Natureza/Turismo
Publicado por Mariana Staudt,
é jornalista, ariana, apaixonada por sol, verão e praia, por viajar,
por fotografar e por escrever. Sou a pessoa mais curiosa que eu conheço e tenho
os pensamentos a mil quilômetros por hora.
Um olhar mais demorado sobre o
mais místico dos países sul-americanos, sobre a civilização inca e sobre a
"cidade perdida" Machu Picchu. O Peru carrega uma encantadora e
enérgica cultura, além de uma riquíssima história que pode nos ajudar a
compreender mais sobre a sociedade atual e sobre nós mesmos. Surpreenda-se
nessa viagem!
Foto: Mariana Staudt
O Peru entrou para o roteiro de milhões de
turistas do mundo inteiro, atraídos pelas belezas naturais, pela gastronomia e
pela rica cultura. A natureza é um espetáculo à parte: montanhas, deserto,
cordilheiras, florestas e praias. O cenário é variado, colorido e jamais
monótono. Mas este país vai muito além do turismo e revela, talvez, a face mais
mística da América do Sul. A antiga sede do Império Inca, berço das
civilizações americanas, tem 10 mil anos de história, onde diversos mistérios
se escondem.
Desde a arquitetura, a religião, a história,
o idioma quéchua, até o conhecimento proveniente da civilização inca, o Peru
carrega surpreendentes heranças do seu povo. É impossível não se deslumbrar com
as construções, com as pedras que se encaixam de forma fascinante, com suas
dimensões e com a essência fortemente expressada por todos os lados.
O Vale Sagrado abriga os principais pontos
turísticos da região de Cusco, os sítios arqueológicos como Pisaq e
Ollantaytambo. Em todos os lugares, é possível observar os rastros dos incas e
as imensas rochas esculpidas, provando a tecnologia avançada da época. Todas as
cidades incas constituíam um conjunto importante de monumentos desenhados em
formas e figuras representativas de campos de poder, que, em muitos casos,
foram desaparecendo enquanto eram arrasadas pelos espanhóis, que as deixaram em
ruínas.
É difícil descrever a sensação ao presenciar
todas essas obras. Não há quem não passe minutos ou horas observando e tentando
compreender como aquela civilização conseguiu projetar e, principalmente,
executar suas ideias, transformando-as em templos majestosos, enormes cidades e
desenvolvidos sistemas agrícolas e hídricos. A única conclusão é que cada canto
parece realmente abençoado.
Extremamente religiosos, os incas tinham como
entidades divinas o Sol (Inti), que beneficiava a terra e fazia as plantas
florescerem, e a Lua, sua esposa, assim como outros deuses, a chuva, o trovão,
etc. Além disso, acreditavam nas forças do bem e do mal. O bem era representado
por tudo que era importante para o homem, como a chuva e a luz do sol, e o mal,
por forças negativas, como a seca e a guerra.
Foto:
Mariana Staudt
Os autores e irmãos Elorrieta sustentam que o
rio Vilcanota (atualmente, chamado de Urubamba), que forma o Vale Sagrado, foi
concebido pelos incas como a representação da Via Láctea e que os desenhos
arquitetônicos das antigas construções em suas margens representam as
constelações.
Em Águas Calientes está o local mais famoso,
aclamado e desejado de todos: Machu Picchu, conhecido também como a “cidade
perdida”. Habitada por seres superiores, os incas acreditavam que se alguém
quisesse encontrar seu destino, deveria subir em uma montanha alta e o vento
daria a dica desejada. Para eles, o alto das montanhas eram como antenas que
captavam tudo o que se passava no cosmos.
Como nos outros locais do Vale Sagrado, Machu
Picchu leva um desenho em seu formato. No seu caso, o de um condor em pleno
voo. Dizem que lá se pode sentir a vibração que origina o seu desenho, já que
se percebe a sensação de liberdade que inspira a ave.
“... levando em toda sua estrutura seus
principais símbolos religiosos, como se fosse um veículo do homem dirigido à
eternidade e ao infinito...” (Irmãos Elorrieta)
Para o antropólogo e historiador peruano José
Altamirano Balena, Machu Picchu é o local onde o inca encontrou seu destino.
Até hoje, não se sabe o motivo do seu abandono, mas encoberta pela mata, a
cidade se preservou por mais de 400 anos.
A verdadeira história não se sabe, mas todo o
território construído pela civilização inca merece contemplação. Seja por sua
importância, por sua beleza, por seu contexto, mas também pelos encantos do
imaginário e da população andina. Para quem está procurando dicas para conhecer
o Peru, a minha é que você vá além do turismo e se deixe levar pela magia,
pelos mistérios e pela energia natural que só se encontra por lá!
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