quarta-feira, 14 de outubro de 2015

AGUARELAS EM MOLESKINE - WIL FREEBORN

Arte pictórica: aquarela





Publicado por Rejane Borges,
gosta das cores de folhas secas ao chão. E das cores das folhas velhas dos livros.




Não há nada menos interessante do que o cotidiano. Todos nós já sabemos, já nem queremos mais saber. No entanto, esse cotidiano fica interessante quando visto por outras perspectivas. Os traços despretensiosos e as cores sóbrias em um velho moleskine emprestam curiosidade ao que já não poderia mais chamar a atenção.



Wheels…
O ilustrador e designer escocês Wil Freeborn desenha os dias, as horas, o comum. Ele possui a sensibilidade de admirar-se com as coisas simples. Talvez seja a mais bela das sensibilidades.
Inspirou-se, a princípio, olhando através das janelas e corredores dos trens. Em suas viagens diárias, ao invés de acompanhar os ponteiros do relógio e as paisagens lá de fora, tratou de acompanhar as expressões lá de dentro. Observava os passageiros - uns de olhos atentos, outros absortos, enquanto o trem rangia nos trilhos de Glasgow até Gourock, na costa oeste da Escócia.
E Wil despertou seu talento entre essas personagens que estariam, mais tarde, esboçadas em seu velho moleskine. Todos os dias, ao pegar o trem, sacava seu lápis-pincel e desenhava os momentos das pessoas. Era como um diário - mas não de palavras, e sim de imagens. Escolheu a técnica watercolor em moleskine por gostar da forma como a imagem se compõe no material.

Andy

Audience

Summer ferry
Apesar de morar perto da costa, onde pode deslumbrar-se com belas vistas do mar, das ilhas e das montanhas, Will não se satisfaz retratando paisagens. Afirma gostar, sobretudo, do movimento, de ambientes em que algo esteja acontecendo, no qual seja possível observar as pessoas e seus afazeres, suas ações e reações. Porém, o artista afirma que seu estilo está em transição. Hoje, ao invés de apenas retratar o que vê, tenta interpretar o que vê. Sua arte torna-se naturalmente mais subjetiva, como se além de registrar o fato tentasse entendê-lo ou contar uma estória. Ao ver o mundo inteiro enquadrado, Will Freeborn acaba por enxergar a beleza nas coisas mais comuns, e tornou-se um caçador de cotidianos.

Loony Dook 2010

Hidden Lane Festival

Cake and text messages

Walking along Buchanan Street
Mais dos trabalhos do artista pode ser encontrado em seu site.


Nenhum comentário:

Postar um comentário