sábado, 24 de outubro de 2015

SHERLOOCK HOLMES, IMBATÍVEL CRIAÇÃO DE CONAN DOYLE

Série os mais famosos detetives da literatura mundial:





Ignatius Arthur Conan Doyle,
foi um escritor e médico britânico, nascido na Escócia, mundialmente famoso por suas 60 histórias sobre o detetive Sherlock Holmes, consideradas uma grande inovação com inigualável atuação no campo da literatura criminal.


Sherlock Holmes em ilustração de 1904 por Sidney Paget

Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle. Holmes é um investigador do final do século XIX e início do século XX que aparece pela primeira vez no romance Um estudo em Vermelho editado e publicado originalmente pela revista Beeton's Christmas Annual, em Novembro de 1887. Sherlock Holmes ficou famoso por utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método científico e a lógica dedutiva.


Sherlock Holmes ainda hoje é um dos mais atraentes personagens dos romances policiais. Carismático e astuto, fez do método científico e da lógica dedutiva suas melhores armas. Sua habilidade para desvendar crimes aparentemente insolúveis, até mesmo para Scotland Yard, transformou seu nome em sinônimo de detetive.
A primeira aparição de Sherlock Holmes se deu em 1887 na revista Beeton's Christmas Annual na história de A Study in Scarlet. Em Fevereiro de 1891, o romanceThe Sign of the Four foi publicado em outra revista, Lippincott’s Magazine. Em Junho de 1891 Holmes estreia na Strand Magazine com o conto A Scandal in Bohemia . O conto obteve tanto sucesso que garantiu a Holmes um longo tempo de publicações na Strand Magazine (até 1927), tendo todas suas histórias publicadas lá desde então.
O personagem Sherlock Holmes tornou-se tão poderoso que, como pouquíssimas vezes na história, engoliu o seu criador; raramente se ouve falar em Sherlock Holmes como "o personagem criado por Conan Doyle", mas sim de Conan Doyle como "o homem que criou Sherlock Holmes".


The Sherlock Holmes Museum, no 221B da Baker Street.


Fachada do museu.
Não é necessário viver na Inglaterra para conhecer o lar de Sherlock Holmes; o 221B Baker Street é um dos endereços mais famosos de Londres e abriga hoje um museu com o nome do personagem. As histórias do detetive se passam entre vários cartões postais da capital inglesa.


A Londres de Sherlock Holmes
Um dos locais mais visitados por Sherlock Holmes, entre um caso e outro, pois Holmes sempre estava de viagem marcada, é a Charing Cross Station. Quando a investigação era em Londres, Holmes não deixava de passar pela Fleet Street, pela Oxford Street, pela Strand, no Pall Mall, e na Tottenham Court Road, endereços recorrentes dos contos do personagem .
Sherlock Holmes teve a maior parte de suas histórias relatadas pelo seu colega de quarto e fiel escudeiro Dr. Watson, que várias vezes ficou surpreso com o rápido raciocínio de Holmes, que conseguia muitas vezes ler os pensamentos de Watson, satirizando a cena em que C. Auguste Dupin lê os pensamentos de seu colega em Os Assassinatos da Rua Morgue de Edgar Allan Poe. Watson esteve presente na maioria das histórias de Holmes.
Sherlock Holmes aparece ao todo em cerca de 60 obras de autoria de Arthur Conan Doyle, compostas por cerca de 56 contos e 4 romances, onde Sherlock Holmes resolvia casos insolúveis até mesmo para a Scotland Yard. O personagem habita o imaginário de jovens e adultos há mais de 120 anos.


Sherlock Holmes (direita) e o Dr. John H. Watson, por Sidney Paget.
Holmes costuma ser uma pessoa arrogante, que está correta sobre inúmeros assuntos e com palpites certeiros. A primeira amostra de sua exatidão é descrita em "Um Estudo em Vermelho". Quando Watson e Holmes se conhecem, em alguns poucos segundos Holmes já sabia que ele estivera no Afeganistão.


Além do aspecto erudito, não demonstra muitos traços de sentimentalismo, preferindo o lado racional de ser. Apesar disso, em alguns contos o Dr. Watson diz que a "máscara gelada" de Holmes cai às vezes, dando mais humanidade a Sherlock Holmes.
Orgulhoso, parece dominar vários assuntos sem Doyle descrever seus estudos. Holmes apresenta alguns hábitos peculiares como a prática de artes marciais como boxeesgrima de armas brancas e de bengala.
Watson relata também a aparência física de Holmes. Muito alto, possui mais de um metro e oitenta, extremamente magro, pálido, nariz fino. Pratica exercícios físicos apenas se exigidos em sua profissão de detetive. Dependendo do enigma do caso em que estiver envolvido, passa horas fumando cachimbo, que diz esclarecer a mente. Além do uso habitual da cocaína em protesto a monotonia, e diz-se que é um exímio violinista.
Holmes tem como característica não gostar que o interrompam em suas reflexões. Não se vê Holmes estudando sobre tudo, mas domina incrivelmente uma vasta quantidade de assuntos do conhecimento humano, tais como História, Química, Geologia, Línguas, Anatomia, Literatura Sensacionalista, etc.


Um retrato de Sherlock Holmes por Sidney Paget de The Strand Magazine, em 1891 "O Homem com a boca torta".
Segundo Conan Doyle, criador do personagem, Sherlock Holmes viveu em Londres, no apartamento 221B Baker Street, entre os anos 1881 e 1903 , durante o último período da época Vitoriana, onde passou muitos anos na companhia do seu amigo e colega, Dr. Watson. Hoje esse endereço é um museu dedicado a Sherlock Holmes.
Sherlock Holmes descreve-se como um "detetive consultor" (um dos exemplos é o início do livro "O Signo dos Quatro"), o que significa que as pessoas vêm-lhe pedir conselhos sobre os seus problemas, ao invés de se dirigir a elas. Doyle conta-nos que Holmes é capaz de resolver os problemas a ele propostos sem sair do seu apartamento, apesar de este não ser o caso em diversas de suas mais interessantes histórias, que requerem a sua presença in situ. A sua especialidade é resolver enigmas singulares, que deixam a polícia desnorteada, usando a sua extrema faculdade de observação e dedução.


Holmes demonstra, ao longo das suas histórias, uma capacidade de dedução e um senso de observação impressionantes, ajudados por uma cultura geral extensa e variada (ele é capaz de identificar a marca de um tabaco somente pelo seu cheiro e pela cor de suas cinzas). Quando envolvido com algum problema, pode passar noites sem dormir ou comer, o que inquieta o seu amigo Watson. Mestre na arte do disfarce, maneja com habilidade a espada e daria, segundo Watson, um bom pugilista.
Outra de suas marcas registradas, a frase: "Elementar, meu caro Watson", foi criada no teatro, com muitas outras particularidades, como o cachimbo curvo do detetive. Muito embora alguns aleguem que se trate de uma das primeiras falas do personagem em seu romance de estreia Um Estudo em Vermelho (1887), ela não se encontra no original nem em outras traduções do texto. No resto de toda a obra, a frase não torna a acontecer, aí sim tendo sido popularizada pelas adaptações das aventuras.
Segundo alguns indícios, Holmes nasceu em 6 de Janeiro de 1854 , filho de um agricultor e de uma mãe de origem francesa, pois sua avó era irmã do pintor Horace Vernet.
O seu irmão mais velho, Mycroft, trabalha para o Serviço Secreto britânico. Mycroft passa a maior parte do seu tempo livre no Diogenes Club. Segundo Holmes, seu irmão Mycroft não somente é mais brilhante do que ele próprio, como também possui um senso de observação e de dedução muitas vezes superior ao seu, embora seja preguiçoso demais para ir aos locais das investigações para analisá-las quando faltam fatos. Na investigação de Holmes, chamada por Watson de "o intérprete grego", Watson descreve um encontro entre Sherlock e Mycroft, onde os dois se encontram no Diogenes Club, de que Mycroft é um dos fundadores. Os dois mantêm um diálogo recheado de deduções sobre um transeunte que deixam Watson completamente atônito.


Placa comemorativa em Meiringen.

Após os seus estudos, o jovem Sherlock Holmes instala-se como detetive em Londres, onde divide um apartamento em Baker Street com um médico que acabara de voltar do Afeganistão, onde trabalhou como médico militar durante os tumultos entre Índia e Inglaterra no período pré-Guerra, John H.Watson, que se torna o biógrafo de Holmes.
O seu grande inimigo, também dotado de extraordinárias faculdades intelectuais, é o professor Moriarty. Em 4 de maio de 1891, após uma luta feroz, Holmes e Moriarty desaparecem nas cataratas de Reichenbach, perto de Meiringen, na Suíça (The Adventure of the Final Problem). Os protestos dos leitores foram tantos e de tal forma violentos que Doyle foi obrigado a ressuscitar seu herói após esse verdadeiro assassinato. Holmes acaba reaparecendo no conto "The Adventure of the Empty House", com a engenhosa explicação que somente Moriarty havia caído, e como Holmes tinha outros perigosos inimigos, ele havia simulado sua morte para poder investigá-los melhor.


Professor Moriarty, como imaginado por Paget.
Esse período de 1911 a 1913 , compreendido entre a "morte" e a "ressureição" do detetive, é conhecido pelos sherlockianos como o grande hiato (The Great Hiatus).
Depois de observar qualquer estranho, o Dr. Joseph Bell (1837-1911), um cirurgião de Edimburgo, era capaz de deduzir muito de sua vida e de seus hábitos. Isso impressionou um de seus alunos, Arthur Conan Doyle, que admitiu ter usado e ampliado seus métodos quando concebeu o detetive Sherlock Holmes.
Bell inspirou não somente a criação da personalidade de Holmes, mas também o porte físico do detetive. Em um texto publicado no periódico The National Weekly em 1923, Doyle conta como foram seus anos na faculdade de medicina, quando iniciou o processo de criação de seu personagem mais famoso. Neste, o aluno descreve seu notável professor Bell:
"Era magro, vigoroso, com rosto agudo, nariz aquilino, olhos cinzentos penetrantes, ombros retos e um jeito sacudido de andar. A voz era esganiçada. Era um cirurgião muito capaz, mas seu ponto forte era a diagnose, não só de doenças, mas de ocupações e caráteres."
Doyle teria se baseado também na filosofia de Bell, que dizia:
"A maioria das pessoas veem, mas não sabem observar", dizia o dr. Bell aos seus convivas. "Olhando de relance um indivíduo, a gente pode identificar-lhe o país de origem por suas feições; pelas mãos, a profissão e os meios de vida; e o resto da sua história é revelado pelo modo de andar, os maneirismos, os berloques do relógio, e até os fiapos que aderem às suas roupas."
Pelo caráter arrogante de Holmes, Bell negou a inspiração e tomou-a como pejorativa à sua pessoa.
Exemplo de personagem influenciado pelo personagem de Doyle, na televisão, é o detetive Adrian Monk, da série homônima, que tem um senso de observação e dedução do mesmo nível de Sherlock, mas destaca-se pelo seu transtorno obsessivo-compulsivo (que, por sinal, são parte de seu sucesso como detetive). Outro personagem inspirado em Sherlock é Gregory House, da série de TV estado-unidense House M.D., chefe da ala de diagnósticos que utiliza lógica dedutiva para desvendar as mentiras de seus pacientes; House costuma sempre dizer "Todo mundo mente". As similitudes entre Holmes e House são muitas: o homem que atirou em House se chama Moriarty, maior inimigo de Holmes, House também é viciado, também tem gosto pela música e mora no número 221B, da Baker Street.


Nos quadrinhos, a Disney criou o personagem Sir Lock Holmes, visivelmente inspirado em Sherlock pois, além do nome parecido, possui o mesmo porte físico, está sempre com o cachimbo e gosta de tocar violino. Diferente de Sherlock, porém, é totalmente desafinado no violino e erra todas as deduções (estando mais para Inspetor Clouseau). Outro personagem da Disney com nome e características parecidas é Berloque Gomes, porém este não é um personagem cômico, e sim um detetive que auxilia Mickey em algumas investigações.


Apesar do grande sucesso de sua obra, Conan Doyle não gostava de escrever histórias para Sherlock Holmes pois considerava o romance policial literatura de segunda classe e, na verdade, esse tipo de história só passou a ser respeitado após o sucesso de seu personagem. Conan Doyle preferia escrever o que considerava literatura de qualidade (o único livro medianamente famoso é O Mundo Perdido). Em novembro de 1891, ele escreveu para sua mãe: "Acho que vou assassinar Holmes… e lhe dar fim de uma vez por todas. Ele priva minha mente de coisas melhores." E realmente o fez, no conto titulado "O Problema Final", o último do livro "Memórias de Sherlock Holmes". Ele deixou Holmes de lado durante 10 anos (de 1893 à 1903) mesmo com todos os protestos por parte dos fãs. Em 1901 Doyle escreveu o que viria a ser um dos mais famosos dos livros do detetive, "O Cão dos Baskerville", um ano antes de sua ressurreição no conto "A Casa Vazia", o primeiro do livro "A Volta de Sherlock Holmes".

Origem: Wikipédia

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