SITE ASHLEY MADISON
Mapa localiza em 50.000 cidades
os usuários da rede social para infiéis
82% dos registrados no site são
homens
FRAN
SERRATO, Madri, 20 AGO
2015
A informação
mais pessoal dos 34 milhões de usuários registrados no site Ashley
Madison já era
de domínio público. Ainda assim, a empresa Tecnilógica quis dar um passo além
e, para isso, utilizou os dados publicados por hackers para realizar um mapa que localiza por cidades os usuários desse serviço de busca de
sexo extraconjugal. O resultado permite comprovar que o Ashley Madison tem
clientes em mais de 50.000 municípios distribuídos por 48 países, e que a
maioria deles é homem: 86,2% do total. São Paulo, com 374.554 usuários, é
a cidade do planeta com mais registrados. É seguida por Nova York (EUA), com
268.247 e Sydney (Austrália), com 253.860.
“Para formar parte de nosso estudo as cidades tinham que ter pelo menos dez usuários”, explica Juan Alonso, diretor técnico da Tecnilógica. A empresa espanhola já havia feito antes mapas semelhantes para visualizar dados, como é o caso das ruas de Madri que têm nome de pessoas. Agora, quis aproveitar a polêmica provocada pelo furto e publicação da lista de clientes do Ashley Madison para que seu trabalho tenha visibilidade, observa Alonso.
Antes de
realizar o projeto, e depois de baixado o arquivo que continha os perfis dos registrados,
a Tecnilógica eliminou a informação pessoal para construir um aplicativo que
organizasse por cidades as pessoas que usam esse site para relacionar-se
sexualmente. “Nós fizemos por município porque não apareciam dados por regiões,
e por países seria uma visão genérica demais”, diz.
“Tínhamos um
material bruto que não nos dizia nada e queríamos conhecer mais dados”,
prossegue o diretor técnico da Tecnilógica. Além de confirmar que a maioria dos
registrados é homem, a empresa comprovou que em países como Japão, Índia,
Brasil e África do Sul o porcentual de mulheres que usam o site de encontros é
muito maior do que em outros lugares do mundo.
Em países
como Japão, Índia, Brasil e África do Sul o porcentual de mulheres que usam o
site de encontros é muito maior do que em outros lugares do mundo.
Alonso
afirma que sua empresa não tem medo de represálias judiciais porque se limitou
a traduzir “uma informação que está rodando na Internet desde que foi vazada”.
Além do mais, ele garante que o projeto não revela dados que possam identificar
os usuários “Nós nos limitamos a estudar a informação e comunicar propostas.
Nem sequer temos guardados em nossa página os perfis dos usuários”, conclui
Alonso.
Os dados dos registrados no
site Ashley Madison foram tornados públicos em 19 de agosto por
um grupo de hackers autodenominado Impact Team. Fizeram isso com o objetivo
declarado de demonstrar que a página era uma farsa, já que contava com milhares
de perfis falsos de mulheres. As informações dos usuários foram furtadas antes
de 20 de julho. Nesse dia, a empresa Avid Life Media, proprietária do Ashley
Madison e outros sites similares, admitiu que tinha sido vítima de um ataque
cibernético.
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