Moda/design: vestuário
feminino
(Moda É CULTURA)
Publicado por Flávia
Pimenta Palmeira,
é uma cidadã do mundo, navegadora e apreciadora de arte e da cultura,
com formação em Música, Psicologia, Arquitetura e Urbanismo.
Uma fã incondicional de Amyr Klink, apaixonada por história, fotografia, esportes radicais e animais.
Atualmente, distante da terra natal.
Uma fã incondicional de Amyr Klink, apaixonada por história, fotografia, esportes radicais e animais.
Atualmente, distante da terra natal.
Não sou especialista em
tendências da moda, mas existem alguns períodos na história que considero
fascinantes, pela maneira que influenciam e inspiram nosso comportamento e
vestuário até hoje. A partir do momento em que a mulher deixa de usar
espartilho, tudo mudou muito rápido. Dizem que a moda sempre volta, mas alguns
estilos que surgiram nessas 5 décadas ainda permanecem. Por isso, resolvi
trazer a história da moda neste post, começando pela inesquecível “Coco”
Chanel.
Anos 20
“Coco” Chanel revolucionou a década de 20,
criando o estilo da mulher moderna, independente, ousada e versátil, e libertou
as mulheres dos espartilhos usados até o final do século 19. Símbolo de status
e elegância, o ‘pretinho básico’, as bolsas estilizadas e colares de pérolas
marcaram a época. A partir daí, a mulher começou a ter mais liberdade e se
permitia mostrar as pernas – a sensualidade da mulher eram os tornozelos. A
referência feminina de beleza não tinha curvas, e seus seios e quadris deveriam
ser pequenos. O figurinista Jacques Doucet, em 1927, subiu as saias até
aparecerem as ligas rendadas das mulheres.
O filme "The Great Gatsby" retrata
muito bem essa época.
Após uma década de alegria, desenvolvimento e
o “american way of life”, os eufóricos anos 20 chegaram ao fim na crise de
1929. A queda da Bolsa de Valores de Nova York iniciou um período conhecido
como ‘a grande depressão’.
Anos 30
Ao contrário dos anos 20, que desconstruíram
as formas femininas, os anos 30 remodelaram as formas do corpo da mulher
através de um recatado refinamento e sofisticação. Saias e cabelos longos,
vestidos retos e justos, capas e boleros, decotes profundos nas costas e cortes
em viés, que favorecem o caimento do tecido no corpo. Todas as vestimentas eram
feitas com tecidos baratos, como algodão, claro, por causa da crise.
Uma das modelos de beleza feminina dos anos
30 era Greta Garbo. Assim como o corpo voltou a ser valorizado, a mulher,
então, passou a usar sutiã e um tipo de espartilho flexível. As formas eram
marcadas e naturais.
A mulher magra, esportiva e bronzeada
tornou-se a referência da moda atual, assim como o short, que surgiu a partir
do uso da bicicleta. Modelos de vestuário foram criados para atender o novo
estilo de vida ao ar livre com banhos de sol, como os maiôs e os óculos
escuros.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, em
1939, as roupas possuíam um estilo militar, assim como as saias com abertura
lateral para o uso de bicicletas.
Anos 40
Durante a guerra, a escassez de tecidos fez
com que as mulheres reformassem suas roupas e utilizassem materiais
alternativos. Essa habilidade continua em alta até hoje, para aquelas que
querem estar na moda mas não têm recursos para isso. As meias finas
desapareceram com a escassez de náilon e seda, surgindo o uso das meias soquete
e de pinturas falsas atrás da perna, imitando a costura das meias.
A mulher europeia era magra e de cabelos
ainda mais longos, arrumados com grampos, lenços ou chapéus criativos. Suas
roupas possuíam corte reto e masculino, em estilo militar. Saias mais curtas,
franzidas ou com pregas. Os sapatos eram mais pesados e sérios. Jaquetas e
abrigos em tecidos pesados, com acolchoados nos ombros e cinturões. Calças
compridas eram práticas e os vestidos imitando duas peças se tornaram
populares.
A partir daí surgiram os conjuntos,
permitindo que as mulheres criassem novos modelos misturando as peças entre si,
e depois com o fundamento do “sportwear”, que se tornou uma forma moderna e
prática de se vestir.
No pós-guerra, as meias de náilon e o Chanel
nº5 voltaram, e Christian Dior apresentou sua primeira coleção, de estilo
jovial, alegre e glamoroso.
Anos 50
A mulher dos anos 50 ficou mais feminina e
sofisticada, influenciada pelo estilo Dior, de saias rodadas e compridas com
muito tecido, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de salto
alto, trazendo de volta o luxo e a sofisticação com peles e joias. Marilyn
Monroe e Brigitte Bardot eram referência de beleza da época, numa combinação de
sensualidade e ingenuidade. Surgiram as top models pioneiras, o salto agulha, o
lenço de seda Hermès e o batom Coronation Pink.
Os anos 50 chegaram ao fim com o rock n'roll
e o rebolado frenético de Elvis Presley.
Anos 60
Os anos 60 foram a década da juventude, da
geração beat e dos pacifistas do final da década de 50. Era o fim da moda
única, que se tornou mais livre na forma de se vestir e mais ligada ao
comportamento e estilo próprio: psicodélico, geométrico ou romântico.
Foi por influência das tendências nas ruas
que surgiu a minissaia. Os tecidos eram variados nas estampas e fibras,
inclusive os sintéticos. E vieram as linhas retas, botas brancas, roupas
‘espaciais’ metálicas e fluorescentes, vestidos tubinho e estampas
psicodélicas. O jeans e a camiseta surgiram como modelo unissex, e as mulheres
vestiam-se com roupas masculinas e o uso de perucas se tornou popular, com suas
diversas cores e modelos.
No final dos anos 60, através do movimento de
contracultura, surgiram as roupas coloridas e os cabelos longos, influenciados
pelo culto ao misticismo oriental, músicas e drogas. A moda passou a ser as
roupas que antes eram usadas pelas classes operárias, como o jeans; e a moda
chique, era o estilo étnico nos casacos afegãos, fulares indianos, túnicas
floridas e acessórios kitsch, retrô e pop.
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